E como a felicidade só se consegue quando estamos juntos, fica uma mensagem antiga mas universal nestes tempos de individualismo e egoísmo.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Nostalgia de fim de ano
É sempre assim. Eu nem ligo ao fim do ano, mas com tanta gente a desejar um novo ano muito feliz, há sempre a tentação de fazer balanços e pensar se afinal se aproveitou bem este conjunto de dias que agora finda. Fica o meu resumo.
Aprendi muito: a ver a vida e as pessoas de outros modos, a ser mais tolerante, a duvidar das minhas certezas e das minhas "óptimas" ideias, a encontrar na angústia e na tristeza uma grandeza e uma força que não vem nos livros, a encarar de frente os problemas, a treinar o meu espírito lutador, a dar valor ao que tenho e a saber como conservá-lo, a seguir em frente, a acreditar no amanhã e, acima de tudo, a acreditar que o ser humano tem uma força muito para além do que se vê.
Desejo para 2009 muita saúde. E quem tem saúde tem tudo. O resto, procura-se e encontra-se. Se não se encontrar é porque realmente não era muito importante!
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Mensagens que fazem bem à alma
Este Natal, como costumo fazer todos os anos, enviei uma mensagem de Natal a todos os meus amigos e colegas.
Hoje, quando abri o mail tinha uma mensagem que me emocionou vinda de um colega, novo na Escola. Longe de casa, tem dado tudo por tudo para acompanhar os alunos com problemas e tem uma grande disponibilidade para atender os alunos e falar com eles. Pertence ao meu conselho de turma.
Deixo a mensagem que me emocionou por muitos motivos: porque já ninguém agradece nem repara nos nossos gestos dentro das escolas, porque mostra que a camaradagem está viva e é preciso alimentá-la e ainda porque evidencia que o acto de educar passa muito para além do que os nossos dirigentes querem fazer crer. É feito de gestos humanos que se cruzam, de boas vontades, de palavras na altura certa e, acima de tudo, dos laços que se criam todos os dias dentro e fora das salas de aula.
"Um obrigado muito especial pelo cuidado com as minhas aulas, tenho a certeza de que com a tua ajuda 2009 será decerto muito diferente e muito melhor; obrigado por me ajudares a crescer com a tua partilha e a tua preocupação."
Livros eternos
Distraidamente, olhei para a estante na casa dos meus pais. Lá estava ele à minha espera. Retirei-o com cuidado e abri-o. As palavras, numa dança louca, construiram remoinhos de sentimentos. Sentei-me e comecei a reler. Uma vontade enorme de parar o tempo, de ficar ali. Trouxe-o comigo e mal posso esperar para me sentar novamente com ele.
Terras do demo" do grande Aquilino.
Uma obra única que me consegue transportar para outros tempos e para a minha gente!
Voltar ao trabalho
Depois de toneladas de doces e muito calor humano, há que voltar à realidade e a todo o trabalho que tenho de realizar:
-Colocar no Moodle os recursos matemáticos para que os meus alunos possam, de uma forma lúdica, fazer matemática. Habituei-os sempre nas interrupções lectivas a terem estes mimos e já reclamam quando não têm novos desafios. É bom sinal!
-Analisar documentos sobre auto-avaliação de escolas - Ler alguns livros e artigos que fui deixando por falta de tempo.
-Enviar aos membros do Conselho Geral Transitório os documentos de que necessitam para preparar a próxima reunião logo no início de Janeiro.
-Fazer os gráficos de insucesso da minha direcção de turma para apresentar aos Pais a 6 de Janeiro.
-Preparar a reunião com os pais.
-Elaborar um Currículo Específico Individual conforme ficou decidido na reunião de avaliação.
-Contactar o EE do M. para, em conjunto, se decidir se vai praticar atletismo e onde.
Pelo meio, revisitar os pais que precisam de conforto e de companhia e conviver um pouco com a família.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Pensar que...
Por muito que, por vezes, nos sintamos perdidas,
sempre acabamos por chegar ao sítio onde nos esperam!
Grande pensamento!
É mesmo assim a vida!
O Destino!
A Procura!
A felicidade !
sempre acabamos por chegar ao sítio onde nos esperam!
Grande pensamento!
É mesmo assim a vida!
O Destino!
A Procura!
A felicidade !
Jantar de Natal com amigas de longa data.
Ontem apeteceu-me reunir as amigas de há 20 anos à volta da mesa. Estava farta de papeis, de grelhas, de gripes que não me deixam respirar, de frio, de contratempos, de alunos desobedientes, de pais que não querem saber, de pessoas egoístas que não pensam nos outros.
