Há algum tempo que procurava o livro. Porque tinha lido as memórias do marquês de Fronteira neto da dita e tinha muita curiosidade em conhecer melhor esta personagem.
Esta semana, na escola, apresentou-se a autora para estar com os alunos e falar sobre livros e leitura. Quanto a mim para os motivar, para falar do prazer de ler, para que eles sintam que não lendo perdem algo precioso das suas vidas.
Pelas mesas espalhavam-se os livros da senhora. Alguns muito fraquinhos como o "Adopta-me" que li há já alguns anos e me deixou a impressão de oportunismo face às vivências proporcionadas por um pelouro de uma Câmara Municipal.
Comprado o livro, era tempo de o autografar o que aconteceu com um despacho de quem está habituado a grandes ajuntamentos traduzidos por sua vez em grandes filas em caixas registadoras com o som dos euros a entrar. A única preocupação foi saber em que lugares eu tinha tentado adquirir o livro sem o conseguir porque tinha de telefonar, tinha de avisar, para que trouxessem mais, para que as vendas continuassem. Ainda tentei, por não haver filas, travar conversa sobre o fascínio da personagem, sobre a ligação ao Marquês de Fronteira, mas a senhora despachou-me em grande com o remate -" Sei esse livro de cor. Os sete volumes!" Fiquei-me por aqui. Recolhi o livro enquanto a senhora assinava rapidamente vários autógrafos em livros que os alunos comprariam depois, porque enfim, deveriam ter trazido o dinheiro antecipadamente uma vez que sabiam que vinham para uma sessão com uma escritora!
Para mim, que fui durante 9 anos coordenadora de uma biblioteca escolar, uma sessão com um escritor era um momento sereno, de paz e de magia onde se aprendia o gosto de ler. Parece que tudo isto mudou!
Moral da história em que tenho pensado ao longo da semana - ainda não consegui começar a ler o livro! Cada vez que penso em fazê-lo vem-me à memória o mercantilismo a que assisti posto em prática com crianças de 10 anos e a vontade desvanece-se. Também não faz mal porque já comprei o livro e isso foi o importante.
Vou tentar esquecer! Talvez lá para o final do ano!
Esta semana, na escola, apresentou-se a autora para estar com os alunos e falar sobre livros e leitura. Quanto a mim para os motivar, para falar do prazer de ler, para que eles sintam que não lendo perdem algo precioso das suas vidas.
Pelas mesas espalhavam-se os livros da senhora. Alguns muito fraquinhos como o "Adopta-me" que li há já alguns anos e me deixou a impressão de oportunismo face às vivências proporcionadas por um pelouro de uma Câmara Municipal.
Comprado o livro, era tempo de o autografar o que aconteceu com um despacho de quem está habituado a grandes ajuntamentos traduzidos por sua vez em grandes filas em caixas registadoras com o som dos euros a entrar. A única preocupação foi saber em que lugares eu tinha tentado adquirir o livro sem o conseguir porque tinha de telefonar, tinha de avisar, para que trouxessem mais, para que as vendas continuassem. Ainda tentei, por não haver filas, travar conversa sobre o fascínio da personagem, sobre a ligação ao Marquês de Fronteira, mas a senhora despachou-me em grande com o remate -" Sei esse livro de cor. Os sete volumes!" Fiquei-me por aqui. Recolhi o livro enquanto a senhora assinava rapidamente vários autógrafos em livros que os alunos comprariam depois, porque enfim, deveriam ter trazido o dinheiro antecipadamente uma vez que sabiam que vinham para uma sessão com uma escritora!
Para mim, que fui durante 9 anos coordenadora de uma biblioteca escolar, uma sessão com um escritor era um momento sereno, de paz e de magia onde se aprendia o gosto de ler. Parece que tudo isto mudou!
Moral da história em que tenho pensado ao longo da semana - ainda não consegui começar a ler o livro! Cada vez que penso em fazê-lo vem-me à memória o mercantilismo a que assisti posto em prática com crianças de 10 anos e a vontade desvanece-se. Também não faz mal porque já comprei o livro e isso foi o importante.
2 comentários:
Serenidade e elevação houve na Biblioteca Municipal, no dia 28, com o valter hugo mãe!
E falou e respondeu e riu e vendeu e teve tempo de atender, um por um (e eram bastantes)aqueles que esperam na fila por um autógrafo simpático.
(e isto foi só para fazer um bocadinho de inveja, eh,eh,eh)
;)
ainda bem que é assim para eu poder continuar a acreditar. E nestes tempos difíceis acreditar é fundamental! Beijinho.
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