Vale tudo, vale o tempo
Vale o grito mudo de quem perdeu.
Fala a vontade de quem jamais te esqueceu
te ama, te adora e que chora por não escutar
o teu lamento.
Vales tu, despido de nadas
Coberto de vazio imenso
Sedento de amor, perdido no tempo que tudo cobra
E tudo dá a quem soube cuidar
A quem soube escutar a voz tímida de um coração solitário.
Autor desconhecido
Escrito num quadro branco de um consultório num hospital público.
Em dias tristes e difíceis, estes lamentos calam fundo. Quem o escreveu? Quem perdeu? Que história de amor inacabada estampada num quadro branco que alguém como eu lê de passagem?
Foi a doença que acolheu a coragem para chorar em poema aquilo que devia ter sido e não foi?
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