Ontem, fiquei toda a tarde a tratar das roupas. Tarefa adiada mas que urgia arrumar.
Todos os anos, quando arrumo as roupas da estação que acaba, pergunto sempre interiormente o que terá mudado na minha vida quando abrir novamente estes sacos. Desta vez, o abrir dos sacos acompanha realmente um dia a dia difícil que teve origem lá mais atrás já os sacos de Verão estavam arrumados.
Tenho um apego grande a algumas peças de roupa. Sei que nunca mais as vou usar mas guardo-as de estação para estação porque me trazem recordações. As calças de ganga com "boca de sino" com brilhantes com que percorri metade da Europa ( vou voltar a usá-las este ano!), o vestido preto que vesti no Alentejo num fim de semana feliz, as calças de linho das férias de Verão, as echarpes das noites de Agosto, o meu chapéu de grandes abas que trouxe dos Estados Unidos, as peças irreverentes que necessitam um grande bem estar psicológico para as usar.
Uma vida contada pela roupa e por tudo o que senti com ela.
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