domingo, 30 de janeiro de 2011

Coisas inesperadas


Eu nunca consegui ver um jogo de futebol até ao fim nem sentir o mínimo de emoção com derrotas ou vitórias de qualquer clube.
A minha mãe tem 80 anos e é do FCP!
Ontem deu um jogo de futebol na televisão que metia o seu clube. Devido ao adiantado da hora, foi para a cama ainda o resultado estava 0-0. E hoje, já sentados à mesa para almoçar, as suas interjeições de pânico e de horror face ao resultado não favorável ao seu clube começaram por me assustar antes de ter percebido o porquê e acabaram por me fazer rir do entusiasmo clubístico da minha mãe.
Foi engraçado de ver!

Coisas


Eu sei que já é quase médico e que deve saber tratar uma constipação com febre, mas será que as minhas indicações de mãe e de pessoa experiente nesta coisa de doenças de filhos, não farão toda a diferença no tratamento e na cura?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Tenta-se!!


Por vezes ou muitas das vezes, não se consegue!
Há sempre uma parte de nós que resiste à perfeição como se a imperfeição fosse o sinal inequívoco de que estamos vivos!

E o que se faz no fim de semana?


Eu vou tentar que seja mais calmo do que os anteriores. Fazer compras,repor o frigorífico, ir ali a Coimbra e voltar num pulo, fazer uma reflexão sobre umas aulas para entregar à formadora, preparar a unidade a ensinar seguidamente, cozinhar e pouco mais.
Bom fim de semana!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sítios com história



Este balcão da casa dos pais está vazio e os musgos começaram a cobri-lo. Noutros tempos estava sempre cheio de gente. Nas noites de Verão, pela fresca, todos se sentavam ali e conversavam sobre a vida. Havia umas almofadas próprias para nos sentarmos que permaneciam por ali durante todo o Verão. Mais tarde, quando adolescente, refugiava-me ali para sonhar o futuro sem ninguém a aborrecer-me. Eu e a minha irmã sentávamo-nos também por ali nas tardes de domingo para observar o movimento de quem subia e descia a rua desejando fazer parte dele.
Quando chegávamos cansados, era ali que descansávamos antes de entrar em casa. Vejo ainda o meu pai por ali no lugar mais alto para facilitar o sentar e levantar.
Depois vieram os filhos. Brincadeiras e risos encheram de vida o balcão. Sempre lavado e vivo pela Páscoa para que o branco do granito revelasse o cuidado posto na visita Pascal.
Um dia, a porta em frente ao balcão fechou-se! A vida recomeçou noutro lado menos frio e o granito do balcão escureceu. As plantas secaram e os vasos foram retirados. Ficou só ele no alto da sua imortalidade continuando a convidar quem chega, mesmo que só de passagem, a sentar-se nos seus degraus e a ouvir as histórias que tem para contar.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

De vez em quando


Sinto saudades destes tempos! Em que tudo era tão fácil, eu dormia muito bem e acordava descansada e viva.
E os meus filhos viviam cá em casa rodeados por brinquedos, desarrumação e muita alegria.

Quase, quase




23 anos é muito tempo a vê-la crescer e a admirar-lhe todas as suas qualidades.
Quando expressa as suas ideias, admiro-me da minha identificação com elas e lembro-me de como eu via o mundo quando tinha a sua idade. Combativa, alegre, prática, eficiente, justa, amiga e meiga. Assim é a minha sobrinha-filha hoje em dia - uma mulher muito bonita. Por dentro e por fora.

A internet tem destas coisas


E falámos imenso tempo, contámos as nossas rotinas e as dos nossos filhos, pusemos em comum os sonhos no mundo que há-de vir, formulámos algumas hipóteses para melhorar a economia, cá e lá, soubemos dos familiares com seus achaques e rotinas diárias e rimos como sempre que nos encontramos. O meu primo na sua cozinha em Washington DC, eu no meu escritório em Portugal. Com a nossa imagem e a dele no ecran, é quase como se estivéssemos juntos.
Quase!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Antes, vai ser por aqui.



Preparar ementas, mimos, organizar os dias para que tudo possa ser perfeito.
Chegar, aquecer a casa, acender a lareira e deixar a paz da montanha invadir tudo.

Mal posso esperar!




Fim de semana de comemoração e de lazer com alguns dos que amo muito.

Apetece-me




A alma alentejana nos cantares tradicionais que arrepiam quem ouve e traduzem o que de mais puro tem o ser humano.

"Eu sou devedor à Terra
A Terra me está devendo
A Terra paga-me em vida
Eu pago à Terra em morrendo..."

