sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Propósitos?
Não vou formular. Fico com a certeza de que em todos os dias do ano que aí vem farei alguma coisa para me sentir melhor comigo mesma. As acções que tenho no pensamento passarão à prática mais dia menos dia. Disso tenho a certeza. Só não sei quando. A força dos dias e da rotina não vai conseguir levar-me na corrente. Vou lutar para poder envelhecer com qualidade. Vou limar as arestas de que não gosto em mim. Vou enfrentar os meus fantasmas e alcançar as recompensas que desejo.
Sei que vou conseguir porque conheço a força que há em mim.
Sei que vou conseguir porque conheço a força que há em mim.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Balanços? De quê?
Não gosto de balanços! Fazem-me lembrar o tempo em que queria comprar alguma coisa e dava com um papel na porta do estabelecimento durante quase uma semana - fechado para balanço! Mas que raio estariam os donos a balançar durante tantos dias?!!!
Sempre achei estranha esta moda de balançar as coisas e os acontecimentos, como se este ano acabasse e começasse outro novinho em folha com um muro estanque entre eles e em que nada de nós passava de um lado para o outro. Era assim como que uma oportunidade única de sermos novos e imensos com a sensação única de que, se falhássemos na tentativa, haveria outro muro e outra hipótese logo ali ao virar da esquina. Uma vida ao metro. Aos solavancos.
A minha ideia de mundo, transporta-nos continuamente. Os sonhos de recomeço podem acontecer a qualquer momento, mas somos sempre nós a recomeçar, com todos os nossos defeitos, inseguranças, medos, ilusões, sonhos, anseios e ideais de mundos perfeitos.
Não vale a pena fazer balanços. Basta que, em cada dia, aceitemos o que de pior aconteceu como fazendo parte da nossa vida e do nosso eu e façamos sempre um esforço para alterar aquilo de que não gostamos em nós.
Bom ano de 2011! 365 dias de balanços esperam por nós!
Sempre achei estranha esta moda de balançar as coisas e os acontecimentos, como se este ano acabasse e começasse outro novinho em folha com um muro estanque entre eles e em que nada de nós passava de um lado para o outro. Era assim como que uma oportunidade única de sermos novos e imensos com a sensação única de que, se falhássemos na tentativa, haveria outro muro e outra hipótese logo ali ao virar da esquina. Uma vida ao metro. Aos solavancos.
A minha ideia de mundo, transporta-nos continuamente. Os sonhos de recomeço podem acontecer a qualquer momento, mas somos sempre nós a recomeçar, com todos os nossos defeitos, inseguranças, medos, ilusões, sonhos, anseios e ideais de mundos perfeitos.
Não vale a pena fazer balanços. Basta que, em cada dia, aceitemos o que de pior aconteceu como fazendo parte da nossa vida e do nosso eu e façamos sempre um esforço para alterar aquilo de que não gostamos em nós.
Bom ano de 2011! 365 dias de balanços esperam por nós!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
domingo, 26 de dezembro de 2010
Presentes especiais
Uma agenda. Uma simples agenda, pequenina. Com o aviso de que tinha textos para eu ler.
E ontem, na calma do serão, abri-a e li os textos onde alguém muito especial tinha sublinhado as partes que mais nos tocavam.
" O tempo, tal como a água, não volta para trás. É nesta fraqueza que se encontra a sua força. Viver é perder o poder de voltar a viver o já vivido. A vida não permite repetições. É sempre tudo novo em cada manhã que nos espera.(...) O tempo não precisa de voltar para trás para ser melhor vivido. (...)Dá-se o que se é. Dá-se a pessoa, o espaço do seu coração, dá-se o que falta e não apenas o que sobra."
Acabar o Natal com a esperança no tempo que ainda há-de vir. Obrigada pelo presente especial recheado com uma parte de ti!
E ontem, na calma do serão, abri-a e li os textos onde alguém muito especial tinha sublinhado as partes que mais nos tocavam.
" O tempo, tal como a água, não volta para trás. É nesta fraqueza que se encontra a sua força. Viver é perder o poder de voltar a viver o já vivido. A vida não permite repetições. É sempre tudo novo em cada manhã que nos espera.(...) O tempo não precisa de voltar para trás para ser melhor vivido. (...)Dá-se o que se é. Dá-se a pessoa, o espaço do seu coração, dá-se o que falta e não apenas o que sobra."
in agenda 2011, escrito por P. Carlos Carneiro sj
Acabar o Natal com a esperança no tempo que ainda há-de vir. Obrigada pelo presente especial recheado com uma parte de ti!
