Continuar a ficar cá dentro

Há uns anos fomos passar uma semana com filho mais novo ao Alentejo. Foi escolha dele! Eu só tive que escolher os sítios onde ficar. 

Confesso que não aprecio muito turismos rurais! Aquela coisa de ter de "fazer sala" com os donos e ser tudo muito pequeno e ter de dizer quem somos e ao que vimos enerva-me!

Viemos descansar e apenas isso.

Neste MONTE DOS APÓSTOLOS" encontrei uma das melhores piscinas de água salgada no meio do alentejo. Ainda por cima, só para nós! Uma paz incrível. Fomos brindados com a melhor suite e começou a melhorar, a partir daí, a minha ideia sobre turismos rurais.

Fiquei fã. 

Dizer ainda que um ponto altíssimo desta semana foi o jantar pago por filho mais novo na marisqueira El Cristo. Uma experiência irrepetível!

Continue a ir para fora... cá dentro.

Naquele ano fomos para norte e  rumámos ao Douro41 Hotel &SPA quase acabado de estrear. Foi uma experiência inesquecível. Mesmo em cima do Douro, os quartos têm uma parede de vidro virada à água que ao anoitecer nos fazem sonhar com um mundo melhor. Foi daqueles sítios que me marcou e pensei na altura que ainda iria voltar ali. Parece que não! Não faz mal! A felicidade está em nós e não nos locais onde estamos. O que sentimos é a mistura perfeita entre as nossas expectativas e o que realmente temos. Um hotel maravilhoso com uma localização e uma decoração soberbas.

Vá para fora... cá dentro!

Ou a necessidade de sair de casa porque já não se aguentam mais as pantufas!

Quando tudo era normal, gostava de sair sexta ao final do dia para sítios bonitos onde me sentisse a relaxar, onde pudesse estar perto de património cultural a visitar, pudesse fazer coisas diferentes e conhecesse novos lugares e novas gentes. 

Revejo fotos nesta incessante vontade de organização do passado e lembro-me do quão feliz eu era nestes espaços.

Para começar, deixo as fotos de um fim de semana no Oeste! Uma agradável surpresa e uma piscina das mais bonitas em que já nadei - Royal Obidos Evolutee Hotel. 

Férias inesquecíveis (II)

Caminha.

Nesse ano fomos só com filho mais velho porque filho mais novo já trabalhava. Sexta feira à noite reuniu-se o grupo que faltava. 

A casa procurei-a no OLX! Falei com a dona que me pareceu muito simpática e disponível e confiei.

Confesso que ia um pouco apreensiva. O que nunca esperei foi encontrar uma casa maravilhosa com piscina, muito bem decorada, (ou não fosse a dona arquitecta) muito bem equipada e com pormenores de requinte pouco usuais em casas que se alugam. 

Até dava pena sair logo pela manhã (eu avisei lá para trás que com filho mais velho é sempre a andar e com mapa na mão) para a Serra D'Arga  que percorremos de lés a lés. Estivémos em sítios paradisíacos e à noitinha a piscina esperava calmamente por nós para um banho revigorante. 

Foi uma semana 5 estrelas.

Férias inesquecíveis (I)

Andorra.

 Fomos de carro os quatro e eu escolhi antecipadamente o sítio para ficar. Um apartamento num complexo com uma piscina aquecida e outra exterior e um spa maravilhoso com uma vista soberba  para a montanha. 

Férias com filho mais velho eram sinónimo de mapa na mão, percurso feito com antecedência e andar todo o santo dia. O primeiro dia foi o pior. Depois o corpo habitua-se. Ora à frente, ora atrás, ora conversando com um, ora com outro, os acontecimentos do ano que tinha passado eram revistos agora com o ar puro da montanha e a descontração das férias. Nesse ano, os filhos decidiram que, durante toda a semana, eram eles que cozinhavam.  Assim foi. Tão bom!

