quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Para reflectir


Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erradamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que necessite um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.
Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas dos nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam os seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro se transforma uma âncora que  os impede de navegar nas ondas de seu próprio destino.
Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos amarrados ao medo de  os perder.. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.
É necessário aprender  que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes se confundam. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.
É necessário aprender que a vida é feita de constantes mortes quotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim inicia um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova fase.
É necessário aprender que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.
É necessário aprender que existe uma criança em mim que ao ver os meus filhos crescidos, se assusta por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.
É necessário aprender que é preciso ter coragem para voar e deixar voar.
E não há estrada mais bela do que essa.

Retirado, com algumas alterações, da net 

Não sou assim mas fica a reflexão.

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