Todos os anos, desde que ele partiu me lembro dele. Essencialmente o que guardo com mais carinho é o gosto que tinha por viver a vida rodeado de coisas boas. Fosse um bom hotel, uma boa refeição num restaurante de renome ou uns sapatos luxuosos. Identifiquei-me sempre com este lado boémio e com estilo que ele tinha. Conhecia os melhores vinhos e os melhores petiscos e tinha verdadeiro prazer em desfrutar com os que o rodeavam de tudo isto. Foi pena ter falecido tão cedo. Penso que neste momento seria uma grande companhia para mim porque partilho os mesmos gostos e tenho as mesmas ideias da necessidade de aproveitar a vida que vai passando. Ele aproveitou o que conseguiu até a maldita doença o ter vencido.
Lutou sempre quase até ao fim. A última conversa engraçada que tive com ele foi sobre a toilete que ele iria levar ao casamento do meu filho mais velho. A alegria dele a falar sobre a qualidade e a beleza do fato, a necessidade de comprar uns novos sapatos, de boa qualidade, claro.
Já não conseguiu ir ao casamento em Agosto. Faleceu em Dezembro. Quando olhei para ele na urna vi o fato!! O tal para o momento especial. Querido Amaro! Percebeste tão bem a importância das coisas e dos momentos que continuas a ser um exemplo vivo para o meu viver.
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