quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Coisas que nos tocam


Vale tudo, vale o tempo
Vale o grito mudo de quem perdeu.
Fala a vontade de quem jamais te esqueceu
te ama, te adora e que chora por não escutar
o teu lamento.
Vales tu, despido de nadas
Coberto de vazio imenso
Sedento de amor, perdido no tempo que tudo cobra
E tudo dá a quem  soube cuidar
A quem soube escutar a voz tímida de um coração solitário.

Autor desconhecido
Escrito num quadro branco de um consultório num hospital público.

Em dias tristes e difíceis, estes lamentos calam fundo. Quem o escreveu? Quem perdeu? Que história de amor inacabada estampada num quadro branco que alguém como eu lê de passagem?
Foi a doença que acolheu a coragem para chorar em poema aquilo que devia ter sido e não foi?


quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

E depois...


Lês um post aqui do lado que fala de tempestades e realizas que a tua é feita num copo de água ou nem isso.
Ficas petrificada e pensas na justiça divina que tem leis que não compreendes que trazem todo o mal para gente boa que faz pelos outros aquilo que tu gostavas de fazer mas não tens coragem  para tal. 
Então, se há pessoas maravilhosas que têm vidas cheias, viradas para os outros, que fazem de quem precisa seus filhos, por que razão têm de ter sofrimento acrescido quando há por aí tantos a olhar para o seu umbigo, sempre a queixarem-se, com vidas regaladas  e a quem nada acontece?
A vida é injusta!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Aceitar a vida tal como ela é


Com desafios, horas mortas, angústias, medos, desacelerações, certezas, incertezas, aconchegos, pressentimentos, coisas boas, coisas menos boas, cansaço de pensar, desenhos que se borram, outros desenhos que ganham forma, plasticidade, vontade de estar sempre, dias em que não me contem nada, amor e saudade misturados, bem misturados e doridos, solidão, acreditar, querer mesmo acreditar, confiar, pensar que tudo vai dar certo, imaginar um futuro risonho onde se oiçam ainda as minhas gargalhadas.
Quando me rio mesmo  a sério eu faço uns barulhos com o nariz e tenho mesmo muitas saudades desses barulhos!

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Dias


Um grande emaranhado de ideias. Umas boas, outras nem por isso. 
Necessito mesmo, mesmo é de descanso. Longe, muito longe!
Cada dia que passa, o levantar se torna mais difícil!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Diálogos matinais


-Não me apetece ir trabalhar! Está vento, dormi mal, tenho tonturas!
- Tens o direito de não te apetecer!
- Mas eu não quero ir mesmo!
- Uma coisa é não te apetecer, outra é não ir.
Cá por casa, a motivação é coisa que não conta muito. Siga em frente!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Na fase final


antes do fim de semana.
Tem sido assim nos últimos meses. 5ª feira começo a preparar o que tenho de levar comigo para o fim de semana. Que nada esqueça! 
Carne de boa qualidade, frutos secos a granel, pijaminhas fofos, camisas passadas e nos cabides, fruta da melhor frutaria do país (pelo menos para mim) compotas caseiras de mirtilo e framboesa, bolachas sem gluten e todos os mimos que cabem na cabeça de uma mãe e avó.
Para amanhã fica só empacotar tudo, meter num saco duas mudas de roupa e sair a tempo de fugir da hora  de ponta.
Poderia ser de outra maneira, do tipo deixa andar que logo se vê, mas não consigo ser de outra maneira! Gosto de mimar quem gosta de mim! Não é crime e sabe bem!
Ah! Também gosto de mimo!

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

O que apetece mesmo nestes serões de frio?


Pegar num saco de água quente, vestir um pijama quentinho, retirar a maquilhagem, começar a cerrar o cérebro às preocupações e às listas mentais do que ainda há para realizar, pegar num livro e meter-me entre os lençóis à espera que chegue o sono!
Tão, mas tão bom!
Até amanhã

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Desde que ajude!


Quando tenho um volume de trabalho enorme à minha frente e estou muito cansada, como é hoje o caso, tenho um truque que tem dado muito bom resultado. 
Deixo de trabalhar por tarefa e passo a trabalhar por tempo marcado.
Explico: tenho um montão de roupa para passar a ferro. Estou cansada. Não me apetece mesmo nada começar. Vou passar a ferro durante uma hora. Nem mais um minuto! É motivador, libertador e algum do trabalho fica feito. 
Allez!

Passou tudo tão depressa!


