Em grupo turma, já não o faço há muito tempo! No entanto, adoro vê-los contentes, com expectativas, ávidos de novidades. Este ano há muitas! Pelo menos no papel! Vamos ver, lá mais para a frente, se fazem ou não a diferença na vida de quem agora entrar.
Eu? Entusiasmadíssima. Gosto de conversar com as famílias! Colocar-me no lugar delas, conhecer-lhes as dúvidas, antecipar-lhes o fim das suas angústias, ensiná-los a não dramatizar e que sempre que a coisa for muito grave eu vou dar conta e vou avisar e conversar com todos, em suma, RELATIVIZAR!
E está em maiúsculas porque aprendi ao longo dos anos que o que é hoje já não é amanhã, não há perfis ideais de filhos, não há filhos infalíveis e, muitas das vezes, aquilo que consideramos negativo torna-se positivo com o passar do tempo e o contrário também é verdadeiro. Não stressar e ajudar os alunos a encontrarem o seu espaço de descoberta, o espaço em que se sentem confortáveis, o espaço para conhecer o outro e respeitá-lo, o espaço para ser independente com responsabilidade, o espaço de aprendizagem séria e com sentido. Este será o papel da Escola.
O dos pais é essencialmente amá-los com tudo o que vem atrás de um grande amor: coração fora do peito, ajuda, abraços apertados, olhares sérios e castigos mesmo que doa cá dentro, companhia, vontade de estar juntos e de fazer coisas juntos, muito riso e muitos "gosto de ti como és".
Termino sempre estas reuniões com esta ideia: Vocês pais só têm um, dois, talvez três filhos. Por mim, como profissional já passaram milhares de jovens. Deste modo, as minhas capapcidades técnicas, profissionais e pedagógicas permitem-me conhecer cada caso com mais clareza que vocês. Sei ver quando o caso é grave ou foi apenas um deslize, sei calcular os riscos e sei quando tenho de vos telefonar para virem rapidamente falar comigo.
Da reunião de amanhã só desejo que fique uma coisa: CONFIANÇA.
Se os pais confiarem no papel da Escola e no trabalho que lá se desenvolve o caminho está meio feito.
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