E o que se diz numa 3ª feira nublada e fria?


Pois! NADA!
Não há nada para dizer!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O castelo medieval de Viana do Alentejo




Características
O castelo, de estilo gótico, apresenta além de volumes trecentistas, adornos em estilo manuelino e mudéjar, fruto dos diversos períodos construtivos. Em linhas gerais conserva planta pentagonal irregular, constituída pela articulação de cinco cortinas de muralhas, amparadas por cubelos cilíndricos nos vértices, delimitando o terreiro. O topo destas é percorrido por adarve e os cubelos são arrematados por coruchéus de alvenaria. O maior destes cubelos foi convertido em Torre de Menagem. As fachadas a Sul, Leste, Oes-nordeste e Noroeste são arrematadas por merlões e ameias. Nas cortinas a Sul e a Noroeste rasgam-se, respectivamente a Porta da Matriz e a da Misericórdia, esta última abrindo-se directamente para o nártex do templo.
Intramuros, o castelo complementa-se com as edificações das igrejas da Misericórdia e da Matriz, da antiga Câmara Municipal e da Capela de Santo António.

História
Os seus domínios, primitivamente integrantes de uma herdade denominada "Foxem", de propriedade da Câmara Municipal de Évora, foram por esta doados, nos primeiros anos da segunda metade do século XIII, a Egídio Martins, mordomo da Cúria no tempo de D. Afonso III (1248-1279), mantendo-se na posse de seus descendentes.
Após o falecimento de D. Martim Gil, senhor destes domínios, o rei D. Dinis (1279-1325) tomou posse dos mesmos, passando Carta de Foral à povoação (1313). Iniciaram-se, assim, as obras de construção do castelo e da cerca da vila. No ano seguinte (1314), a vila e seus domínios foram doados pelo soberano a seu filho, o futuro D. Afonso IV, com a cláusula de o não trespassar a ninguém, salvo à esposa, a infanta castelhana D. Beatriz, o que ele efectivamente fez, em 1357, poucos dias antes de falecer.
Sob o reinado de D. João II (1481-1495), estas defesas foram remodeladas, uma vez que o soberano, tendo reunido as Cortes em Évora a 12 de Novembro de 1481, depois as transferiu para Viana, onde vieram a encerrar-se a 7 de Abril de 1482. Na ocasião, o soberano utilizou o Castelo de Viana como residência temporária. Fato semelhante repetiu-se em 1489, tendo Viana de Alvito sido escolhida como palco para as grandes festividades realizadas por ocasião das bodas de seu filho, o príncipe D. Afonso, com a infanta D. Isabel de Castela, em Janeiro e Fevereiro de 1491, para o que foram também promovidas remodelações na Igreja Matriz.
Esses trabalhos tiveram continuidade sob o reinado de seu sucessor, D. Manuel I (1495-1521), com obras sob a direcção dos arquitectos Martim Lourenço, Diogo e Francisco de Arruda. No castelo, destaca-se a construção de um novo pano de muralhas devidamente ameado.
A Igreja Matriz encontra-se localizada dentro do Castelo de Viana do Alentejo, sendo uma das suas paredes adjacente à muralha do mesmo.
Foi edificada no século XVI, em estilo Manuelino, tendo sido projectada por Diogo de Arruda. Apresenta um soberbo portal manuelino em mármore.

Pesquisa aqui

Vida portuguesa





Procurei esta loja até a encontrar. É mesmo pertinho da Brasileira numa rua perpendicular. Há já imenso tempo que a queria visitar e não me desiludiu. Loja que congrega o bem fazer de outros tempos com uma decoração onde apetece estar e simplesmente olhar. Os produtos muito bem arrumados, uma decoração bem conseguida aproveitando uma loja antiga com os seus armários altos e elegantes.
A visitar novamente e a levar amigos.

Contrastes de fim de semana




Sábado - Passeio com o André pela baixa. Sol, muita gente e lanche no "tea room" da confeitaria nacional. Um retorno ao século XIX que soube muito bem. Adoro estes ambientes.





Domingo - Alentejo - Viana do Alentejo - Barragem do Alvito. Muito frio mas uma paisagem verde e calma que descansa a alma.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

E agora...


Vou ali a Lisboa passar o fim de semana com os meus filhos. Pode ser que me passe a neura!!
Ah! Já me esquecia! A minha vingançazinha? Pois mandar as eleições às urtigas mais os candidatos peixeiros e todos aqueles que têm um ego tão grande que só pensam neles. Pois que pensem! Boa sorte para o escrutínio!
Alguém hoje dizia que não vota em branco porque tem medo que outros parecidos com os candidatos lhe coloquem uma cruz no dito branco e o ponham com cor!!!
Já não digo nada para não errar!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Canção eterna



Grande voz!