Algarve - Agosto de 1980

Por vezes, olho para trás e vejo o filme da minha vida a alta rotação como se não tivesse tido o tempo suficiente para desfrutar os momentos, a vida e a companhia.
É claro que posso ainda viver muito mas tenho pena que estes anos lá para trás sejam vistos por mim, presentemente,como um fumo de que pouco restou. Foi pena!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

E ainda o passar do tempo


Segunda feira é dia de sentir o stress do fim de semana. Já me conheço e sei que lido muito bem com os momentos de tensão. O pior vem depois!
Fim de semana com a mãe leva os meus níveis emocionais a picos muito difíceis de gerir. Olho para ela e já não reconheço a sensatez, a alegria dos olhos, a solicitude, o amor que sentia por todos nós. Enquanto estou com ela, vou fazendo o que é necessário mas o coração aperta e  a tristeza instala-se. Dúvidas e amarguras passam a toda a velocidade pela mente.
E ela? O que sentirá? Que se  passará na mente perturbada  dela ao ponto de o meu sentir não  reconhecer a minha mãe?
Que aconteceu para que a sensatez que sempre lhe conheci, por vezes até em exagero, tivesse desaparecido?
São dias emocionalmente muito difíceis de gerir. Dias de culpa sei lá de quê. Dias em que tudo me parece errado. Dias em que tudo ponho em causa e em que nada faz sentido.
Às segundas o levantar é muito perturbado. É normalmente o tempo em que caio em mim e o cansaço acumulado se instala no meu corpo!  O momento em que realizo que o trabalho continua, as tarefas acumulam-se e há que sair para trabalhar.
E ela lá está! Sentada na sua cadeira  de rodas! Sem saber muito bem onde está. Umas vezes mais calma, outras mais agitada. A pessoa que mais fez por mim em toda a vida! Demente!
 E eu aqui! A quase 300kms de distância a ir para o trabalho e a esperar pacientemente que chegue a minha vez de me sentar na cadeira, talvez na mesma sala!

domingo, 14 de janeiro de 2018

O passar do tempo


Levo-o bem! Fisicamente sinto-me bem mas emocionalmente há grandes perdas que vão fazendo estragos.
Sinto que necessito cada vez mais de tempo de descanso, tempo só para mim para limpar a cabeça e limpar os assuntos que me incomodam.
Antes, era só andar em frente, talvez de uma forma  um pouco inconsciente mas muito mais feliz e alegre.
Hoje em dia penso muito mais os prós e os contras, o que poderá vir pela porta, o que poderá vir a
 ser entrave aos meus dias.
Talvez seja amadurecimento. Talvez seja só velhice. Eu disfarço, mas, por vezes, é difícil ser inconscientemente feliz como era  dantes.

sábado, 13 de janeiro de 2018

Ainda o assunto do post anterior


Depois há outro tipo de resoluções!
Sim engordei! Passei do 38 para o 42. Foi da menopausa que hei-de fazer? 
 Dou toda a roupa que deixou de me servir, compro outra e sigo em frente!
Confesso que fiquei cheia de inveja desta decisão que eu nunca conseguiria tomar. Aceitação! Confiança! Paz de espírito! Fim, ou não início, da luta!
Como esta atitude me faria bem!

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Coisas que eu gostava muito


Mas nunca acontecem na vida real!
São aqueles comentários em certos blogues e afins : Ah e tal eu deixei de comer um quadradinho de chocolate pela noite, continuei  a comer normalmente e ao fim de um ano tinha menos 12 kgs!!
Há sempre uma tendência cega para acreditar nestas ideias peregrinas de que é muito fácil ficar fininha e tonificada sem grande esforço!!
DESENGANEM-SE! Isto é para  vida toda e por mais que vocês queiram emagrecer sem grandes sacrifícios, nunca vão conseguir! Emagrecer é sinónimo de auto controle, renúncia e também alguma exclusão social! 
Não quer um croquete?
Não obrigada! Não gosto muito! O tanas! Adoro!
E que tal ir ali aquele café super tomar um brunch óptimo?
Eu até ia, mas.... croissants? Bolos? É melhor comer em casa.
Vamos até ao novo restaurante experimentar  a nova feijoada?
O quê? Hidratos aos montes? Nem pensar!
Gostava que fosse fácil! Gostava mesmo muito! Mas além de exigir muito estudo, É MESMO MUITO EXIGENTE.
O que resolveria muitos dos meus problemas neste campo? Uma cozinheira cá em casa a tempo inteiro a quem eu pudesse pedir as ementas ideais e estivessem prontas logo que tivesse fome!
 Sendo impossível, continua a LUTA!

Duas mortes num só dia


Dois homens de quem conheço a história apesar de não conviver muito com eles.
O Sr. Amaro é o avô da minha sobrinha e com ele partilhei mesa e companhia em várias ocasiões festivas. Bem disposto, viveu a vida com prazer e trazia com ele sempre uma pachorrice que apoquentava a companheira mais cheia de pressa  e de genica. Eram engraçados de ver. Casamento largo, muitos dias bons, outros nem por isso, dois filhos que se foram adultos, fora do tempo certo, abrindo feridas que nunca saram.
O pai da Gaby é por sí só importante porque é pai de uma amiga minha. Mas era uma alma boa, paciente, calmo e com um amor infinito para com esta filha única que vivia pendente dele. Ontem vi-a na rua e parei o carro para lhe dar um abraço antecipado de parabéns pelo aniversário dela de hoje. Falámos um pouco sobre a preocupação dela com o pai que andava fraquito. Acabámos a conversa com o meu já habitual " um dia de cada vez". 
Hoje partiu! Sem ninguém esperar. Porque tinha chegado o dia dele, logo hoje que a filha  adorada festejava mais um aniversário!
A vida no seu desconcerto!

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

E continua assim!


