Vivia em Coimbra, há muitos anos atrás, um médico endocrinologista que era o terror de quem queria fazer dieta. Duro, muito duro, nas abordagens que fazia a quem ia à consulta com a finalidade de perder uns quilos. Contavam-se histórias diabólicas de meninas que desciam as escadas a chorar, de mulheres maduras que do alto da sua idade lhe iam respondendo defendendo e justificando a sua falta de vontade e de heroísmo na luta contra a balança. No entanto, conhecedor e grande médico, quem por lá passava e levava a coisa a sério, raramente voltava a engordar.
Um dia, fui lá. E tudo o que me disse fez sentido. Na mão trouxe um papel com o plano alimentar, tão simples e saudável que até fazia impressão e nos levava a questionar por que não comíamos todos assim. Reduzir hidratos de carbono complexos, cortar totalmente o açúcar ( isto quer dizer não comer absolutamente nada doce) diminuir ao máximo as gorduras, fazer 5 a 6 refeições por dia, beber água.
Leva-se bem este plano alimentar. Necessita alguma planificação para que à hora da refeição exista sempre algo saudável para comer evitando desvarios devido à fome.
Sempre que necessito perder quilos volto a esta rotina que tão bem interiorizei. É fácil de apreender e não necessita grandes conhecimentos. Pelo caminho, fui pesquisando novos pratos como o puré de couve, de bróculo, de couve flor que dão uma sensação de saciedade e são pouco calóricos.
Aprendi que não se consegue fazer dieta a passar fome e que a primeira semana é sempre a pior de todas. Depois, como tudo na vida, o corpo e alma habituam-se ao novo regime.
Não conseguiria seguir estas novas abordagens que incluem frutos secos (calóricos que dói) granulas caseiras, sementes de toda a ordem, sumos detox (muitas das vezes feitos com grandes quantidades de fruta que tem açúcar). Não digo que não resulte desde que bem aplicado mas exige muito tempo e aumenta a possibilidade de fazer tudo mal feito por falta de conhecimentos científicos apurados.
Sempre que resolvo entrar em dieta recorro ao velho plano alimentar do Dr. Ruas. Este é o dia!
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