A mãe sempre gostou muito de médicos! Vá-se lá saber porquê. Sabia as especialidades de cada um e conhecia os melhores. Quando não sabia e necessitava de um bom especialista, como ela dizia, indagava até saber. Eram conversas recorrentes as aventuras dela ou dos seus mais próximos pelos hospitais e, pelo meio, sempre um feito heróico de um profissional que salvava a situação mesmo ali no ponto certo com a sua ciência e mestria.
Querida mãe! Já não há médico que a consiga salvar da doença que lavra nela! A ela que sempre acreditou nos milagres deles!
No sábado vai novamente ao psiquiatra. Sentada na sua cadeira de rodas, olhar vazio, já não os olha com admiração como antigamente. Já não consegue responder às suas perguntas simples.
O médico, ainda novo, encolhe os ombros e vira-se para o acompanhante.
É claro que serei eu a acompanhante. Não a imagino sem mim para responder por ela.
Consultório médico é espaço de amor e de dedicação.
Embora ela não saiba eu estarei lá com ela sempre! Serei a sua voz junto deles. Os seus heróis!
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