terça-feira, 30 de setembro de 2025

A gestão do património

 




Não deixar coisas por resolver para a próxima geração. Tenho procurado orientar tudo para que os filhos não tenham de decidir nada e tudo esteja resolvido. 

De vez em quando, assaltam-me pensamentos ilusórios de recuperar casas no meio da paisagem e viver lá tempos de férias com as minhas netas, mesmo sabendo que, ou elas não quererão ir, ou eu estarei com alguma maleita ou as duas hipóteses ao mesmo tempo. Há ainda a acrescentar que o campo me deprime. Não gosto de parar muito tempo a olhar serranias. Sei-as de cor! 

A melhor ideia é vender. Um nómada digital ficaria feliz numa das propriedades com 1,6 ha e uma casa de granito bem no centro do terreno, com dois andares. Tem um tanque de granito que transformado em piscina era um must. Uma paisagem de sonho. Era a nossa propriedade preferida porque o terreno é fértil, está próximo da aldeia, e tem imensa água. Mais tarde o  pai transformou-a em soito com belos castanheiros que em 2017 arderam quase todos. Depois, foi o tempo de reconstruir que já me coube a mim. Pouco a pouco, os castanheiros vão crescendo novamente, sendo amparados por quem sabe. 

Pensar numa solução sem chegar a nenhuma conclusão.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Aprender a investir


 Tenho dedicado o tempo em que a dor não aperta tanto para aprender mais e mais sobre investimentos e formas de não desvalorizar o dinheiro face  à inflação. Tenho espírito de jogadora, gosto do risco e não tenho medo de investir em produtos sem capital garantido. Sinto é que tenho de aprender mais e mais sobre estes produtos novos para não fundamentar as minhas escolhas nas opiniões dos meus gestores de conta. Passei um serão de duas horas a ouvir um expert em investimento em bolsa e aprendi muito mas não o suficiente. 

É necessário preparar a reforma. Sabemos que vamos ganhar menos e as despesas com a saúde vão aumentar. Se a estes dois factores se somar a ideia de que não posso recorrer com tranquilidade ao SNS sob pena de morrer antes que algo se resolva, está provado que a ideia de que devo cuidar muito bem das minhas poupanças é fundamental.

Os depósitos a prazo davam algum retorno no tempo dos meu avós e pais. Neste momento, não cobrem a inflação. Há que inovar. São temas de que gosto e que me dão gosto aprender. 

Vamos a isso. A reforma aproxima-se. As despesas com a saúde já se instalaram!

Coisas que invejo


 Dou por mim a olhar a rua e as pessoas passeando cães, andando a pares, rindo, apanhando coisas do chão, levando sacos, alegres e sem esforço. Neste momento, todas estas visões me causam uma inveja terrível porque eu não consigo, porque tenho dor e medo. 

Fisioterapeuta diz que em outras situações passei pelo mesmo estado de espírito até à cura total. Não me lembro mas vou acreditar porque necessito de alguma motivação.


domingo, 28 de setembro de 2025

Certezas

 


A minha vida adulta foi sempre pautada por abnegação e sacrifício. Se se podia gastar menos, gastava-se, à custa de algum trabalho extra que não me apetecia muito.  Pelos filhos eu fazia tudo e voltaria a fazer se fosse necessário. Também me sacrifiquei por outras pessoas que não valeram a pena  mas encaro  as situações como aprendizagem.

Agora chegou o tempo de zero sacrifícios. Bem basta o que basta. Se posso melhorar o meu dia a dia assim farei. Se custa dinheiro, paciência! Se posso ter mais conforto nas acções a realizar  vou ter direito a tudo. 

Contente por ter mudado o chip que me vai permitir usufruir de pequenos prazeres usuais na minha idade. Devia ter sido assim toda a vida mas já não vou a tempo. 

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

A insegurança que se instala com a doença

 


A dor é um factor crucial para gerar em cada um de nós uma insegurança que nos tolhe. E se não consigo? E se me dói para lá do suportável?  E se ficar em casa nestes dias for a melhor opção até me sentir mais forte?  E se não consigo conduzir? E, e , e ...