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Para a Rafaela
A minha cozinha sueca
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Ansiedade
domingo, 19 de dezembro de 2010
Foi assim
2º andar de shopping em frente ao elevador. Esperávamos nós e uma senhora (?) com um carrinho de bebé. As portas abriram e demos-lhe prioridade para entrar. Que não. Que o elevador ia para cima e ela queria ir para baixo. Nós entrámos. Fomos para cima e depois para baixo até o elevador parar em frente da porta do 2ºandar novamente. E um grito instantâneo:
-Ninguém vê um carrinho com um bebé e percebe que tem de sair para eu entrar? Não percebem que eu quero entrar? Percebem ou não?
Mas... já tinha tido a oportunidade de entrar antes do elevador estar cheio!
O que correu mal: Terem saído do elevador dois ou três Senhores para que ela entrasse. Dar prioridade não é sair do elevador para outro entrar a não ser que se trate de uma emergência. Reforçar este tipo de comportamentos mal educados e sem civismo é uma maneira de os prolongar e de os ampliar.
-Ninguém vê um carrinho com um bebé e percebe que tem de sair para eu entrar? Não percebem que eu quero entrar? Percebem ou não?
Mas... já tinha tido a oportunidade de entrar antes do elevador estar cheio!
O que correu mal: Terem saído do elevador dois ou três Senhores para que ela entrasse. Dar prioridade não é sair do elevador para outro entrar a não ser que se trate de uma emergência. Reforçar este tipo de comportamentos mal educados e sem civismo é uma maneira de os prolongar e de os ampliar.
Ontem, foi por aqui
Dia de compras e de lojas até ficar exausta. Pequeno intervalo para o almoço e continuou de tarde. Imensa gente, muito barulho, muito empurrão e umas tantas atitudes intoleráveis no século XXI. Quando há mais gente, nota-se mais a falta de civismo. Para nós que vamos da dita "província", é motivo de riso entre dentes ou até mesmo de gargalhada.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Porque hoje é sexta!
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Moral da história?
Um americano tinha um saco de caranguejos bem fechado para que não saíssem. Quando olhou para o lado, viu um sujeito com um saco de caranguejos aberto. Intrigado, perguntou-lhe como é que os bichos não fugiam.
Que não. Que estes eram caranguejos portugueses. Se algum tentasse sair do saco, os outros puxá-lo-iam para baixo imediatamente!
Que não. Que estes eram caranguejos portugueses. Se algum tentasse sair do saco, os outros puxá-lo-iam para baixo imediatamente!
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Sentir o Natal
Este coral corresponde à 1.ª Parte / 1.º Tema da Oratória de Natal, BWV248, de J. S. Bach e intitula-se "Jauchzet, frohlocket, auf, preiset die Tage" .
Escrita para o Natal de 1734, quando Bach contava cerca de 50 anos, a Oratória ilustra a história da quadra que celebra o nascimento de Jesus Cristo. A obra foi composta como o conjunto de seis cantatas a serem interpretadas em diferentes celebrações, nomeadamente durante os três dias de Natal (25,26 e 27 de Dezembro), no dia de Ano Novo, no Domingo após o dia de Ano Novo e ainda no feriado da Epifania, celebrado 12 dias após o Natal.
A primeira parte (que se inicia com este coral) descreve o Nascimento de Jesus.
Escrita para o Natal de 1734, quando Bach contava cerca de 50 anos, a Oratória ilustra a história da quadra que celebra o nascimento de Jesus Cristo. A obra foi composta como o conjunto de seis cantatas a serem interpretadas em diferentes celebrações, nomeadamente durante os três dias de Natal (25,26 e 27 de Dezembro), no dia de Ano Novo, no Domingo após o dia de Ano Novo e ainda no feriado da Epifania, celebrado 12 dias após o Natal.
A primeira parte (que se inicia com este coral) descreve o Nascimento de Jesus.
Entusiasmo
Eu entusiasmo-me com pouco. Basta um novo projecto, mesmo que pequenino, um desafio, uma viagem e aí fico eu motivada achando que nem dormir é necessário e arranjando tempo para os pequenos pormenores que fazem a diferença.
