Na aldeia era tradição dar-se um folar de Páscoa a todas as crianças mais chegadas. Havia doces e simplesmente de pão. Eu gostava dos doces, compridos, com açúcar por cima e dourados.
Na Semana Santa fazia por visitar avós e primos que já estavam prevenidos e compravam uma grande saca de folares ao padeiro. Não era hábitos fazerem-se em casa vá-se lá saber porquê.
Comiam-se em grades fatias barradas com manteiga e, lá mais para a frente, já duros, em torradas.
Ficou-me sempre este sentir de dar e oferecer ligado a esta época. Já não há folares para oferecer!
Ontem, fui às compras para umas meninas queridas que merecem tudo. Uns mimos de Primavera.
Manter as tradições, mesmo que a oferta não tenha nada a ver!
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