quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Embora com atraso... Bom ano novo!


Foram dias muito cheios! Primeiro estar com filhos e neta e sorver todos os gestos e sorrisos desta coisinha linda a crescer, a aprender e a surpreender todos os dias. Passear de mão dada, mão grande agarrada àquela mão pequenina, passinhos pequenos intervalados por paragens, sorrisos e pedido de colo. Já me tinha esquecido de quanto tudo isto é tão bom e tão necessário guardar como memórias.
Levar ao aeroporto filho mais novo para uma viagem grande e deixá-lo sabendo que vai ao encontro dos seus momentos felizes.  Assim, não custa nada deixá-lo.
Partir mais cedo, a caminho do frio da serra porque a mãe precisa de atenção. Medo. Aflição. Pensamentos que não queremos ter. Urgências do Hospital da Guarda. Não criticando o trabalho dos profissionais de saúde (penso que eu não conseguiria entender-me naquele caos) parecia a antecâmara do inferno. A velhice exposta desumanamente. Corpos mirrados e semi nus numa sala grande que se estende por corredores apinhados de corpos que já não reagem, só esperam. Gritos, ais, gente que corre a acudir, médicos que gritam ordens. Máquinas que se empurram corredores adiante para medir, avaliar tentar remediar o que se calhar já não tem remédio.
Sair de lá com a mãe para um frio gelado mas revigorante. 
Voltar a casa no meio do pior nevoeiro dos últimos 20 anos. Chegar cansada, abatida  esgotada.
Hoje, o trabalho tudo faz esquecer. Acompanhar por telefone a saúde da mãe. 
Dias cheios do bom e do mau. Como a vida!
Boa saúde em 2018. Tudo o resto não é assim tão importante.

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