Paisagens de cortar a respiração depois de subir no teleférico para o topo. Uma aragem fresca ajudava a caminhada. Muitas vezes, os cavalos selvagens faziam-nos companhia. Chegar e mergulhar na piscina de água morna para descontrair os músculos. Dormir como os anjos!

Se eu algum dia pensei vir a ter imensas saudades destes tempos de sobe montanhas? Nunca.

Se tenho? Imensas!

Dias felizes

Tinha 30 anos, dois filhos pequenos e acabara de comprar uma casa na praia! Este foi o dia da escritura, a sentir-me dona do mundo e com tanto projecto para concretizar! O primeiro seria mesmo arranjar a casa para podermos ir para lá todos os fins de semana. Tínhamos pouco dinheiro mas muita ilusão. Recolhi todas as mobílias que me quiseram oferecer. Primeiramente, meio acampamento e depois foi-se compondo, como tudo na vida (ou quase tudo!). 

Nesse dia da escritura voltámos à casa vazia, olhámos para tudo como se fosse um palácio com a ingenuidade e o entusiasmo dos meus 30 anos! Quis tirar uma foto na porta da cozinha que dá para o jardim. Sabia que por ali ainda ia ser muito feliz. E fui. Tive a sorte de poder juntar a família toda naquele espaço, de levar os amigos, de me sentar a ler um bom livro no silêncio das tardes, de conversas boas  ao cair da tarde, de conviver com os meus filhos e os amigos deles, de lautos almoços de bom peixe e de bom vinho. 

Esta foto foi só o começo. E eu estava feliz!

Sexta feira é um dia tramado

De trabalho com tanto pormenor e com tanta minúcia que a concentração, lá pela hora do almoço, começa a ficar baça e lenta.

Não me posso enganar em pastas, em planificações, em horários, em números de lições. Na segunda feira, quando os alunos iniciarem a semana, não pode haver dúvidas nem enganos da minha parte. Este trabalho à distância não pode perder qualidade para que as aprendizagens se realizem da melhor forma possível. 

Ontem foi o dia de escolher os materiais mais apropriados. Hoje é o dia de os distribuir pelas aulas de cada uma das turmas. Verificar os trabalhos que ainda faltam, avisar os alunos e enviar as correções. 

Vamos lá então continuar! Avizinha-se uma longa tarde.

O mais importante de tudo?

Acreditar em nós, nas nossas capacidades, na nossa sanidade mental e na nossa alegria. Tudo o resto é apenas a névoa dos dias. 

Acreditar que existe um futuro que se mostra promissor. Acreditar na necessidade de nos afastarmos de pessoas tóxicas que nos  transtornam.

Acreditar na vida, nos sonhos ainda por concretizar, nos dias felizes que hei-de ter. 

Acreditar em mim! É mesmo o mais importante disto tudo!

Coisas que me enternecem

 

Descobri esta foto do pai quando tinha exactamente a minha idade. Ainda cheio de força e de vontade de viver. Gosto de o relembrar assim e depois comparei comigo, a sua alma gémea. O sorriso é o mesmo. As vidas são diferentes mas está lá tudo igualzinho querido pai. Até as doenças!

Começar a preparar as férias de Verão

Este ano rumamos à casa  de praia e por lá ficamos as férias todas. Esperamos visitas de surpresa ou anunciadas todas as que quiserem ir. A primeira coisa a fazer é adquirir umas boas espreguiçadeiras para o quintal para poder apanhar sol sem ter de ir à areia. Uma mesa maior para o jardim, mais cadeiras e um chapéu de sol que cubra todos. Arejar, abrir portas e janelas, comprar pão quente e tomar o pequeno almoço com a brisa da manhã. Comer muito peixe grelhado, e fazer mesas com motivos marinhos como eu gosto. Pelo início da tarde, descansar a mente em frente de um bom livro.

