Não deixar coisas por resolver para a próxima geração. Tenho procurado orientar tudo para que os filhos não tenham de decidir nada e tudo esteja resolvido.
De vez em quando, assaltam-me pensamentos ilusórios de recuperar casas no meio da paisagem e viver lá tempos de férias com as minhas netas, mesmo sabendo que, ou elas não quererão ir, ou eu estarei com alguma maleita ou as duas hipóteses ao mesmo tempo. Há ainda a acrescentar que o campo me deprime. Não gosto de parar muito tempo a olhar serranias. Sei-as de cor!
A melhor ideia é vender. Um nómada digital ficaria feliz numa das propriedades com 1,6 ha e uma casa de granito bem no centro do terreno, com dois andares. Tem um tanque de granito que transformado em piscina era um must. Uma paisagem de sonho. Era a nossa propriedade preferida porque o terreno é fértil, está próximo da aldeia, e tem imensa água. Mais tarde o pai transformou-a em soito com belos castanheiros que em 2017 arderam quase todos. Depois, foi o tempo de reconstruir que já me coube a mim. Pouco a pouco, os castanheiros vão crescendo novamente, sendo amparados por quem sabe.
Pensar numa solução sem chegar a nenhuma conclusão.
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