Assim ando agora com os presentes de Natal! Já consigo ver as caras de quem os vai receber e isso anima-me a trabalhar mais e a aproveitar todos os bocadinhos para que tudo fique pronto a horas.
Criatividade no auge e concentração nas tarefas. Dias todos arrumados por horas e minutos para que nada escape.
Como eu gosto de me sentir assim!
Assim ando agora com os presentes de Natal! Já consigo ver as caras de quem os vai receber e isso anima-me a trabalhar mais e a aproveitar todos os bocadinhos para que tudo fique pronto a horas.
Criatividade no auge e concentração nas tarefas. Dias todos arrumados por horas e minutos para que nada escape.
Como eu gosto de me sentir assim!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
É raro
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Tenho de partilhar isto
Adorei! Devia ser obrigatório ver este filme, todas as semanas, nas nossas escolas.
E para os meninos mimados que não sabem o que são desafios e a quem tudo é dado de bandeja devia ser obrigatório verem este pequeno filme todos os dias das suas vidas.
Uma grande lição de vida!
E para os meninos mimados que não sabem o que são desafios e a quem tudo é dado de bandeja devia ser obrigatório verem este pequeno filme todos os dias das suas vidas.
Uma grande lição de vida!
Rescaldo de um fim de semana
domingo, 12 de dezembro de 2010
Momentos
Ontem, tivemos para jantar connosco uma miúda gira por dentro e por fora. Madura, simpática, amiga, verdadeira. Mostrou-se sempre grande amiga de um dos meus filhos, não só nos bons momentos mas naqueles em que ele precisava mais dela e esse cuidado só é visível nas grandes almas. Tê-la a jantar e poder conversar com ela é um prazer para mim. Dá-me sempre grandes lições de vida.
Obrigada pelo serão, Maria.
Obrigada pelo serão, Maria.
Gente que vale a pena conhecer
A Katie é a menina pequena no centro da foto.
Há coisas engraçadas na vida de cada um. Conheci a Katie Stevens quando era uma menina pequena, muito bonita, muito bem comportada e muito bem vestida. Os avós dela eram muito amigos dos meus tios e viviam numa casa principesca no meio de um bosque. Eram duas pessoas maravilhosas e cheias de qualidades. O Zé Francisco, como lhe chamávamos, era muito bem disposto, muito amigo do seu amigo e totalmente dedicado à família. Ria de si próprio com a maior naturalidade. Contava anedotas de vida como ninguém. Na altura, lutava contra um tumor, numa batalha aparentemente bem humorada, mas que lhe levou a vida anos mais tarde. A Ritinha, a sua mulher, a avó querida da Katie, era uma pessoa muito doce, muito atenta aos desejos dos outros, muito matriarca e muito mãe.
Passámos um fim de tarde memorável na casa deles, junto a uma grande piscina, partilhando um churrasco maravilhoso. Comemos muito bem e todos estavam muito bem dispostos. A Katie tem uma mãe lindíssima e elegante que quando entra numa sala atrai toda a atenção sobre si e assim foi na altura. Os miúdos por ali andaram a brincar.
Quando me apercebi que a Katie Stevens era a neta da Ritinha emocionei-me.
A vida passa e nunca se sabe o que vai ser o futuro.
Ficamos a torcer por ela.
Esta noite vou ver os "Idolos"!
Passámos um fim de tarde memorável na casa deles, junto a uma grande piscina, partilhando um churrasco maravilhoso. Comemos muito bem e todos estavam muito bem dispostos. A Katie tem uma mãe lindíssima e elegante que quando entra numa sala atrai toda a atenção sobre si e assim foi na altura. Os miúdos por ali andaram a brincar.
Quando me apercebi que a Katie Stevens era a neta da Ritinha emocionei-me.
A vida passa e nunca se sabe o que vai ser o futuro.
Ficamos a torcer por ela.
Esta noite vou ver os "Idolos"!
sábado, 11 de dezembro de 2010
Bizarrices
Numa pesquisa rápida sobre sites de vendas online fica-se a saber quais os gostos dos portugueses e o que deliram oferecer no Natal ficando eu com o desejo de só querer ter amigos estrangeiros!!
Atente-se em alguns dos produtos, alguns deles já esgotados!!!!!