Hoje, acordei emocionalmente mais forte. Mais determinada a transformar esta rotina parva de considerar que não conseguia fazer nada. Muitas coisas não consigo mesmo e tenho dores horríveis mas não é sempre. Vou aproveitar os momentos em que me sinto melhor.

Decidi que tudo tinha de mudar. Já fui à farmácia, como alternativa à entrega ao domicílio. Levei muleta para me sustentar a insegurança. Fui de carro. Tive ainda alguma dificuldade em entrar e sair mas é a vida. 

Se eu não fizer por mim, ninguém fará. 

Força de vontade, resiliência, medo de uma recuperação lenta e infrutífera.

Obrigada filho mais velho pelo puxão de orelhas que me dás todos os dias. É por amor, eu sei!

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Podcasts e pessoas interessantes

 


Quando se está quase preso em casa, aproveita-se o tempo, fazendo caminhadas pela casa, exercícios e, nos intervalos, ouvindo podcasts. Ontem estive uma hora a ouvir uma entrevista ao Ricardo Araújo Pereira (RAP). Confesso que gosto da personagem. Já disse aqui que gosto de homens inteligentes e ele é mesmo muito e com uma grande cultura. 

A páginas tantas, falando da avó, transmontana, emigrante no Brasil e regressada para Lisboa  e com quem passava as férias de Verão afirmou: a minha avó era um livro de auto-ajuda ao contrário!

Nestes tempos em que tanto se publicam livros de auto-ajuda, em que se tem medo do traumatismo nas crianças, da falta de auto-estima e de todas as sequelas que daí podem vir, o ser uma auto-ajuda ao contrário lembrou-me logo a minha mãe! Sempre que lhe contava alguma ideia minha a primeira reacção era: não, não. Não vais conseguir. Só com muito esforço e trabalho e mesmo assim...

Este discurso funcionava a 100% em mim. Ai não consigo? Então vais ver! E conseguia. Vá, quase sempre.

Tal como com a avó do RAP. 

Traumatizada? Nada!

Independente, apreço por alcançar metas, combativa, resiliente, tudo isto ficou da auto-ajuda ao contrário!

Obrigada, mãe!

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

A Casa ganha sempre à Escola

 


Ouvido hoje num podcast. Há anos que digo isto como professora e como mãe. Podemos ser muito bons profissionais, muito atentos, com muita vontade de mudar maneiras de pensar que pensamos não estarem certas no âmbito doa nossos padrões de vida e de sociedade mas esquecemos que o ninho criou os seus próprios padrões, as suas crenças, as suas balizas do bem e do mal e serão essas que acompanharão cada um de nós pela vida fora.

O saber científico é uma coisa, o saber emocional é outra completamente diferente. Tantas e tantas vezes eu ouvi: Ah, mas a minha mãe diz que não é assim! O meu pai não concorda nada com essa ideia!

 Não tenho a mínima dúvida que é essa opinião que ficará lá até ao fim!

Da minha experiência, vem a minha postura quanto à educação sexual nas escolas e à importância que, de repente, todos começaram a considerar que era grande. Nunca considerei! Dará um novo post!

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Prioridades

 


Cancelei todas as consultas marcadas porque exigiam de mim uma grande dose de sacrifício físico e não me apetecia penitência. Dar prioridade à fisioterapia. Foi hoje a primeira sessão. Ao princípio muito difícil mas hoje, da parte da tarde, ao repetir os exercícios, já me pareceram mais fáceis e com menos dor.

Dar tempo ao corpo para me dar respostas positivas. Abandonar trabalhos desnecessários. Desanuviar a mente e não me sentir culpada por não fazer nada de útil. é mesmo assim. Embora a minha mente ainda me fale de outras idades que tive, a realidade está aqui para me dizer que a força na coluna é nula e que necessita de muito exercício e muito trabalho lá mais para a frente. 

