quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Estados de alma

 


Esta foto tem um história. Foi tirada no dia em que defendi a minha tese de mestrado. Estava feliz! Não pela tese mas por ter sido capaz de, em tempos difíceis pelos que passei,  nunca me ter passado pela cabeça desistir. 

A pesquisa pelas noites dentro ajudou-me imenso a não pensar nas desgraças, a focar-me na investigação. 

Paralelamente, eu adoro aprender coisas novas. Gosto de pegar em livros técnicos e sublinhar tudo aquilo que considero importante e que posso utilizar futuramente. 

A tese não foi mais que um resumo de tudo o que eu já queria investigar há imenso tempo. Deu-me estratégia e método e foi muito bom. Adorei as conversas com o meu orientador, as idas à Católica do Porto, algumas vezes sozinha o que me dava tempo para a reflexão e sistematização. 

Houve vozes discordantes sobre a minha decisão. Estava a ficar velha, já não serviria de nada para a progressão na carreira, foi só gastar dinheiro! Ouvi de tudo. Interiormente não concordei com nada. Resgatou-me da melancolia e permitiu que eu aprendesse muito, mas mesmo muito, sobre a minha profissão, muito para além do que está escrito. 

O reconhecimento que me foi dado também soube muito bem! Os convites que tive posteriormente encheram-me de satisfação. Somos humanos e funcionamos muito melhor com reforço positivo do que com o negativo.

Ensinar alunos nos tempos que correm não é tarefa para amadores! Nunca foi mas os desafios actuais são muito maiores. Todos os conhecimentos são bem vindos.

Em boa hora decidi! Nunca me arrependi! Mais que não fosse por saber a alegria que os meus pais teriam se pudessem ter assistido! 

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