Atente-se em alguns dos produtos, alguns deles já esgotados!!!!!
Refrigerador portátil de latas de refrigerante - dois inconvenientes: os quilos extra no final do próximo ano devido às bebidas fresquinhas a qualquer hora porque até estão refrigeradas mesmo ali à mão e a quantidade de latas vazias que se vai acumular no escritório, ao lado do computador, obrigando à compra de mais um presente- o amolga latas, também à venda! - Pensam em tudo!
Este alce luminoso também fez as minhas delícias. Adoraria tê-lo pregado na parede da entrada com o seu ar bonacheirão!!! Mas alguém com dois dedos de juízo adquire, para ofertar, um alce luminoso?
Estou em crer que estas mantas com mangas tornariam qualquer reunião de amigos num colóquio ultra secreto de qualquer seita religiosa um pouco manhosa! Não sei! Ficamos assim com um ar mais intelectual e conspirador!! A adquirir com toda a certeza!
Todas as fotos retiradas de www.euqueroumdestes.com
Aquecer o coração
Concluída que está a temporada 2009/2010, há um novo nome no firmamento da Orientação Pedestre nacional. Depois do quarto lugar em 2008/2009, Miguel Reis e Silva (CPOC) chega pela primeira vez à vitória no “ranking”, relegando para a segunda posição o vencedor da época transacta, Tiago Romão. O triunfo de Miguel Reis e Silva começou a desenhar-se no primeiro terço da competição, altura em que venceu seis das onze etapas em disputa. Até final da época, o atleta viria a ganhar “apenas” mais uma prova – que lhe valeu o título nacional de Sprint -, mas o pecúlio amealhado foi sabiamente gerido e a vitória final assenta-lhe que nem uma luva.
In orientação em revista, Dezembro de 2010 suplemento
de orientaçao da revista atletismo
de orientaçao da revista atletismo
"Mai nada"
Educar
Ontem, perante um aluno que tinha respondido mal ao professor:
O J. respondeu-me "Vá pentear macacos"
Não foi nada disso que eu disse. Foi "Vá passear macacos"
Os alunos, tendem, por educação familiar, a desculparem constantemente as suas falhas, num exercício cansativo e que não leva a lado nenhum. Quanto mais grave é a infracção maior e melhor é a desculpa. Considero que o assumir a culpa funciona como uma tomada de conta de si e do que tem de emendar no seu comportamento e é o primeiro passo para a modificação desse comportamento. Cabe aos adultos levá-los a assumir e a pedir desculpa, a não deixar que eles façam isso constantemente, para que se tornem adultos responsáveis e com capacidade de reflectir sobre os seus actos para os poder alterar.
Se a escola e a família não deixarem que estes comportamentos desculpabilizantes aconteçam constantemente enquanto o jovem cresce, tenho para mim, que fará a diferença no comportamento da sociedade.
O J. respondeu-me "Vá pentear macacos"
Não foi nada disso que eu disse. Foi "Vá passear macacos"
Os alunos, tendem, por educação familiar, a desculparem constantemente as suas falhas, num exercício cansativo e que não leva a lado nenhum. Quanto mais grave é a infracção maior e melhor é a desculpa. Considero que o assumir a culpa funciona como uma tomada de conta de si e do que tem de emendar no seu comportamento e é o primeiro passo para a modificação desse comportamento. Cabe aos adultos levá-los a assumir e a pedir desculpa, a não deixar que eles façam isso constantemente, para que se tornem adultos responsáveis e com capacidade de reflectir sobre os seus actos para os poder alterar.
Se a escola e a família não deixarem que estes comportamentos desculpabilizantes aconteçam constantemente enquanto o jovem cresce, tenho para mim, que fará a diferença no comportamento da sociedade.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Amanhã, pelas 6 da manhã...
Vou estar a fazer arroz doce! Para oferecer a alguém que me ajudou muito quando precisei de uma palavra de conforto e de uma mão no ombro dizendo que tudo ia correr bem. Como correu! Mas naquela altura eu não sabia!
Os exames médicos,os relatórios, a ciência, são importantes, mas os gestos, o olhar, o sorriso e as palavras de quem orquestra o processo fazem a diferença. A alma humana é difícil, muito instável, muito permeável ao sentimento, à intuição!Talvez seja esta a a característica que, em igualdade de sabedoria científica, faça a diferença entre o bom médico e o excelente. Aquele que consegue entrar na nossa alma e aquietar-lhe os medos e o terrores.