I'm so angry!


Ontem, o cara metade apresentou um texto crítico sobre o tal "mísero professor"! Bem escrito e acutilante. Terminava assim - "Certamente V.Exª julgará que a Actividade Docente é trabalho sujo, mas cá estarão os Docentes para o Fazer e para o Amar.
Consigo ou Sensigo!"
Falámos sobre a publicação do texto. Fui de opinião de que, apesar de tudo, o autor da expressão é o presidente da república e que deve ser tratado com respeito. Coisas antigas que se aprendem no berço e temos alguma dificuldade em livrar-nos delas. Infelizmente, para quem vive neste país.
Os ensinamentos que transmiti aos meus filhos e às muitas centenas de alunos foi de que deviam dar sempre o seu melhor em tudo o que fizessem para satisfação deles e do país.
Nunca me vangloriei do trabalho que faço, das horas a mais em que estou no local de trabalho, dos fins de semana de pesquisa e de estudo. Sempre o fiz com gosto e dedicação. Acredito que ter influência na educação dos jovens é meio caminho andado para a mudança que urge no país apesar dos contratempos, das ordens superiores sem sentido, e de todo o desânimo que cresce na classe. Continuo a acreditar nos alunos e na capacidade de darem a volta a um futuro que lhes querem negar.
Comecei por ficar irritada quando li na comunicação social que o tal presidente da nossa república tinha passado o fim de ano com toda a família num turismo de alto luxo pagando para tal 5000 Euros(???). Num país em crise? Quando tanta gente luta por manter o emprego e outros tantos vêem o ordenado reduzido já em Janeiro?
Eu, uma mísera professora, teria pejo em gastar tanto dinheiro porque pensava, (pensamento parolo já se vê) de que teria de dar o exemplo de alguma contenção e economia num pais em crise. Mas isso sou eu que tenho o grande defeito de julgar os outros pelo que eu faria na mesma circunstância, o que é errado!
Uma campanha eleitoral que, diz a teoria, deveria servir para clarificar o projecto de cada um dos candidatos à presidência, é um lavar de roupa suja, bem ao gosto de quem a faz. Não sei o que cada um dos candidatos quer para o país que sonha presidir, porque, envolvidos na peixeirada do costume, não tiveram tempo de lançar cá para fora uma ou duas ideias válidas. E como não sei, não vou votar!
E quanto ao texto do cara metade com que iniciei, já não tenho a certeza se continuarei a fazer e a amar a actividade docente. Nem consigo nem "sensigo"!
É muito difícil continuar a viver neste país!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tal e qual!


Os pais deviam tratar todos os filhos como tratam os filhos mais novos. Era tudo mais fácil, tanto para os pais como para os filhos. Com os filhos mais novos não há ansiedade, há apenas mimo. Com eles não se perde tempo a educar, a ensinar, a zangar, a habituar a comer sopa e legumes e a todas essas coisas pedagógicas que achamos fundamental fazer com os mais velhos. Nada disso. Os filhos mais novos existem para nos fazer perder tempo e não para serem educados. Se eles fossem férias, eram as férias de Verão: sol, praia e caipirinhas. Eles existem para os pais se derreterem e para se divertirem.
Os outros filhos não. Os outros são um caso sério. Seríssimo. É preciso prepará-los para a vida: precisam de disciplina, de ter modos à mesa, de criar hábitos de trabalho, de aprender a andar de bicicleta com três anos (como vem indicado nas instruções da bicicleta) e, já agora, de aprender a ler com cinco anos e a distinguir as cores com dois. Já o mais novo não tem de passar por isso. Chegou ao mundo ensinado e se não sabe, se não nasceu ensinado, também não faz mal: tem tanta graça, o espertalhão - "sabe-a toda..." Com os mais novos, nós sabemos exactamente quais os brinquedos indicados, qual o valor relativo da tosse de cão, que não tem mal nenhum não comerem tudo até ao fim, que a esmagadora maioria das crianças acaba por aprender a falar e a andar e que os dentes acabarão por nascer, mais cedo ou mais tarde. Com os filhos mais novos os pais percebem, finalmente, que no fundo o que interessa é que eles passem um bom tempo na nossa companhia. E vice-versa. Tudo o resto é conversa. Fiada.

Adorei esta crónica da Inês Teotónio Pereira. Aqui.

