segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Reflexões de início de semana

 


No sábado, assisti ao espectáculo de stand up do Salvador Martinha, presente de filho mais velho. Nunca tinha assistido a um stand up ao vivo e tinha muita curiosidade em fazê-lo. Teatro cheio, onde a maioria dos assistentes se situava entre os 30 e os 50 anos! Alguns deles levaram os filhos de 10 ou 12 anos! Acredito que mesmo rindo muito, estes últimos, não tenham percebido metade das piadas.

Algumas eram muito engraçadas!! Outras eram clichés para mim mas não para a maioria da assistência que ria a bom rir. A forma como interagiram com alguns elementos da plateia  foi muito agressiva mas eles acharam piada e até continuaram a responder todos contentes, transformados por momentos em estrelas da noite! Apavorei-me com a ideia de que viessem ter comigo. Graças a Deus não vieram!

Não gosto que façam humor com a doença. Penso que passa para além do humor e não é bonito! É controverso mas é a minha opinião.

Tenho reflectido muito sobre este serão! Gostei de assistir e de tirar as minhas conclusões: 

Há realmente um fosso geracional que eu considerava ser fictício e mental mas  que existe mesmo. Houve piadas que eu não percebi porque englobavam aplicações  digitais que não conheço! Houve outras que já faziam parte do meu mundo há muitos anos e foram repescadas.

Há também uma ligeireza no viver e no sentir que eu já não possuo. São mais leves, menos dramáticos, mais presentes no momento. Se é mau? Penso que é muito bom!!

Teve piadas muito boas e que me fizeram rir. Saí bem disposta. A assistência também. Dali foram cear, rir-se mais um pouco, que a vida é curta e há que aproveitar. Até tive um pouco de inveja deles!

No domingo fui ver o filme brasileiro tão falado " Ainda estou aqui". Como tinha receio de não ter bilhete (!!!!!!) fiz a reserva com antecedência. Sala só por metade. 

Gostei mesmo muito. Uma caracterização dos anos 70 muito boa mesmo. O retrato de uma mulher e de sua família numa situação de ditadura que é comovente. Uma interpretação fabulosa da Fernanda Torres. Acredito que quem não viveu os anos 70 lhe passe ao lado grande parte da mensagem. 

Parece lá tão atrás e é tão actual! Em tantos países estão, neste momento, a acontecer os mesmos episódios. Oxalá não comece agora na América. Grande reflexão sobre o que pode acontecer, o que é e o que pode deixar de ser de um momento para o outro e a necessidade de estarmos prontos para a imprevisibilidade do mundo e das coisas. 

A torcer para que seja o vencedor dos óscares!

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