É para ele, com todo o gosto e com todo o carinho, a taça de arroz doce da minha madrugada com um obrigada do tamanho do mundo.
Os exames médicos,os relatórios, a ciência, são importantes, mas os gestos, o olhar, o sorriso e as palavras de quem orquestra o processo fazem a diferença. A alma humana é difícil, muito instável, muito permeável ao sentimento, à intuição!Talvez seja esta a a característica que, em igualdade de sabedoria científica, faça a diferença entre o bom médico e o excelente. Aquele que consegue entrar na nossa alma e aquietar-lhe os medos e o terrores.
É para ele, com todo o gosto e com todo o carinho, a taça de arroz doce da minha madrugada com um obrigada do tamanho do mundo.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Sentir o Natal
A Mãezinha e a Ercília preparavam então a mesa para a ceia de Natal, que era sempre uma alegria rara e gostosa. Havia pão de forma com fiambre (que era caríssimo na altura e que por isso nunca comíamos durante o ano) e de que gostávamos muito, leite com cacau para os miúdos,chá para os adultos,figos, nozes, "velhoses" e coscorões, arroz doce e algumas vezes o leite creme verdadeiro só com ovos, açúcar e leite. A ceia terminava com uma fatia de Bolo-Rei para cada um e o tradicional cálice de Vinho do Porto, mesmo para os mais novos. Para nós miúdos, esta era a melhor ceia que nos podiam dar, pois não tínhamos a tradição dos bacalhaus pesadões da consoada à portuguesa.(...)
A outra faceta inesquecível do nosso Natal no tempo da Mãezinha eram as prendas do sapatinho. Bendita inocência a nossa, que acreditávamos piamente que o Menino Jesus atendia os nossos pedidos de brinquedos e os ia colocar no sapatinho da chaminé na noite de Natal!
A outra faceta inesquecível do nosso Natal no tempo da Mãezinha eram as prendas do sapatinho. Bendita inocência a nossa, que acreditávamos piamente que o Menino Jesus atendia os nossos pedidos de brinquedos e os ia colocar no sapatinho da chaminé na noite de Natal!
in Memórias de Família de Maria da Conceição Geada
Até Domingo por aqui
Mais uma viagem do Miguel e da Rafaela desta vez para Innsbruck.
É uma cidade no oeste da Áustria, capital do Estado do Tirol atravessada pelo Rio Inn que lhe dá o nome. Localizada no vale do Inn, situa-se no meio de altas montanhas, como o Nordkette (Hafelekar, 2.334 m) a norte, o Patscherkofel (2.246 m) e o Nockspitze (2.403 m) a sul. Innsbruck é um centro de desportos de inverno e recebeu as olimpíadas de Inverno nos anos de 1964 e 1976.
Quase tenho a certeza de que vão com os Skis atrás e se vão aventurar por estas montanhas! Quase não! Tenho a certeza!
Não há frio que detenha estes dois!
É uma cidade no oeste da Áustria, capital do Estado do Tirol atravessada pelo Rio Inn que lhe dá o nome. Localizada no vale do Inn, situa-se no meio de altas montanhas, como o Nordkette (Hafelekar, 2.334 m) a norte, o Patscherkofel (2.246 m) e o Nockspitze (2.403 m) a sul. Innsbruck é um centro de desportos de inverno e recebeu as olimpíadas de Inverno nos anos de 1964 e 1976.
Quase tenho a certeza de que vão com os Skis atrás e se vão aventurar por estas montanhas! Quase não! Tenho a certeza!
Não há frio que detenha estes dois!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Do que eu gosto mesmo
Sentir o Natal
S. Martinho de Anta, 24 de Dezembro de 1962
NATAL
Um anjo imaginado,
Um anjo dialéctico, actual,
Ergueu a mão e disse: - É noite de Natal,
Paz à imaginação!
E todo o ritual
Que antecede o milagre habitual
Perdeu a exaltação.
Em vez de excelsos hinos de confiança
No mistério divino,
E de mirra, e de incenso e oiro
Derramados
No presépio vazio,
Duas perguntas brancas, regeladas
Como a neve que cai,
E breves como o vento
Que entra por uma fresta, quisilento,
Redemoinha e sai:
À volta da lareira
Quantas almas se aquecem
Fraternamente?