Serve para tudo!


Quem ainda não sentiu isto?
Eu estou a sentir agora com uma montanha de roupa que aguarda por mim e pelo ferro ali para o outro lado da casa!
Quem ganhará?

O tempo passa...



Fantástico! Objectos tão próximos de nós e para os quais as crianças já não têm explicação!
A aceleração das mudanças está aqui bem expressa.
Hilariante e, ao mesmo tempo, angustiante. Talvez só para mim que já vou sentindo alguma dificuldade em me manter actualizada no que toca às novas tecnologias.

Voltar às coisas simples





A melhor forma de retirar o stress das nossas vidas. Passear por entre veredas, ouvindo o barulho da água e observando os pormenores da paisagem.
Este fim de semana foi assim e adorei.

Uma piscina com vista



No meio da serra, numa aberta entre pinhais, aparece este tanque transformado em piscina de Verão, onde os mais novos se encontram tendo como motivo a água.
Não faz muito calor por estes lados mas a erva fica verde em Agosto e é muito agradável sentarmo-nos por ali a observar a paisagem e a sentir o silêncio.
Prazeres da aldeia que foi acompanhando os tempos e transformou os tanques de rega, tão importantes e preciosos noutros tempos, em tanques de lazer.
Mudam-se os tempos...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Mudanças do eu


Quando mobilei a minha casa, adorava tudo o que era clássico, com cores bordeaux e verde seco, misturando uns baunilha com muitas peças clássicas, muitos tecidos pesados, alguns golpes de originalidade mas tudo dentro da mesma linha. Realizei o meu sonho e fui acrescentando peças dentro da mesma linha. Nos últimos anos, já com tendência mais clean e menos rebuscada.
Algo se passou nestes dez últimos anos!
O que eu gostava, deixei de gostar! Adoro ambientes claros e transparentes por onde a luz entra a jorros, camas macias e fofas, não interessando se é D. Maria ou D. José, cozinhas alegres e funcionais onde tudo tem lugar certo, loiças coloridas e acessórios que tragam o riso aos meus dias.
E agora? O que é que eu faço?




I want the lifestyle as much as the apartment. If I could, I'd buy this home and live this life!

À espera


Um dia, alguém vai aparecer e bater com ela contra a porta de modo que o barulho acorde quem lá está dentro e precisa de vir abrir.
Por enquanto, permanece parada, emperrada e só tal como a casa da qual faz parte.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Casas com alma


A precisar da minha presença durante algum tempo. E eu a precisar dos seus cheiros, do seu silêncio, do seu lume e da sua paz.

Restos do Outono


A precisar de botox com toda a certeza!

Cansada mas viva e desperta



É sempre bom regressar às origens! Mesmo que para tal tenha de me levantar às 6 da manhã, percorrer 200 Kms e chegar com um ventinho fresco que revitaliza.
É bom rever primos e amigos, percorrer as ruas que sabemos de cor, e encontrar gente que nos conhece desde que nascemos. Na imutabilidade das coisas que conhecemos assenta o que sabemos de nós. Podemos envelhecer, partir para outros mundos, mas, de tempos a tempos, regressamos aqui e sentimos que tudo está igual e que o nosso mundo goza ainda de uma certa paz e de uma rotina que faz bem à alma.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ouvido de passagem


Três adolescentes conversam na fila do supermercado à hora do almoço. Comer na cantina? Não! Não gostam da comida! Há que a ir comprar ao hipermercado. Baguetes, bolos e sumos.

- O que fizeste ontem até à meia noite?
- Estive a ver o Dr. House.
- E então como foi?
- Eu cá gosto mais dos tipos da Anatomia de Grey! São giros!!
- E aquela tipa loira e gira nunca mais apareceu?
- Não. Teve um cancro. Se calhar foi tratar-se.
- O que aconteceu? Que temporada anda a dar agora?
- Aquilo foi giro pá. Sabes aquela estava com paragem cerebral mas não estava bem porque ainda havia umas cenas que funcionavam para cima e para baixo(!). Veio um tipo mandou um balásio no chefe...
- Morreram todos?
- Eu gosto é dos morangos! Estou para ver com quem fica cada um deles! Ganda cena!
- Aquela tipa foi encontrar o tipo em casa da irmã.
- Minha, isso é mau!
- Ó pá era só para desabafar!

Dificuldades de aprendizagem? Só se for nos assuntos mais sérios e importantes. Até fiquei cansada de tanto enredo e de tanta personagem. Não é para todos!
Assim vai a nossa juventude! Ou parte dela!