Apeteceu-me partilhar! Adoro!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Tem sido uma semana dura


Mas querida irmã tem tido paciência para me ir pondo as ideias nos locais adequados.
Por vezes, não sei o que seria eu sem ela e  sem os seus conselhos!  Descanso, confio. Penso que vai ser tudo assim como ela afiança que vai ser. As análises dela trazem paz ao meu interior por vezes tão inquieto.
Sabe relativizar, acalmar e fazer o meu filme dar uma volta de 180 graus para ficar mais ao meu modo.
E no fim remata sempre: A vida ainda vai dar muita volta. Confia!
E eu confio. Nela principalmente!

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Por vezes gostava de te uma vida perfeita


Sem sobressaltos, sem coisas para resolver na minha mente, sem mágoas, sem arrependimentos, sem angústias existenciais.
Às vezes gostava de ter uma vidinha perfeita onde tudo encaixasse e eu fosse super feliz com todos os acontecimentos que seriam só acontecimentos positivos.
Às vezes tenho destes sonhos!
Depois dou de caras com a vida real.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Coisas mais interessantes que doenças! SALDOS!


Há três razões para saldos: Ou necessito mesmo ou vou para ver se me encanto por alguma peça que ainda não sabia que precisava muito e para comprar presentes.
No domingo, pela manhã, aí fui eu. Gente aos montes o que não é lá muito agradável principalmente quando quero ir aos provadores ou pagar alguma coisa. Penso que não devia haver filas para pagar! Já tenho decidido vir embora só para não esperar e isso não é bom! Digo eu que percebo pouco disso!
Comecei pela Uterque onde encontrei os sapatos que namorei, durante meses, online! O verde não era mesmo aquele e ficavam-me mesmo mal! Ainda bem que não tinha comprado! Na verdade também não necessitava uns sapatos rasos verdes. Necessitava mesmo era de uns pretos meio salto. Não encontrei.  Passei pela casa Batalha onde todos os anos compro mais um acessório. Achei tudo fora de moda! Não comprei nada. Na Bimba e Lola também nada me encantou. Na Zara comprei uns camiseiros brancos lindos e muito baratos. Continuam a ser os meus preferidos e nunca são em demasia.
Na Area  adquiri presentes, coisas lindas que gosto de oferecer e a preços muito mais razoáveis. Passei ainda pela Massimo dutti  para ver os sapatos e os acessórios. Tinham peças giras mas pensando bem não precisava de sapatos rasos nem de mais um lenço  apesar de que aquela cor me ficaria a matar com o meu camiseiro rosa. Resisti! Estamos em tempo de poupança e de contenção. 
Voltei para casa. Hora de fazer almoço! A contenção passa também por tomar a resolução de não usar restaurantes e afins sem ser em dias assinalados.
E é isto! A publicidade governamental de aumentos de ordenado vai traduzir-se em mais poupança e em menos dinheiro. Seria giro se não fosse grave. Mas é!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Estamos assim!


Com uma sensação de monitorização nada agradável, com apitos e medições da tensão arterial a cada 15 minutos que me fazem interromper conversas e ficar estática, com medo que estes valores sejam altíssimos e eu esteja em perigo, com receio de ralhete de filho mais velho  porque já devia ter feito isto há imenso tempo e com vontade de me meter na cama e ficar lá a hibernar até amanhã  à hora da libertação.
Isto de envelhecer é tramado! Combater e controlar emoções negativas ainda mais!
Aguardemos!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Embora com atraso... Bom ano novo!


Foram dias muito cheios! Primeiro estar com filhos e neta e sorver todos os gestos e sorrisos desta coisinha linda a crescer, a aprender e a surpreender todos os dias. Passear de mão dada, mão grande agarrada àquela mão pequenina, passinhos pequenos intervalados por paragens, sorrisos e pedido de colo. Já me tinha esquecido de quanto tudo isto é tão bom e tão necessário guardar como memórias.
Levar ao aeroporto filho mais novo para uma viagem grande e deixá-lo sabendo que vai ao encontro dos seus momentos felizes.  Assim, não custa nada deixá-lo.
Partir mais cedo, a caminho do frio da serra porque a mãe precisa de atenção. Medo. Aflição. Pensamentos que não queremos ter. Urgências do Hospital da Guarda. Não criticando o trabalho dos profissionais de saúde (penso que eu não conseguiria entender-me naquele caos) parecia a antecâmara do inferno. A velhice exposta desumanamente. Corpos mirrados e semi nus numa sala grande que se estende por corredores apinhados de corpos que já não reagem, só esperam. Gritos, ais, gente que corre a acudir, médicos que gritam ordens. Máquinas que se empurram corredores adiante para medir, avaliar tentar remediar o que se calhar já não tem remédio.
Sair de lá com a mãe para um frio gelado mas revigorante. 
Voltar a casa no meio do pior nevoeiro dos últimos 20 anos. Chegar cansada, abatida  esgotada.
Hoje, o trabalho tudo faz esquecer. Acompanhar por telefone a saúde da mãe. 
Dias cheios do bom e do mau. Como a vida!
Boa saúde em 2018. Tudo o resto não é assim tão importante.