quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Balanços? De quê?


Não gosto de balanços! Fazem-me lembrar o tempo em que queria comprar alguma coisa e dava com um papel na porta do estabelecimento durante quase uma semana - fechado para balanço! Mas que raio estariam os donos a balançar durante tantos dias?!!!
Sempre achei estranha esta moda de balançar as coisas e os acontecimentos, como se este ano acabasse e começasse outro novinho em folha com um muro estanque entre eles e em que nada de nós passava de um lado para o outro. Era assim como que uma oportunidade única de sermos novos e imensos com a sensação única de que, se falhássemos na tentativa, haveria outro muro e outra hipótese logo ali ao virar da esquina. Uma vida ao metro. Aos solavancos.
A minha ideia de mundo, transporta-nos continuamente. Os sonhos de recomeço podem acontecer a qualquer momento, mas somos sempre nós a recomeçar, com todos os nossos defeitos, inseguranças, medos, ilusões, sonhos, anseios e ideais de mundos perfeitos.
Não vale a pena fazer balanços. Basta que, em cada dia, aceitemos o que de pior aconteceu como fazendo parte da nossa vida e do nosso eu e façamos sempre um esforço para alterar aquilo de que não gostamos em nós.
Bom ano de 2011! 365 dias de balanços esperam por nós!

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