Quantas desejam que o menino venha
Ouvir humanamente
O lancinante crepitar da lenha?
in Diário - IX de Miguel Torga
Sentir o Natal
Veio a noite de Natal, geométrica e límpida, como um grande cristal negro. Veio o dia de Janeiro, fresco, original, vieram os Reis Magos e a magia dos seus cantos. Aqui, neste quarto nu em que escrevo, relembro agora tudo com emoção. À dor do que passei mistura-se incrivelmente uma saudade irremediável para nunca mais. Não bem, concretamente, por este instante ou aquele, mas apenas porque a tudo envolve um halo estranho, agora que tudo me vibra na memória. (...) Assim é quase com remorso que sinto o apelo que vem das naves da igreja, relembro o frio das geadas,no conforto imaginado de um fogão. um canto sobe de novo de uma brancura distante, abre pelo céu, desdobra-se como um sol pela manhã. Relembro a ceia quente à meia noite, o frio branco e filtrado que me banhava a face ao abrir uma janela, recordo a grande fogueira de um tronco de árvore morta, que ali no adro se ergueu. Depois, a memória dispersa-se por instantes avulsos, mas percucientes como ciladas ao dobrar de uma esquina. E assim, ouço repetidamente na aridez das tardes de Inverno,os tamancos solitários regressados dos campos,ressoando nas pedras do adro, ou a tosse dos que passavam nas madrugadas ásperas; rememoro os vultos dos homens, parados à beira da estrada, virados para a montanha, numa conversa muda com o Tempo; relembro a poeira fina das geadas nas sombras dos caminhos, a alegria intrínseca e serena das manhãs fumegando ao sol, os ventos siderais, encapotados de negro, vindos dos medos da serra, saqueando bruscamente toda a aldeia...
Estranho poder este da lembrança: tudo o que me ofendeu me ofende, tudo o que me sorriu sorri: mas a um apelo de abandono, a um esquecimento real, a bruma da distância levanta-se-me sobre tudo, acena-me à comoção que não é alegre nem triste mas apenas comovente...
Estranho poder este da lembrança: tudo o que me ofendeu me ofende, tudo o que me sorriu sorri: mas a um apelo de abandono, a um esquecimento real, a bruma da distância levanta-se-me sobre tudo, acena-me à comoção que não é alegre nem triste mas apenas comovente...
in Manhã Submersa de Vergílio Ferreira
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Sentir o Natal de outro modo
No Natal passado estava lá esse primata a jantar em casa do Paulo, mais a mulher e as adoráveis criancinhas... começou logo bem a noite quando a honorabilíssima esposa disse, perante todos, que o bacalhau dela era o mais gostoso porque costumava pô-lo a demolhar dentro do autoclismo. Lá na terra os avós costumavam demolhá-lo num poço, mas como aqui a água não vinha de um poço, ela zás, toca de arranjar solução na latrina.
in Amor terapêutico de Eduardo Brito Aranha
in Amor terapêutico de Eduardo Brito Aranha
domingo, 5 de dezembro de 2010
Sentir o Natal
" Longe é o que fugiu de mim!"
Ah! ainda não sei bem porque é que entristecemos tanto quando o Natal aí vem. A gente pára por dentro e ficamos a olhar para um silêncio onde ninguém está. Vemos não sei o quê, uma cadeira vazia, um leito por desfazer, uma ausência, uma distância, um longe de há muitos anos.
Podemos até nem saber, mas o coração começa a chorar devagarinho. Um fiozinho discorre, um resto de fonte que não se vê, mas ouve, só essas lágrimas nocturnas.
Ainda não sei porquê, mas, no Natal, a gente lembra-se muito. Talvez de qualquer coisa que se deixou ficar, que fugiu para longe, que se perdeu no caminho. Talvez uma alegria inocente, talvez um amor, uma paz, talvez até um menino.
Em qualquer tristeza deve-se pegar devagarinho porque pode estar ferida e ter nome de criança.
Podemos até nem saber, mas o coração começa a chorar devagarinho. Um fiozinho discorre, um resto de fonte que não se vê, mas ouve, só essas lágrimas nocturnas.