Fazer grandes caminhadas e acordar com as gaivotas no telhado. Mais longínquo, o som calmante do mar. 

Vão ser assim, como há muitos anos atrás. 

Tão bom!

O primeiro dia em que me senti sozinha

Isto do ensino à distância até andava bem. Tudo dentro de uma rotina extremamente organizada, horário certos, trabalhos programados, correções feitas a tempo.

Hoje, de repente, senti uma solidão imensa. Uma lassidão enorme tomou conta de mim. Apetecia-me deixar tudo para a noite, não me apetecia ver trabalhos, questionava-me se realmente estava a fazer tudo bem!

Escrevi às colegas de grupo dizendo mesmo isto: Estou a sentir-me isolada. E vocês? Como estão a fazer? Aguardo respostas animadoras.

Amanhã talvez me sinta novamente melhor. É muito tempo!

E afinal isto de ensinar sempre foi um trabalho conjunto mesmo antes das teorias colaborativas. 

Melhores tempos virão!

Fartei-me de rir!

Enviaram-me esta ilustração a que achei imensa piada. Era engraçado!

Parece que já estamos há tanto tempo confinados que de certeza, em Setembro estarão muito maiores! Não tanto como estes... mas é super cómico!

Segunda feira é um dia tramado

Depois de um dia de risos com neta querida e conversas enternecedoras, o vazio instala-se de forma dolorosa. Começa logo na viagem de regresso. aumenta hoje ao imaginá-la nas as suas brincadeiras, com o seu riso alegre de menina feliz.
Agora é  o tempo de recordar e rir baixinho das coisas engraçadas.
Querida Neta!

Percebe-se que amanhã vou ver a minha neta?

E que tenho reservadas algumas surpresas para ouvir
as gargalhadas dela que me fazem esquecer o mundo que não quero lembrar?

Cheiros e sabores do passado

Hoje fiz bolos de garfo, os bolos preferidos da mãe. São mais bolachas mas chamava-lhe assim!

Às vezes dizia: hoje vamos fazer bolos  de garfo! A delicadeza com que abatia o garfo por cima das bolinhas de massa, primeiro para um lado, depois na perpendicular, ficou-me sempre na memória. 

Fazia sempre a receita dobrada. Eu também fiz. 

Amanhã vou oferecê-los à minha neta. Ver se ela gosta dos bolos da bisavó! Se gostar,  farei para ela mais vezes.

Coisas emocionantes de cheiros e sabores que passam as gerações!

Será mesmo assim. Acredito!

Acredito. Sentir em cada um de nós a mudança lenta mas eficaz a acontecer. A acarinhar o importante, a focar no que é a nossa essência, a olhar de outro modo tudo o que nos rodeia. 

Ficará para os que vêm como a grande revolução que levará, por ventura, a algo melhor do que o que temos agora. 

Obrigada pela partilha.

Sobre roupas e afins

Acredito que vai sair deste confinamento  uma mulher nova em relação ao modo como geria o seu acervo de roupas, calçado, acessórios e afins. O tempo livre dentr ode casa era pouco e tornava-se mais fácil comprar novo com a ideia alegre de poder renascer em novas roupagens sem ter de  combinar o que já tinha com algum cuidado e adaptando aos novos tempos. 

Conclui que comprei em demasia e é tempo de me desfazer de algumas peças que já não me dizem nada e começar a vestir outras que ainda têm etiqueta!

Preciso de um corpo com alguma transformação mas isso trabalha-se arduamente e afincadamente. 

Continuo a ver, a pensar que seria interessante comprar mas a tentação perde-se quando se pensa nos armários cheios e na necessidade de usar o bom que se comprou.

Boas ideias!

Começar a ver diferenças

Três dias sem hidratos e o corpo começa a funcionar melhor! Incrível! 

