Estas são duas das afirmações que mais se ouvem quando confrontamos alunos com maus comportamentos, atitudes de homens das cavernas e falta de respeito para com o outro e que mais me irritam.
Este ano, por mudança de escola, o nível etário dos alunos aumentou. Curiosamente, as respostas continuam as mesmas.
Tenha 10 ou 17 anos a resposta à pergunta - explica-me lá o que te passou pela cabeça para fazeres isso - é sempre a mesma - A X estava a provocar, o Y passou por mim e riu-se, estava a chover, é Outono, blá,blá e remata - NÃO TIVE CULPA!
E quando, continuando - mas afinal tu fizeste isto e aquilo e mais não sei quantas coisas condenáveis! respondem invariavelmente - E fui só eu? Não reparou no X e no Y e no Z?
Tenho para mim que desmontar esta desculpabilização dos nossos jovens, quer em casa quer na escola, não a consentindo, haveria de fazer a diferença na qualidade dos adultos daqui por uns anos!
Dá trabalho, leva muito tempo mas vale a pena!
Conseguir que cada um deles assuma, sem medos, que o seu comportamento é condenável, que numa relação com o outro, quando corre mal, os dois têm culpa, leva a que haja vontade de mudar, de pensar sobre os seus próprios medos e inseguranças e de tentar mudar e dar o melhor de si!
Não podemos mudar quando sentimos que somos perfeitos! É necessário bater na imperfeição e sentir que combatê-la é um atalho para felicidade.
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