Ontem, o cara metade apresentou um texto crítico sobre o tal "mísero professor"! Bem escrito e acutilante. Terminava assim - "Certamente V.Exª julgará que a Actividade Docente é trabalho sujo, mas cá estarão os Docentes para o Fazer e para o Amar.
Consigo ou Sensigo!"
Falámos sobre a publicação do texto. Fui de opinião de que, apesar de tudo, o autor da expressão é o presidente da república e que deve ser tratado com respeito. Coisas antigas que se aprendem no berço e temos alguma dificuldade em livrar-nos delas. Infelizmente, para quem vive neste país.
Os ensinamentos que transmiti aos meus filhos e às muitas centenas de alunos foi de que deviam dar sempre o seu melhor em tudo o que fizessem para satisfação deles e do país.
Nunca me vangloriei do trabalho que faço, das horas a mais em que estou no local de trabalho, dos fins de semana de pesquisa e de estudo. Sempre o fiz com gosto e dedicação. Acredito que ter influência na educação dos jovens é meio caminho andado para a mudança que urge no país apesar dos contratempos, das ordens superiores sem sentido, e de todo o desânimo que cresce na classe. Continuo a acreditar nos alunos e na capacidade de darem a volta a um futuro que lhes querem negar.
Comecei por ficar irritada quando li na comunicação social que o tal presidente da nossa república tinha passado o fim de ano com toda a família num turismo de alto luxo pagando para tal 5000 Euros(???). Num país em crise? Quando tanta gente luta por manter o emprego e outros tantos vêem o ordenado reduzido já em Janeiro?
Eu, uma mísera professora, teria pejo em gastar tanto dinheiro porque pensava, (pensamento parolo já se vê) de que teria de dar o exemplo de alguma contenção e economia num pais em crise. Mas isso sou eu que tenho o grande defeito de julgar os outros pelo que eu faria na mesma circunstância, o que é errado!
Uma campanha eleitoral que, diz a teoria, deveria servir para clarificar o projecto de cada um dos candidatos à presidência, é um lavar de roupa suja, bem ao gosto de quem a faz. Não sei o que cada um dos candidatos quer para o país que sonha presidir, porque, envolvidos na peixeirada do costume, não tiveram tempo de lançar cá para fora uma ou duas ideias válidas. E como não sei, não vou votar!
E quanto ao texto do cara metade com que iniciei, já não tenho a certeza se continuarei a fazer e a amar a actividade docente. Nem consigo nem "sensigo"!
É muito difícil continuar a viver neste país!
Consigo ou Sensigo!"
Falámos sobre a publicação do texto. Fui de opinião de que, apesar de tudo, o autor da expressão é o presidente da república e que deve ser tratado com respeito. Coisas antigas que se aprendem no berço e temos alguma dificuldade em livrar-nos delas. Infelizmente, para quem vive neste país.
Os ensinamentos que transmiti aos meus filhos e às muitas centenas de alunos foi de que deviam dar sempre o seu melhor em tudo o que fizessem para satisfação deles e do país.
Nunca me vangloriei do trabalho que faço, das horas a mais em que estou no local de trabalho, dos fins de semana de pesquisa e de estudo. Sempre o fiz com gosto e dedicação. Acredito que ter influência na educação dos jovens é meio caminho andado para a mudança que urge no país apesar dos contratempos, das ordens superiores sem sentido, e de todo o desânimo que cresce na classe. Continuo a acreditar nos alunos e na capacidade de darem a volta a um futuro que lhes querem negar.
Comecei por ficar irritada quando li na comunicação social que o tal presidente da nossa república tinha passado o fim de ano com toda a família num turismo de alto luxo pagando para tal 5000 Euros(???). Num país em crise? Quando tanta gente luta por manter o emprego e outros tantos vêem o ordenado reduzido já em Janeiro?
Eu, uma mísera professora, teria pejo em gastar tanto dinheiro porque pensava, (pensamento parolo já se vê) de que teria de dar o exemplo de alguma contenção e economia num pais em crise. Mas isso sou eu que tenho o grande defeito de julgar os outros pelo que eu faria na mesma circunstância, o que é errado!
Uma campanha eleitoral que, diz a teoria, deveria servir para clarificar o projecto de cada um dos candidatos à presidência, é um lavar de roupa suja, bem ao gosto de quem a faz. Não sei o que cada um dos candidatos quer para o país que sonha presidir, porque, envolvidos na peixeirada do costume, não tiveram tempo de lançar cá para fora uma ou duas ideias válidas. E como não sei, não vou votar!
E quanto ao texto do cara metade com que iniciei, já não tenho a certeza se continuarei a fazer e a amar a actividade docente. Nem consigo nem "sensigo"!
É muito difícil continuar a viver neste país!
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