Não posso fazer dietas proteicas mas posso seguir a velhinha receita do Doutor Ruas, a quem recorri várias vezes, conhecido pela suas dietas eficazes e saudáveis e pelo mau feitio sempre que as doentes pecavam e não seguiam o estipulado. Em Coimbra contam-se imensas histórias engraçadas da incapacidade deste famoso endocrinologista em lidar com os fracassos e as tentações gastronómicas de quem a ele recorria.

Três grandes máximas: zero açúcar, mínimo de gordura, poucos hidratos. Eu retiro os hidratos ao almoço e ao jantar ficando reduzidos a meio pão ao pequeno almoço e meio pão ao lanche.  Faz-se bem. Não aumento a proteína nem as gorduras. As dietas proteicas, embora muito eficazes e fáceis, produzem muita obstipação e dor de cabeça que não são compatíveis com a minha condição física actual.

Comer o mais saudável possível. O modo de cozinhar, nestes primeiros tempos, limita-se aos cozidos e grelhados, muito puré de couve flor,  de bróculos, ou de couve. Sopa sempre a iniciar a refeição. 

E é isto. 

Tenho saudades da minha mãe

Não posso estar com ela, não posso acalmar-lhe o sofrimento aparente de quem já não consegue fazer uma frase coerente até ao fim. Mas adivinha-se, completa-se com o que sabemos dela e ela acalma-se. Por vezes, sorri e fecha os olhos como que sabendo que durante aquele tempo alguém vela por ela e pode descansar.

Não se entristece quando partimos porque já não dá conta mas enquanto estamos penso que desfruta de nós.

Há dias piores e este é um deles. A orfandade invade-me. Nenhuma videochamada substitui o estar lá. Enquanto estou com ela parece que os meus problemas ficam mais pequenos porque o seu colo me faz sentir amada. 

Deixo-te um dos meus poemas preferidos. O poema que faz sentido nestes tempos em que a tua vivacidade de outrora me faz doer o peito de saudade.

Mãe! aqui me tens,
restos de mim.
Guarda-me contigo agora,
que és tu a minha justiça e o exílio
do perdido e do achado.
Guarda-me contigo agora
e adormece-me as feridas
com as guitarras do fado.

Mas caberá no teu regaço
o fantasma do perdido?

Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

Coisas que se descobrem na quarentena

Lojas fechadas não impedem que se coloquem as duas mãos ao lado da cara  e se tente ver deslumbradamente o que existe lá dentro, certo?

Foi o que fui fazendo nos passeios de semana que pareciam domingos sem ninguém na rua. Ficaram-me debaixo de olho umas peças super lindas numa loja para onde nunca tinha olhado! 

Já lá fui e já comprei. ficou-me ainda lá, mas penso que não por muito tempo, outra muito gira que me chamou de longe!

hoje foi o dia de ir comprar preborato o produto milagroso que tira o encardido, as manchas amarelas do tempo, tudo e mais alguma coisa, nas roupas que se querem impecáveis. Amanhã trato as últimas peças que necessitam. 

Falta ainda ir buscar a roupa à lavandaria mas, pelo sim pelo não, é melhor esperar lá mais algum tempo não me vá trazer bichos para casa!

Métodos eficazes

Há sempre necessidade de um certo controle exterior quando começamos uma dieta a sério. O princípio da quarentena foi algo caótico e, apesar de lá para o meio ter começado a organizar melhor todas as refeições, não invalida que tenha de ter entrado em dieta rigorosa para colocar normalidade nisto tudo. 

Podia ter ido à nutricionista mas o controle exterior neste caso é feito através do telemóvel. Combinei com minha irmã fotografar todas as nossas refeições e enviar para aprovação. 

Parece incrível mas resulta! Antes de pensar em fazer algo errado, pensa-se na foto a tirar e sai sempre uma refeição de baixas calorias e, já agora, com bom aspecto. 

A continuar!

A minha mãe

A minha mãe não é uma mãe qualquer. Não é de mimimis, de abraços e de beijos por qualquer coisa que se faça -  é a tua obrigação, dizia sempre!