Aceitar. Dói psicologicamente e fisicamente mas só há este caminho.


segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Não há coincidências

 


Há muito que desejava ter uma consulta com determinado médico. Lista de espera ultra larga. Em alguns hospitais já nem aceita doentes novos. Não sei porquê, talvez intuição,  senti que podia ser uma boa oportunidade para mim e para a minha saúde. 

Marquei a consulta para junho de 2026! Na semana passada telefonei. Disseram-me para telefonar 2ª feira, dia de desistências. Acabo de conseguir uma consulta para 4ª feira! Cheia de ansiedade mas vai fazer-me bem! Gosto de novas abordagens.

Pensar agora como chegar lá e voltar sem muitas dores e incómodo.

Continuação

 


Assim andaram algum tempo, minha mãe fazendo que não lhe ligava e o meu pai cada vez mais incentivado e apaixonado. Veio o tempo da tropa. Rumou a Coimbra, ao quartel da rua da Sofia. 

Mal sabia ele que, anos mais tarde, haveria de ter naquela cidade duas casas e viveria ali ainda alguns anos da sua vida!

Sem saída para a sua história de amor, escreveu-lhe uma carta  dando-lhe conta do seu amor e das suas intenções de formar uma família com ela. Se a resposta fosse negativa nunca mais pensaria nela e acabaria tudo o que ainda não tinha começado oficialmente. Meteu no envelope outro já com selo para a resposta pretendida. 

Minha mãe recebeu a carta! Pasme-se, deu a ler a carta ao pai! Os dois, depois de ponderarem, resolveram dizer que sim ao pretendente. Rapaz trabalhador, bonito, acredito que a minha mãe se teria sentido muito feliz ao escrever a carta na volta do correio. 

A partir dali tudo foi fácil: comprometeram-se, casaram e ficaram juntos 60 e muitos anos. Foram sempre o meu modelo de amor! Grande equipa! O que um não tinha, o outro compensava.

Histórias de amor

 


Os meus pais eram pessoas muito diferentes um do outro mas amaram-se muito durante toda  a vida. Eram ainda primos e tinham as mesmas raízes. A minha mãe foi educada com mais esmero por uma mãe que não deixava nada ao acaso e o meu avô velava pelos bons costumes normalmente, nesse tempos, ligados à religião. Era um homem do regime como se dizia nessa altura.

O meu pai tinha mais irmãos, eram três rapazes com pouca diferença de idade, bonitos e que gostavam de viver a vida. Os pais não se preocupavam muito com a sua educação desde que trabalhassem e ajudassem no amealhar da casa que se queria farta. Gestos de carinho não existiam e minha avó paterna delegava totalmente a educação  dos filhos homens na figura paterna.

Mesma família ancestral, padrões educativos completamente diferentes.

Meu pai reparou na minha mãe muito cedo. Aparecia-lhe aos caminhos tentando falar com ela, fazer parte do caminho em conjunto mas ela, aparentemente, não correspondia. Tinha outros pretendentes e um deles aprendia a arte da alfaiataria em casa de meu avô. Ciúmes terríveis apoderavam-se do meu pai, principalmente quando soube que haveria uma representação de uma peça teatral onde minha mãe e o pretendente participavam. Meu pai ofereceu-se para montar o palco e, como pagamento, só queria um bilhete para assistir. 

O palco ficou bonito e na noite da representação quem controlava as entradas era o pretendente que, fazendo-se de desentendido, lhe disse que não tendo dinheiro nem bilhete não poderia assistir. Tentou mas não conseguiu. Regressou a casa furioso. Já no quarto, olhou para os fios eléctricos que lhe passavam perto da varanda. Uma ideia macabra tomou conta dele. Com um objecto não condutor, puxou com força os cabos até partirem e deixar toda a aldeia às escuras!

Saiu de casa e veio para o adro da aldeia ouvir todas as vozes de desilusão dos assistentes que voltavam a casa sem assistir à sessão.

