segunda-feira, 18 de junho de 2012

O que sinto


Tenho saudades da minha família! Não da que construí mas daquela que me construiu.
Saudades do tempo em que tudo era fácil e previsível. Em que gostávamos uns dos outros mas escondíamos esse amor nos gestos comedidos. Era um pudor altivo que nos mantinha unidos sem perder a compostura. Amor de rocha, de haste que nunca parte.
Hoje, tenho saudades desse amor que, escondido nas amarguras e nas pregas dos dias e das noites, já não vem ao de cima sempre que o chamo. O tempo amoleceu-o e a distância apagou-lhe a urgência.
Saudades do tempo em que tudo era certo e em que o meu lugar nesse mundo de amor estava certo e seguro.

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