A minha mãe ensinou-me pelo exemplo o que é a coragem, a superação, o ir mais além mesmo que se pense que já não se consegue, o espírito de sacrifício (como ela dizia!), o colocar-me sempre no lugar do outro, o sentido do trabalho, por vezes árduo mas libertador, o sentido do dever, o sentido de família, o respeito pelos mais velhos, o dar-se sem pedir nada em troca, o ser a coluna vertebral de uma família, o sentido da responsabilidade pelos meus actos, a felicidade de uma consciência tranquila, o ser boa gente, o ser bondosa, o ajudar os outros que precisam mais do que nós.

Ensinou-me a autonomia, o ir para a frente sem medo, a ter confiança em mim e nas minhas possibilidades. Ensinou-me a acolher quem viesse e a tratar com lisura mesmo quem não merecesse. Ensinou-me o valor do silêncio quando as palavras eram parcas para transmitir o que sentíamos. 

Deu-me a liberdade para escolher o meu caminho e, mesmo que não concordasse com as minhas escolhas, sempre as aceitou. Tinha por lema que "quem não se guarda por si não é bem guardado"!

Só muito tarde percebi o modo sereno e triste como ela viveu os episódios mais tristes da sua vida! Poucas vezes a vi descontrolada pela dor e esses momentos ainda vivem em mim. 

Também sabia esconder o medo! Fazia de conta que tudo estava bem e eu acreditava. Agora penso que, em certas ocasiões, ela tinha muito medo. 

Quando mais velha começou a sentir a falta dos abraços e dei-lhe muitos. Saldámos a falta deles, por falta de tempo, noutros tempos.

Era uma mãe cuidadora de todos à sua volta. Mostrava o seu amor pelos actos e não pelos gestos amorosos que guardaria para os seus momentos íntimos. Não era distante. Era atarefada, presente, trabalhadora até mais não, preocupada, ansiosa, orgulhosa dos  seus feitos, amante dos seus filhos. Quis para nós um futuro, traçou meticulosamente o nosso percurso e alcançou a sua meta. 

Era de ideias fixas a minha mãe! Nem que para as concretizar tivesse de se ter espírito de sacrifício!

Era uma GRANDE MULHER  a minha mãe. Muito do que sou e sinto o devo a ela!

Hoje é o teu dia e tu não o sabes! A demência roubou-te  a lucidez mas o teu amor ficou em nós cravado como em pedras de granito. 

Acordei com muitas saudades de ti

E de repente enquanto pensava em ti e nas tuas graças que são só tuas interroguei-me sobre o que é isto de ter uma neta  e sentir isto!

É tudo!

É sentir-me viva, alegre, criança novamente, achar piada a tudo, querer fazer coisas de  que já não me lembrava há anos, brincar no chão, rir muito com as graças dela e sentir que o mundo à minha volta pura e simplesmente despareceu!

É um amor de futuro, um amor doce, um amor de construção porque nesta idade já sei que quanto mais construir mais fica quando me for. É um amor só por ser quem é! É querer viver momentos, dar abraços, sentir o carinho dos seus braços, sonhar os dias dos reencontros e apressar o passo sempre que nos vamos encontrar. É a tristeza do adeus, é o sentir-me esvaziar quando parte, é saber que a vida, desde que ela apareceu ficou mais rica e o futuro transformou-se para algo muito melhor!

É viver a vida pensando como a tornar feliz e rir-me sozinha das graças, das piadas, das posturas mesmo que seja só um vídeo. É querer contar aos quatro ventos este amor de história de encantar!

É sonhar o que há-de ainda vir e ficar feliz por a ter por perto para o viver comigo. 

Foi um amor que me apanhou desprevenida! Só sendo, se sente! Só vendo, explode! Só estando, apaixona!

Querida Neta! Serás sempre a luz dos meus olhos!