Tirámos a tarde para passear a pé por Fátima. Está bonita, arranjada, com passeios largos e muita sombra. Deixámos o carro longe para poder caminhar. Soube bem!
Estivémos na basílica nova e depois passámos para a Capelinha.
É sempre uma emoção chegar aqui. Recantos cheios de recordações, umas boas, outras muito más. Quando cara-metade saiu do hospital, depois do transplante, quis ir lá! Era Inverno e estava muito frio. Quis sair do carro e caminhar até perto da Senhora! Nunca mais retirarei da memória o passo incerto e a fragilidade com que passeou um pouco pelo lugar. Por aqueles dias, estava aterrorizada a tomar conta dele! E se...se... se... o que é que eu faria?
Foi muito bom hoje poder passear com ele, forte, conversador, alegre, parar para lanchar e mentalmente recordar que a vida tem sempre estes momentos para podermos dar graças à Virgem que nos ensina que há sempre saídas e dias menos bons que se vão transformando em dias melhores.
Em todos os aspectos da minha vida, mantenho sempre esta ideia peregrina que ainda haverá um tempo em que o que me atormenta hoje possa vir a transformar-se em algo bom, pacífico, alegre e que me faça feliz. Pedi-o à Virgem! Não sou muito de pedir. Sou mais de agradecer, mas hoje, os meus pensamentos navegaram por uns quantos assuntos para os quais necessito da ajuda divina na qual acredito plenamente.