Assim andaram algum tempo, minha mãe fazendo que não lhe ligava e o meu pai cada vez mais incentivado e apaixonado. Veio o tempo da tropa. Rumou a Coimbra, ao quartel da rua da Sofia.
Mal sabia ele que, anos mais tarde, haveria de ter naquela cidade duas casas e viveria ali ainda alguns anos da sua vida!
Sem saída para a sua história de amor, escreveu-lhe uma carta dando-lhe conta do seu amor e das suas intenções de formar uma família com ela. Se a resposta fosse negativa nunca mais pensaria nela e acabaria tudo o que ainda não tinha começado oficialmente. Meteu no envelope outro já com selo para a resposta pretendida.
Minha mãe recebeu a carta! Pasme-se, deu a ler a carta ao pai! Os dois, depois de ponderarem, resolveram dizer que sim ao pretendente. Rapaz trabalhador, bonito, acredito que a minha mãe se teria sentido muito feliz ao escrever a carta na volta do correio.
A partir dali tudo foi fácil: comprometeram-se, casaram e ficaram juntos 60 e muitos anos. Foram sempre o meu modelo de amor! Grande equipa! O que um não tinha, o outro compensava.
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