segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Há 14 anos que não sinto a tua voz nem te vejo

 


Na varanda da casa de Coimbra a ver-nos partir

Mas continuo a ouvi-la e a sentir-te junto a mim!

Morreste-me numa madrugada quente nos cuidados intensivos do hospital! Se eu esperava? Penso que na minha ingenuidade acreditava que, tal como das outras vezes, sairias  pelo teu pé e sentar-te-ias à mesa de camilha a olhar para todos nós com o teu olhar atento e carinhoso. Não foi assim.  O que sempre te regeu a vida, sentiu que era hora de descansares.  Talvez fosse!

O teu corpo aguentava já com muita dificuldade tudo o que lhe pedias! 

Tanta falta que me fazes meu pai! Tanta falta!! Que orfandade em que me deixaste minha alma gémea que percebia tão bem como eu pensava, o que eu queria e o que me fazia feliz!! 

Gostava de ter vivido mais tempo contigo! Tempo inteiro sem interrupção. Sinto que o nosso amor foi crescendo entre os espaços de ausência e talvez não tivesse de ser assim!

Continuas comigo e eu contigo. Seremos assim até à eternidade.

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