Sabe-se sempre quando chega o momento certo. Deixamos andar, uns dias melhores, outros piores, uma infelicidade a minar os momentos e a visão das coisas, uma não vontade de agir, de construir. Simplesmente deixar andar!
Há um dia em que se acorda com a ideia fixa de que "é hoje". Não pode passar daqui!
É sempre assim comigo. Isto serve para todas as facetas da minha vida. Aguenta-se até mais não poder e depois muda-se com a urgência das coisas que estão muito mal.
Aqui estou eu 40 dias depois desse dia já mais leve e mais saudável. Se estou super feliz? Não sinto nada de especial porque bem no meu íntimo eu sabia que um dia chegaria aqui. Por isso guardei as roupas velhas e apertadas, onde já não cabia. Nós sabemos sempre para onde vamos mesmo que só inconscientemente.
Sei também que dentro de pouco tempo vou começar a correr, vou integrar o grupo de marcha e corrida e vou arranjar uma molhada de novos amigos. A ideia cá anda a maturar, à espera do dia certo, do dia "é hoje".
Todos sabemos o que é melhor para nós e todos temos um sentimento egoísta que nos faz sempre mostrar o nosso lado melhor ao outro. Todos conhecemos pelo menos uma daquelas coitadinhas que não são capazes de nada que passam a vida a queixar-se mas que, de repente por uma qualquer motivação egoísta, movem mundos e fundos, energicamente, sem desvios nem ajudas.
Com o menor peso volta uma vontade férrea muito minha que tinha perdido lá mais para trás. Uma vontade de fazer coisas novas, de realizar, de concretizar e de criar. A criatividade de que eu tanto gostava tinha morrido em mim!
Vamos lá então aos novos dias que me esperam.
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