O Verão acabou. Arrumei as sandálias e apago mentalmente alguns passos tristes que tive que dar no Verão.
Não foi um Verão feliz!
O calor e os dias grandes levaram-me o meu pai para um local que eu não conheço e não sei onde fica! Sinto um soco no estômago cada vez que penso que não o voltarei a ver.
Os meus dias parecem iguais, presos à rotina do trabalho e dos afazeres inadiáveis só que já não sou a mesma. O mundo perdeu a faceta cor de rosa e o aconchego das palavras do meu pai.
Também ele pressentiu esta mudança em mim e se queixou com algum desengano. Estás diferente! Dizia-me ele!
Diferente no modo com que enfrento a vida e as coisas. Agarrada ao essencial dos meus dias porque só isso me interessa. Tudo o resto não deixa rasto nem fere a minha alma.
Não foi um Verão feliz!
O calor e os dias grandes levaram-me o meu pai para um local que eu não conheço e não sei onde fica! Sinto um soco no estômago cada vez que penso que não o voltarei a ver.
Os meus dias parecem iguais, presos à rotina do trabalho e dos afazeres inadiáveis só que já não sou a mesma. O mundo perdeu a faceta cor de rosa e o aconchego das palavras do meu pai.
Também ele pressentiu esta mudança em mim e se queixou com algum desengano. Estás diferente! Dizia-me ele!
Diferente no modo com que enfrento a vida e as coisas. Agarrada ao essencial dos meus dias porque só isso me interessa. Tudo o resto não deixa rasto nem fere a minha alma.
3 comentários:
Estamos no mesmo barco; o meu Pai viu-o partir em Dezembro / 2009, 15 dias antes do Natal… datas em que a ausência fere mais.
Já durante 2010, diversos amigos e conhecidos com idade na casa dos 53 / 58 anos viram partir um dos seus progenitores à volta dos 75 / 85 anos.
È a partida de uma geração que, como todas, teve / tem o seu modo de estar e de sentir o mundo, de reagir e de interagir com o mesmo.
Agora, que fazemos muitas vezes “rewind” da vida sobre aqueles que partiram e que marcaram decisivamente o nosso mundo de afectos, saibamos honrá-los não com a tristeza e com o rio de lágrimas (que são livres de nos invadir) mas com a gratidão do bom que nos transmitiram e que transformaremos à nossa maneira e num tempo diferente, num novo legado que os nossos filhos irão, também, agradecer.
Tenhamos a força e a convicção de, como diz S. Paulo, combater o bom combate, conservar a fé para receber o justo prémio. Que daqui a uns anos, quando partirmos, sejam os nossos filhos a sentir a perda porque foi bom e justo o nosso legado.
Mas a saudade custa muito. Questiona-se tudo; a vida,o passado, o futuro que ainda há-de chegar, o futuro dos filhos, a nossa velhice. É tramado!
Obrigada pelas palavras.
não há nada que morra que não renasça...
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