Cozinhei por prazer. Decorei a mesa para as receber como tanto gosto de fazer. Acendi a lareira.
O serão foi um recordar de pormenores esquecidos por umas e lembrados por outras, de conselhos perdidos no tempo, de bons e maus passos que fomos dando juntas ou separadas. Recordámos alunos, colegas especiais que nunca mais voltaram, outros jantares importantes das nossas vidas, outros locais onde também fomos felizes, situações bizarras que fomos partilhando e fizémos mil projectos para o futuro. Rimos imenso!
Hoje lá estávamos na escola novamente, com as grelhas, os relatórios, as estratégias, as adaptações, os currículos individuais, os problemas dos alunos, mas sentimo-nos melhor. Mais acompanhadas.
É isto a amizade!
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Parabéns Paula
Hoje faz anos a minha amiga de infância. A minha amiga irmã! Conhecemo-nos quando entrámos para o ciclo preparatório em Coimbra. Com percursos tão diferentes até então, soubemos ver o que nos unia e encetámos uma amizade que dura até hoje. Esteve sempre presente nos bons e maus momentos da minha vida e é a ela que eu recorro quando preciso de um ombro. Casámos quase no mesmo ano, e cruzámos as nossas vidas em piqueniques de primavera, tempos de praia, almoços, ou simplesmente em conversas que rapidamente se tornam profundas e francas quando estamos juntas.
Conta comigo. Feliz aniversário!
Almoços de "Família"
Hoje estive num almoço de Departamento. Era um almoço de despedida de uma colega que se aposentou no início do ano lectivo e que foi contando, com alguma emoção, que nos primeiros tempos nem conseguia olhar para as árvores que rodeiam a escola porque se lembrava do tempo em que as tinha plantado e do tempo em que as tinha visto crescer. É sempre nostálgico deixar um espaço que foi a nossa casa durante tantos anos. A Teresa começou a dar aulas nesta escola em 1970!
A estes encontros juntam-se sempre outras colegas que, por vários motivos, já não se encontram a leccionar e é sempre uma festa.
São momentos muito gratificantes.No meio das conversas, das recordações do que se viveu, tomamos consciência do muito que temos em comum. Apesar das diferenças, da rotina diária, dos diferentes percursos de vida, pertencemos a um mesmo sitio, vivemos muitas coisas juntas e criámos laços que nos unirão para sempre.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Saudades das férias de Verão.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
Andar para colocar ordem nos pensamentos
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Tempo de tentar a mudança
Aula de Formação Cívica - mais uns exercícios de treino de competências sociais. E, nas aulas seguintes, tudo volta ao mesmo. O M. pede para ir à casa de banho e regressa com um rasto de cheiro a tabaco, a C. continua a gritar e a provocar o mundo, o B. continua a cortar os lápis a fazer lixo em cima da mesa e a não realizar trabalho, perdido num mundo que é só dele, o R. continua a pensar na sua horta e no pouco sentido da Escola, O T. continua a exorcizar, através da pancada nos outros, a família que tem e queria ver modificada, enfim o meu dia a dia cheio e, por vezes, carregado de decepção por não conseguir mudar, tão depressa quanto o desejo, a atitude destes meninos face à escola e às aprendizagens.
Mas não desisto deles. Vamos caminhando e sentindo a vida lado a lado, aprendendo uns com os outros. Têm-me dado, sem saberem, grandes lições de vida!
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Gestos que tocam
Hoje foi dia de arrumar papeis, elaborar testes, fichas de trabalho, fichas de recuperação para os alunos ainda com algumas dificuldades, elaborar um Currículo Específico Individual, fazer resumos do comportamento dos meninos da minha turma, telefonar aos pais do B. e do M. que resolveram faltar às aulas de apoio, ler e estudar alguns textos sobre avaliação interna de escolas e um sem número de tarefas que, todas juntas, dão um dia de trabalho.
Dentro da minha pasta encontrei um envelope fechado que me tinha sido entregue ontem pelo M. Menino problemático, mas muito terno, muito carente, muito risonho, mas também com muito pouca força e vontade para fazer face às grandes adversidades que a vida lhe trouxe.
Dentro do envelope estava o desenho que fez de mim! Era um presente dele, um obrigado.
Tenho que continuar a lutar por ti e pelo teu futuro M. ! Tu mereces!
música de Eric Clapton
Esta canção sempre me comoveu. Foi escrita como tributo ao seu filho pequeno que morreu num acidente.
