Por vezes, o meu trabalho provoca-me grandes reflexões sobre a vida, sobre o passar do tempo, sobre o significado de educar e sobre o amor! Sim! Sobre o amor!
Quando num processo de enamoramento, trazemos para ele tudo o que somos. Os nossos vícios, os medos, os sonhos e as imperfeições. Deixamos que muito do que pensamos, o modo como estamos instalados no mundo, interfira nas nossas relações, muitas das vezes emperrando o caminho e amortecendo o prazer da viagem conjunta.
Com o amor pelos filhos tudo é diferente! É um amor sem horas, sem tempo e sem imperfeições! Retiramos tudo o que é supérfluo para nos centrarmos no que é importante no caminho. Não interessam os outros, o que pensam, o que dizem, o que murmuram. Desenvolvemos a capacidade de sentir o que está a correr mal mesmo sem nos dizerem. Aprendemos a captar olhares, meias palavras e gestos comprometidos. Só interessa o essencial - um filho capaz de ser feliz e de se relacionar bem com o mundo, num equilíbrio por vezes difícil de encontrar. Tudo o resto chegará com o tempo.
É assim como que um amor expurgado!
Um amor puro, profundo e ancestral.
Bom fim de semana.
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