Talvez eu tenha uma visão distorcida das coisas. Talvez!
Normalmente o que chega ao meu conhecimento são os casos mais graves e mais difíceis de resolver.
Mas que há alunos com vidas super difíceis há! E muitos!
Olho para eles pelos corredores da escola, sentados em sala de aula com o olhar perdido, ou a fazerem asneiras e penso o que se passará nas suas almas a maior parte do tempo.
Que concentração será possível, quando se tem mães doentes, ou pais ausentes, ou problemas de dinheiro que não aparece de lado nenhum, ou gritos logo pela manhã, ou distúrbios mentais não controlados ou uma mesa vazia de tudo para o pequeno almoço.
Que vontade terão de aprender capitais onde nunca irão, ou equações que nunca lhes servirão para resolver estes problemas mais terrenos que têm pela frente.
Sei que somos nós que temos de dar sentido a isto tudo e encontrar o equilíbrio desejável e dar-lhes aquilo que os poderá fazer avançar. Não podemos baixar os braços.
Mas que é um trabalho muito difícil, que exige emocionalmente muito de nós como pessoas e como profissionais, lá isso é.
Nestas alturas em que se avalia cada um deles juntamente com a sua vida e a sua condição uma certa angustia toma conta de mim!
Um comentário:
Para caso há uma solução. Temos de a procurar...
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