Diários de Miguel Torga
No domingo fui à feira do livro. É sempre um prazer deambular pelas bancas e folhear livros novos e antigos, sentir o prazer das palavras. Numa delas, vários volumes do diário de Miguel Torga a 1,50€ cada. Comprei todos os que estavam disponiveis. Miguel Torga foi sempre e será o meu escritor favorito. Quando pego nos seus livros, a emoção solta-se, o prazer de ler atinge o auge. Posso ler um livro dele muitas vezes porque a magia acontece sempre. Foi com ele que descobri a emoção que nos transmite um texto bem escrito.
Convivi com a sua figura altiva e simultaneamente simples durante os meus anos de Faculdade. Éramos quase vizinhos e apanhámos, durante anos, o trolley na mesma paragem.
Nos serões até ao Natal, sem televisão, vou reler os Diários. Perder-me por entre as palavras, os sentimentos, imaginar, aprender, sonhar. É isto um escritor!
Convivi com a sua figura altiva e simultaneamente simples durante os meus anos de Faculdade. Éramos quase vizinhos e apanhámos, durante anos, o trolley na mesma paragem.
Nos serões até ao Natal, sem televisão, vou reler os Diários. Perder-me por entre as palavras, os sentimentos, imaginar, aprender, sonhar. É isto um escritor!
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Hoje, aqui e agora
Comprei este livro durante as férias e adorei lê-lo. O autor é psicólogo, pedagogo e escritor com vasta obra publicada. Fala do sentido da felicidade e do bem estar e da necessidade de viver o dia presente de uma forma completa, virada para os outros e para a sociedade. Salpicado de frases célebres deixo uma delas que me parece ser um resumo do que preciso para ser feliz: " La dicha de la vida consiste en tener siempre algo que hacer, alguien a quien amar y alguna cosa que esperar". (THomas Chalmers)
Saber educar.
Hoje aborreci-me com a R. na aula. Continua a falar alto, a chamar nomes feios aos colegas, a não obedecer aos adultos. Está a repetir o 5º ano e precisa de perceber que tem que começar a controlar-se, que todos estamos prontos a ajudar mas que tem que fazer também algum esforço para que isso aconteça. Em desespero de causa e porque sei que tem pena de a desiludir, telefonei à mãe. Imcompreensão do outro lado. Que é uma vitima, que vai mudá-la de escola. É dfícil este diálogo em que tem que haver firmeza e clareza nas ideias a transmitir. Combinei um encontro para daqui a dois dias. Se conseguisse fazê-la perceber que não é mudando de escola que se resolve o problema, mas mudando atitudes, moldando comportamentos era bom. a R. precisa de começar a perceber que não é levando tudo à frente e chamando nomes feios aos colegas que resolve os problemas que tem. Precisa de aprender a fazer amigos, a relacionar-se de uma forma civilizada e a ouvir os outros. A Escola tem obrigação de ensinar a partilha, a amizade, a colaboração.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Uma festa muito importante!
E no sábado foi o aniversário do meu filho André. Bom ambiente, os amigos todos juntos, e a certeza de que é bom estar vivo e com saúde. Foi um hino à vida e à esperança que tão por baixo andou nestes últimos dois anos. Foi a certeza de que fiz bem em acreditar e em ter confiança no futuro. O tempo não ajudou, mas ficou a recordação de uma tarde que o André recordará por muitos anos. E eu fico muito feliz por ele. Muitos parabéns pelos teus 18 meu filhote.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Preparar aulas
Preparar aulas de apoio para os meus alunos. Sei as suas dificuldades e conheço os seus tempos (curtos) de atenção e de concentração. Preciso de pensar estratégias qque resultem e isso leva tempo. Alguém iluminado diz que estas horas de apoio não são lectivas! Para mim são! Sempre foram. É preciso pensar no esforço que cada aluno faz para ter estas aulas ficando mais 45 minutos na escola quando o dia começa a cair e os outros vão embora. É preciso que elas façam a diferença.
Sinto sempre que quem nos governa não conhece este dia a dia de exigência e de relações humanas de uma escola. Transmitem a ideia de que o que interessa é ter os alunos dentro da sala. O que fazem e o que dizem é secundário. Esta ideia passa para os pais e pode ser muito negativa porque não corrresponde à verdade. Na Escola onde eu lecciono há 22 anos, há mais de dez anos que temos aulas de substituição, embora o outro dia tenha ouvido a ministra dizer que foi ela que as instituiu. A necessidade dessas aulas surgiu nas horas de trabalho em equipa que havia nas escolas de então. Lembro-me da resistência que os alunos do 3º ciclo fizeram a estas ocupações dos chamados "feriados" e da inteligência com que os meus colegas os foram conquistando. Ainda antes do PNL aparecer, já nós fazíamos leituras nesses tempos de aula. E os alunos adoravam e corriam à Biblioteca para requisitar a obra e saber como acabava a história.