Ainda não sei porquê, mas, no Natal, a gente lembra-se muito. Talvez de qualquer coisa que se deixou ficar, que fugiu para longe, que se perdeu no caminho. Talvez uma alegria inocente, talvez um amor, uma paz, talvez até um menino.
Em qualquer tristeza deve-se pegar devagarinho porque pode estar ferida e ter nome de criança.
In De Natal em Natal de Luís da Silva Pereira
Christmas tree
Chegou a altura de montar a árvore de Natal cá por casa.
Acontece que não me apetece nada. Os filhos estão longe e parece-me um pouco estranho montá-la eu no silêncio e sem confusão.
A decoração de Natal merece risos, empurrões, sugestões, mãos pequenas que se atropelam.
Não há, por enquanto, nada disso cá em casa de modo que vou adiar por mais um tempo esta tarefa.
Acontece que não me apetece nada. Os filhos estão longe e parece-me um pouco estranho montá-la eu no silêncio e sem confusão.
A decoração de Natal merece risos, empurrões, sugestões, mãos pequenas que se atropelam.
Não há, por enquanto, nada disso cá em casa de modo que vou adiar por mais um tempo esta tarefa.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Ficam em Colónia
Isto até estava a correr bem!
Até ter chegado o "jornal da uma" com os voos cancelados e o ambiente que se vive nos aeroportos. O André e a tia já perderam a ligação em Colónia e partiram de Lisboa ainda sem saberem como chegar a Viena. Chatices!
E assim começa menos bem um fim de semana prolongado! Boa viagem apesar dos contratempos.
E agora, vou até aos sítios de compras para ver se desce sobre mim o espírito natalício.
Ou, por outras palavras, para ver se consigo adquirir algumas das prendas de Natal.
E assim começa menos bem um fim de semana prolongado! Boa viagem apesar dos contratempos.
E agora, vou até aos sítios de compras para ver se desce sobre mim o espírito natalício.
Ou, por outras palavras, para ver se consigo adquirir algumas das prendas de Natal.
Another perfect morning
Frio lá fora e o calor da casa. Imensos projectos para concretizar. Boa música e boa companhia. Recordações de um bom serão invadem a mente. Ontem, o jantar foi muito bom!
O André "caminha" para Viena. O Miguel visita um antigo campo de concentração. À noite, todos se encontrarão para jantar e contar os pormenores destes últimos três meses separados.
Vidas cheias. Como deve ser!
Thanks GOD!
O André "caminha" para Viena. O Miguel visita um antigo campo de concentração. À noite, todos se encontrarão para jantar e contar os pormenores destes últimos três meses separados.
Vidas cheias. Como deve ser!
Thanks GOD!
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Há dias em que penso...
...que os meus filhos foram trocados no berçário!
"...e fiz um treino lendário! Nós os 3 no meio do mato com os frontais na cabeça a alumiar... sempre com neve pelo joelho (quando acabada de cair fica fofa) sempre a partir no meio do mato, foi lindo...! As melhores partes eram a descer em que acelerávamos e era sempre a andar na neve! Fantástico!"
Temperatura média : -2ºC!!!
"...e fiz um treino lendário! Nós os 3 no meio do mato com os frontais na cabeça a alumiar... sempre com neve pelo joelho (quando acabada de cair fica fofa) sempre a partir no meio do mato, foi lindo...! As melhores partes eram a descer em que acelerávamos e era sempre a andar na neve! Fantástico!"
Miguel, por email.
Temperatura média : -2ºC!!!
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Este post está relacionado com o anterior
A auto-estima cresce nestes momentos. No riso da asssitência, na sensação de "fui capaz" no sentimento de dever cumprido, no sentir ser capaz de transmitir as suas ideias.
Educar
Tenho para mim que metade dos problemas do País se resolveriam com uma diferente maneira de educar as nossas crianças.
Enfermamos de "eusebiozinhos", meninos de 10, 11, 12, 13, ..... anos que não sabem fazer nada sozinhos e que nunca têm culpa de nada, protegidos em berços de algodão!
Meninos mimados em demasia por mães que não pensam no futuro, nem na integração destes meninos na sociedade, e os defendem de tudo e de todos fazendo-os pensar que são heróis universais. Meninos que chegam à escola e saem dos carros feitos robots esperando que as mães saiam e lhes peguem na mochila e a transportem até à porta da escola.
