Acordar a pensar em filho mais novo, adoentado e sozinho em Lisboa. Logo a seguir, pensar em filho mais velho, feliz com a sua família e recordar tempos em que eu, com menos sabedoria do que ele, mas com a mesma idade , também era assim de feliz com filhos pequenos para cuidar e amar.
Pensar depois no fim de semana de trabalho que se avizinha e em todo o trabalho que tenho andado a adiar só por puro cansaço. Chegar a casa às 8 da noite para começar a trabalhar em análise de conteúdo é quase o mesmo que nadar até às Berlengas.
Desculpo-me, vou pensando que no fim de semana é que vou adiantar muito, escrever muitas páginas e colocar o trabalho na fase em que já devia estar.
Agora é arranjar-me e rumar à escola que o trabalho aos molhos espera por mim.
Depois há aqueles dias mais sérios em que penso se isto tudo será o que quero para a minha vida. Se os meus dias trarão recordações a quem os partilha comigo, se tudo isto faz algum sentido, se alguma coisa do que faço é reconhecido e valorizado. Nesses dias mais introspectivos o partir, o largar tudo, o mudar os dias, as noites, o ser, o arriscar, o abrir novas portas e novas janelas, arranjar novo emprego, tomam conta de mim.
Um dia!
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