Sentiu-se vingado. Não representou para mim, também não representou para mais ninguém. 

O que ele se ria, durante toda  vida, sempre que contava esta proeza!

Visita das minhas netas mais velhas

 


Foi um dia muito bom! Fazer do sacrifício força para fazer scones, pataniscas, listas de compras das frutas que adoram e tudo recompensado pelas vozinhas delas escada acima - olá vovó Lála, já não tens muleta? Estás melhor?

Saem os brinquedos do pai e tio  e por ali ficam, rindo, contando coisas engraçadas que me devolvem anos de vida. Fazemos planos para o futuro que queremos juntas e parece que a perna até me dói muito menos!

Têm piadas engraçadas! Os scones não ficaram com muito bom aspecto e eu prometia que para  próxima vez teria mais cuidado na medição do leite. E a Maria: olha entre o aspecto e o sabor é melhor conservar o sabor. Estão muito bons!

Filho mais velho ensinou-me  a realizar uns quantos exercícios para diminuir a dor no músculo e tenho cumprido. Muito eficazes!

Saudades deles!  

domingo, 21 de setembro de 2025

Mais lenta e difícil do que parecia

 


Esperava uma recuperação rápida e eficiente. Um músculo grande e manhoso resolver aborrecer os meus dias. Impede muitos movimentos, dói que se farta e a fisioterapia começa para  semana. Estou a ver esta cena pela segunda vez!

Depois, quando se entra na sala de espera do hospital e se vê tanta gente muito mais nova do que eu com movimentos presos, botas especiais nos dois pés, muletas e uma dificuldade imensa em se deslocar pensamos: vamos lá! Não é uma dor irritante e imensa no músculo que me vai deitar abaixo. 

Este é o meu pensamento pela manhã. Quando cai a noite, tudo fica muito mais negro, desaparece toda a esperança de recuperação e já só quero esticar-me com cuidado na cama, para não ter dores e tentar dormir!

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

É este o livro

 


"Porque ficamos doentes é um manual introdutório abrangente e indispensável sobre a resistência à insulina e como esta afecta praticamente todos os sistemas do corpo. Se quiser compreender a base subjacente à maior parte das doenças que assolam o mundo neste momento e saber como corrigi-la, este livro é para si."

Coisas feitas


 É bom começar os dias  pela realização de tarefas que trazemos em mente e incrementar certas rotinas que nos tornam mais fortes e resilientes. 

Primeira conversa com filho mais velho põe-me no sitio, logo, logo:  Nestes tempos mais próximos vais ter sempre dores. Que não sejam desculpas, fazer exercício, mexer-te e que todo este processo tenha sido um "abre olhos" para o teu futuro e para a tua qualidade de vida. Logo de seguida, telefonar para o ginásio e saber condições para um PT a tempo inteiro. Qual dor qual carapuça . É gemer e seguir! Feito.

Conversa com a fisioterapeuta já feita com início na segunda feira depois de terem saído os poucos pontos que tenho.

Exercícios cá em casa. Andar, não "à pato", como diz filho mais velho, mas apoiando primeiro o calcanhar e depois os dedos do pé.

Exercícios feitos, tempo para continuar a leitura e anotação de um livro que considero muito importante. Querida amiga Paula ofereceu-mo, depois de uma conversa em que lhe dei conta do quanto eu gostava de ter o livro e toda a informação nele contida, querido afilhado foi levantá-lo e minha irmã trouxe-o até mim. Científico, trata a a resistência à insulina como uma das principais causas das doenças crónicas e do envelhecimento e vou anotando tudo o que considero mais importante. Penso que irá alterar muitos dos meus hábitos. 

Para uma manhã ainda a meio, não está mal.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Coisas boas acontecem

 

Madrid - Numa noite animada!!

A presença da minha irmã na pós cirurgia cá em casa foi um doce tão bom!

Já disse muitas vezes que ela é o máximo mas nunca é demais repetir. Ajuda sem ruído, sem cobranças, com amor e cuidado como só ela sabe!

