segunda-feira, 11 de junho de 2018

Tempos carregados

Quando a tua cabeça anda a mil com mil e uma preocupações. Há ainda o trabalho extra de racionalizar tudo o que te vem à mente e, paralelamente, sentires o privilégio da situação que temos, comparados com os que nos rodeiam. No entanto, a mente teima em nos tramar os momentos bons. 
Para tudo isto tem de aumentar a actividade cerebral que salta de um assunto para outro sem cessar o que gera um cansaço extremo no final do dia. Ai e tal  e se... E aí vou eu para mais uma racionalização que me vai esgotando à medida que avança. 
Tanto ainda para fazer, tanto ainda para planear, tanto ainda para criar e decidir. Um grande cansaço invade-me. 
Vêm aí as férias e pela primeira vez em muitos anos não me apetece ir a lado algum! Já nem a praia me entusiasma! Já nem o calor do sol no corpo me consegue descansar como antigamente.
Pelo meio, a imagem de mãe querida cada vez mais apática, cada vez mais lá do que cá. O coração a apertar cada vez que penso em perder a sua presença e o seu calor. É o calor das suas mãos a última recordação que vou ter dela e um ou outro olhar em que parece conhecer-me. A vida é cruel.

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