Meninos de 12 e 13 anos que não pegam nos livros até que as mães cheguem a casa estafadas de um dia de trabalho para que então estudem com eles e lhes facilitem o trabalho e mastiguem por eles as dificuldades.
Meninos que nunca olham para o lado e que cultivam uma certa crueldade mental para com o outro porque lhes ensinaram que são os reis do universo. Meninos que consideram que tudo lhes é devido e tudo merecem só pelo facto de existirem e que não precisam de se esforçar por nada nem por ninguém.
Estes meninos quando crescem dão lugar a adultos cheios de si mesmos mas com um vazio de competências adquiridas muito grande. Adultos que não toleram ser contrariados, que não sabem trabalhar em equipa, que têm muita dificuldade em aceitar o ponto de vista do outro e em aprender do outro. Adultos egoístas que só olham para o seu próprio umbigo que são incapazes de lutar por algo em que acreditem e que partem a loiça quando não lhes fazem as vontades. Pouco autónomos porque nunca os deixaram experimentar descobrir o mundo sozinhos.Irresponsáveis face às suas acções porque sempre lhes fizeram crer que não tinham culpa de nada.
Adultos encarcerados na sua torre de marfim onde são os maiores porque foi isso que lhes ensinaram ao longo dos anos.
Tenho pena destes meninos! E das suas mães e pais que pensam estar a dar-lhes o sol enquanto lhes retiram a capacidade de serem felizes enquanto vivem.
A auto-estima, fundamental para o ser humano, não se impõe com palavras. É construída por cada um de nós, de cada vez que enfrentamos o mundo e vencemos, nos momentos em que nos apreciam, nas pequenas vitórias e conquistas, nos sonhos que vamos conseguindo concretizar. A auto-estima advém da acção do individuo sobre a sociedade.
Se ao longo dos anos, esta interacção for negada ou viciada por pais protectores em demasia, compromete a integração plena do individuo. E compromete a sua felicidade!
Enfermamos de "eusebiozinhos", meninos de 10, 11, 12, 13, ..... anos que não sabem fazer nada sozinhos e que nunca têm culpa de nada, protegidos em berços de algodão!
Meninos mimados em demasia por mães que não pensam no futuro, nem na integração destes meninos na sociedade, e os defendem de tudo e de todos fazendo-os pensar que são heróis universais. Meninos que chegam à escola e saem dos carros feitos robots esperando que as mães saiam e lhes peguem na mochila e a transportem até à porta da escola.
Meninos de 12 e 13 anos que não pegam nos livros até que as mães cheguem a casa estafadas de um dia de trabalho para que então estudem com eles e lhes facilitem o trabalho e mastiguem por eles as dificuldades.
Meninos que nunca olham para o lado e que cultivam uma certa crueldade mental para com o outro porque lhes ensinaram que são os reis do universo. Meninos que consideram que tudo lhes é devido e tudo merecem só pelo facto de existirem e que não precisam de se esforçar por nada nem por ninguém.
Estes meninos quando crescem dão lugar a adultos cheios de si mesmos mas com um vazio de competências adquiridas muito grande. Adultos que não toleram ser contrariados, que não sabem trabalhar em equipa, que têm muita dificuldade em aceitar o ponto de vista do outro e em aprender do outro. Adultos egoístas que só olham para o seu próprio umbigo que são incapazes de lutar por algo em que acreditem e que partem a loiça quando não lhes fazem as vontades. Pouco autónomos porque nunca os deixaram experimentar descobrir o mundo sozinhos.Irresponsáveis face às suas acções porque sempre lhes fizeram crer que não tinham culpa de nada.
Adultos encarcerados na sua torre de marfim onde são os maiores porque foi isso que lhes ensinaram ao longo dos anos.
Tenho pena destes meninos! E das suas mães e pais que pensam estar a dar-lhes o sol enquanto lhes retiram a capacidade de serem felizes enquanto vivem.
A auto-estima, fundamental para o ser humano, não se impõe com palavras. É construída por cada um de nós, de cada vez que enfrentamos o mundo e vencemos, nos momentos em que nos apreciam, nas pequenas vitórias e conquistas, nos sonhos que vamos conseguindo concretizar. A auto-estima advém da acção do individuo sobre a sociedade.
Se ao longo dos anos, esta interacção for negada ou viciada por pais protectores em demasia, compromete a integração plena do individuo. E compromete a sua felicidade!
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