É por isso que me sinto estranha quando oiço a ministra!! Parece-me sempre que fala de uma escola que não existiu ou pelo menos que eu não conheci.
Fiz estágio numa escola no centro de Coimbra (aonde eu tinha iniciado o ciclo preparatório) e ainda hoje me lembro do profissionalismo de todos os docentes naqueles pré-fabricados sem condições físicas mas onde se discutiam temas pedagógicos da maior relevância. Depois passei para a escola da Figueira da Foz onde aprendi muito. Na escola de Tondela, (também sem condiçõees físicas, o laboratório de ciências era uma capela!!)conheci o mundo rural, aprendi a motivar os alunos de outro modo, conheci professores de Matemática magnificos que ainda hoje dão cartas nesse domínio.
A ministra fala de uma escola de balda, de deixa andar que nunca conheci!
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Dia 29 - Uma festa muito importante e feliz
O meu filho André faz 18 anos! Para comemorar, um almoço na "quinta do Casalinho" que reúne família, amigos de infância e os novos amigos da Universidade Católica.
Festejar os dezoito anos deste modo é uma maneira de agradecer a todos os que nos ajudaram a formar o André para que se transformasse no Homem que é. Quero agradecer a todos o apoio, os conselhos, as palavras de ânimo, os abraços, as lágrimas e as alegrias principalmente nos longos últimos dois anos da nossa família.
O meu pai
Velho, cansado de viver, cheio de problemas de saúde. No sábado, estava feliz e eu gosto de o ver assim. Desta foto irradia uma certa força que só eu vejo, a força e o sorriso doutros tempos que não voltam. É por isso que aqui a coloco. Porque me faz lembrar o meu pai de outros tempos, cheio de vida e de esperança no futuro. Foi essa alegria de viver que me transmitiu, foi essa vontade de seguir sempre em frente porque, como costumava dizer - "O amanhã é melhor do que o ontem" e " o teu coração é o teu mestre". Segui sempre estas máximas que me empurraram em tempos mais nublados da minha vida.
Gosto desta foto. É o meu pai de sempre que continua lá sempre pronto a ouvir-me e para quem ainda sou a sua menina.
Novembro é um grande mês!
Mês de festas! foi em Novembro que nasceram os meus dois filhos e foi em Novembro que casei. Neste fim de semana fez 22 anos! Casei no mesmo dia que os meus pais.
Mais um encontro, sempre tão gratificante, com a família. Como uma boa e típica família da Beira alta, festejámos sentados a uma mesa repleta de iguarias. conversas cruzadas, muito riso, muitas afinidades, muitas memórias, muitos lugares vazios dos que já foram e dos outros, os que não querem partilhar porque ainda não descobriram a importância destes momentos. É o regresso a casa, ao ninho, ao mimo.
Á noite, comentava-se o quanto é doloroso quando chega a despedida. Mas fica o momento, a partilha, a recordação e a certeza de que os mais novos que vão partilhando estas tardes, um dia, à volta de uma mesa, se lembrarão de nós, heróis de uma história simples que só modifica corações.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Agenda preenchida
Já hoje é 5ª feira! O tempo voa entre aulas, reuniões, espaços para atender os meus alunos e os seus problemas, espaço para ouvir os colegas, espaço para ler e estudar. Sim, que um professor também estuda embora muitos pensem que não. O meu estudo actual passa pela leitura e análise de um livro "Liderar numa cultura de mudança" de Michael Fullan, grande referência sobre estes aspectos da complexidade e da necessidade de uma liderança transformadora. Diz coisas tão simples e importantes como estas - " É importante fazer com que as pessoas façam parte de uma história de sucesso. Porque afinal é isso que elas querem".
Tenho trabalhado no Conselho Geral Transitório em trabalho de grupo, debatendo ideias e fomentando o diálogo entre todos. Nomeei um moderador que tem feito um trabalho de excelência. Todos gostam de trabalhar, todos dão a sua opinião e, no final de cada sessão ,nota-se que temos mais o sentido de pertença e o sentido de grupo. Para além disto tudo, as conclusões são mais ricas, mais profundas e mais completas.
Gosto de trabalhar deste modo.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Fim de semana em Lisboa
Limpar, cozinhar, mimar. Corrigir testes, rever trabalhos de casa e escrever os reforços para que os alunos progridam e sintam que vale a pena. Preparar uma aula assistida no âmbito da formação de professores de matemática. Aprender a utilizar o programa Geogebra para fazer demonstrações em espaço aula. Preparar a reunião do Conselho Geral Transitório subordinada a um único ponto da ordem de trabalhos: Sessão de debate/reflexão sobre " A Escola que projectamos para o século XXI". Assim foi o meu fim de semana!