Foi hoje embora e a casa ficou vazia de alento e de optimismo!

É tão engraçada! Ensina-me ainda tanto no modo de ser e de estar e continua a ser a minha irmã mais velha que me chama mimada e me ensina que na vida temos de ter mais coragem eoptimismo nas situações!

 Sempre fui mimada, eu sei! Modificar-me depois dos 60? Talvez já não consiga!

Mimada até mais não por todos os que me rodeavam. Tão bom!

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Notícias da minha cirurgia

 


Correu como o previsto! A recuperação é lenta mas hei-de lá chegar. 

O nervo ciático é tramado. Já não tenho muletas mas ainda dependo de algumas substâncias químicas para ficar sem dor. Cada vez em menor qualidade.

Se me deixei embalar por expectativas falsas? Deixei! 

Imaginei que saía do hospital e nem saberia o que era uma dor ciática. Continuo a saber, embora confinada a uma zona da perna. 

Já durmo bem, já não tomo medicamentos durante a noite.

Passinho a passinho!

O dia 14 de Setembro é um dia muito importante


 A querida Maria faz anos! O que ela adora fazer anos!

Pela primeira vez não pude estar presente! Coração triste mas imaginando a alegria dela e da família. 

Para o ano, se Deus quiser, vou estar lá com foguetes e tudo a que tenho direito. Eu e ela!

Tão doce, tão querida, a minha primeira neta iniciou uma nova etapa, muito mais feliz, na minha vida. Nunca lhe agradecerei totalmente por isso.  Tenho saudades do tempo em que a adormecia ao colo, olhinhos a fecharem-se e a abrirem-se enquanto eu cantava para ela. O sabor meigo de a ter no colo enquanto dormia a sesta, as saídas de mão dada, a alegria dela, os abraços meigos, tudo nela me traz saudades.

Também  espero  ainda muito do futuro, das conversas, de a sentir a crescer e a tornar-se adolescente, cómica, líder, aprumada, responsável, atenta ao outro e de tudo aquilo que a vida ainda nos reserva. 

Oxalá seja tudo assim como imagino e que a vida não me pregue partidas! 

Parabéns querida Maria! A tua beleza exterior é só metade de toda a tua beleza interior!

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Se estou com medo?

 


Sim. À medida que se aproxima o dia vou ficando cada vez mais ansiosa. Sinto que sempre que se entra num hospital se deixa a alma à porta e se começa a ser tratada como um corpo, sem sentimentos, sem anseios, sem pensamentos. Já me habituei mas sempre me incomoda e me transtorna. 

Somos carne deitada numa maca onde os profissionais darão o seu melhor. 

A sequência é sempre a mesma: ficar bem,  chegar à entrada, encontrar a alma e voltar a colocá-la dentro do corpo para começar novamente a ser eu. 

Todo este processo é stressante para mim, além da dor, do mal estar, do acordar da anestesia. 

Vai ser um dia duro. 

A vida não são só dias bons. 

O outro dia falava com alguém muito querido que me dizia não conseguir viver o dia a dia  sem algo no horizonte para concretizar e que lhe desse prazer. Tal e qual eu. 

Nestes dias mais parados,  já imaginei mil e um projectos a concretizar logo que fique bem! Só assim se aguenta. 

domingo, 7 de setembro de 2025

O tempo não corre a meu favor

 


Nova operação, desta vez para retirar uma hérnia da coluna que  estreita o canal do nervo ciático e me estragou quase todas as férias com dores. Agora está a piorar. Estou farta de estar em casa, farta de dores, farta da espera, farta de ter medo, farta de não conseguir ter o mínimo de controle sobre o estado da minha casa, farta de pensar, farta de acordar de noite com dores, farta do monte de comprimidos que tomo e me deixam enervada, farta de sentir inveja de todos os que encontro a andar normalmente pelas ruas sem necessitarem de muletas.

Aceitar, aceitar, desdramatizar. 

É difícil mas só já faltam dois dias!