quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Há muito tempo atrás

quando eu ainda acreditava que havia pessoas perfeitas e mundos perfeitos, stressava com muita facilidade. Bastava pouco para me dar a a perceber que nada neste mundo é cheio de perfeição e que  apesar do meu esforço para que tudo corresse bem,tinha de viver com a imperfeição, com o desatino, com o desânimo, com a incompreensão. Tudo isso me fazia sofrer por não ter armas para viver assim. Fruto de uma educação demasiadamente imbuída de bons sentimentos, de "tens de fazer sacrifício para bem dos outros", de amor ao próximo e temente a Deus (penso eu actualmente).
Acontece que já acordei para a vida e já descobri, através de mim e dos outros, a imperfeição de tudo isto. A minha imperfeição incluída, naturalmente! Curiosamente esta descoberta trouxe com ela uma grande calma. Já não é necessário grande esforço para estar à altura. Tudo serve e tudo é permitido. Já não são necessários grandes sacrifícios de caráter porque é igual e também ninguém nota.
De modo que viver desta maneira é super relaxante. E esta descoberta, esta incapacidade de me fazer entender a mim e aos meus sentimentos perante a vida, as pessoas e as coisas deixa-me muito mais calma e muito mais feliz. Abre-se também, finalmente, a porta do poder fazer e dizer o que me dá na "real gana" como dizia a minha avó
E como dizia a minha mãe e muito bem: O que interessa na vida é a nossa consciência!

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