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Não me apetece estar aqui
Não tenho escrito. Não consigo.
Há dias e semanas em que achamos que tudo está contra nós e que não conseguimos que nos oiçam e que entendam as nossas razões. Assim se sinto. Depois da manifestação de 8, caiu um vazio emocional dentro de mim. Não me apetece trabalhar, não me apetece dar o máximo como sempre fiz. Então se quem manda em mim vem dizer para a televisão que o que eu queria era estar poucas horas na Escola e dar aulas em colégios e explicações, quem sou eu para dizer que, se calhar, não foi assim...
Que me arrenpendo muitas vezes de ter posto o meu trabalho à frente dos desejos da família, e do tempo para dois filhos pequenos.
Que motivos tenho para abdicar do meu tempo, dos meus fins de semana para tratar os assuntos dos meus alunos que passam para além dos muros da Escola? Que motivos tenho para me preocupar com a imagem da minha escola, quamdo a minha chefe vem à rua dizer que somos todos uns malandros preguiçosos?
Que motivos tenho para passar horas a elaborar projectos, a que ninguém me obriga, para que a tal dita Escola esteja mais apetrechada, mais atractiva, mais conducente ao sucesso que quero para os meus alunos?
Que motivos tenho para estar à frente de tantos projectos que fizeram a diferença para tantos alunos.
Que força me move, quando o meu chefe me derrota, me denigre perante todos, menospreza o meu trabalho de tantos anos?
Umas boas bases teóricas sobre o poder da liderança seriam uma boa leitura de cabeceira para tantos "chefes"!
Fica a sugestão.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Lutando pelo futuro!
É pelo futuro que amanhã vou estar em Lisboa. Não tenho como principal razão a avaliação docente. Sempre trabalhei, dei o máximo pela minha Escola e pelos meus alunos. Causa-me tristeza esta falta de visão do que é o dia a dia de um professor por parte de quem está à frente dos desígnios de um País. Como se avalia o consolo, o incentivo, a mão no ombro, a confidência, o apoio, a camaradagem, a meiguice, o abraço na altura certa, o aliviar da fome, o estar lá quando mais ninguém está, o levar para a frente apesar dos traumas, o criar as condições para que cresçam, para que aprendam? É difícil viver com os alunos nestes tempos de mudança constante.
Amanhã estou lá pelos meus alunos, os actuais e os futuros, para que possam ter direito a uma educação de qualidade que lhes permita ter um futuro digno num País em liberdade. Pelo futuro da minha Escola, para que, com o potencial humano que tem, possa criar condições de excelência para efectivas aprendizagens. Pelo não ao facilitismo, à descrença, às actuações pouco sérias que desvirtualizam, pouco a pouco, a Escola onde gosto de ensinar.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
O que é uma casa
Gosto de estar rodeada de objectos que me transportam para outros tempos, me fazem lembrar de outras manhãs e de outras noites à lareira.
Este banco veio da casa da minha avó. Era nele que me sentava à lareira nos tempos frios de Inverno. Era sentada nele que muitas vezes jantava e ouvia as histórias que me encantavam. Quando adolescente, puxava-o para mais perto do fogo e sonhava com o futuro.
Agora está aqui comigo. Ainda me sento nele a olhar o lume. E quando o puxo para me sentar, algo no gesto me enternece e volto a ser a menina travessa que falava muito, cantava imenso e gostava de histórias.
domingo, 2 de novembro de 2008
Casa Cheia
Paisagens
E como hoje não choveu, tive oportunidade de gozar a minha varanda e a paisagem que faz bem à alma. No Outono, este arvoredo ganha cor e matizes de encantar.
No Verão é um prazer almoçar por ali, ouvindo os pássaros e vendo passar as cegonhas. O rio, que não se vê mas se ouve, torna mais amenas as noites de Agosto. Os patos vêm mais tarde, ao entardecer e traçam linhas no céu já vermelho.
No Inverno tudo fica mais cinzento e triste. Caem as folhas e vê-se o que existe para lá das copas das gigantescas árvores.
A Primavera é anunciada pelo verde das nogueiras que começam a esconder pouco a pouco a paisagem vista de cima. Tudo fica mais sombrio, mais fresco e calmo.
E, da minha grande varanda, vou assistindo ao passar das estações. Pedindo que tudo siga igual! Que a paisagem continue lá com as suas ténues mudanças mas sendo sempre árvores.
Manhã no "parque do bonito"
Assinar:
Postagens (Atom)