Sou desarrumada, eu sei! Vou tentando, arrumando acessórios em caixas, ponderando novos modos de organizar a roupa interior, mas, passados alguns meses, tudo ficou um caos novamente! Há caixas vazias em todas as divisões da casa!
Admiro a arrumação da minha irmã com todos os itens colocados em determinados lugares e confesso que stresso um pouco quando ela vem cá a casa. No dia anterior, há que arrumar o possível e esconder o mais caótico. Ela sempre conseguiu definir o que vestir no dia seguinte coisa impensável para mim e, em viagem, leva sempre arrumadas todas as toiletes a utilizar. Eu levo uma série de peças que combinem umas com as outras e depois logo vejo o que me apetece vestir de acordo com a disposição do momento.
Não vivo no caos, sei sempre onde encontrar tudo e quando a desarrumação atinge um determinado grau, é tempo para parar e arrumar.
No entanto, gostava de ter uma casa de revista, com as mantas dobradas nos braços dos sofás, o pijama dobrado em cima da cama à minha espera, o frigorífico na perfeição da arrumação, os sapatos todos bem acondicionados e a ordem em todas as divisões, mas não consigo. Faz parte do meu carácter!
Um dos quartos dos filhos é o local onde vou colocando tudo o que é para arrumar, para levar para outra casa, ou para dar a instituições. Estou a trabalhar numa mesa enorme porque tenho preguiça de ir debaixo dela afinar umas tábuas que não estão no sítio! Preguiça!!
Quando cá viviam os filhos era obrigada a contorcer esta minha faceta. Agora, tenho toda a casa para mim e, como é grande, há espaço para todas as loucuras.
Na semana passada passou por cá um camião que me levou de casa muitas coisas de que já não necessitava. Senti um certo alívio. Este caminho é para continuar. Substituir as estantes abertas por estantes fechadas para os meus livros para não ter que os limpar. Pouco a pouco, muito pouco a pouco, vou fazendo acontecer.
Continuo a ter pena de não ser como a minha irmã!
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