Não eram os meus planos para hoje. Hesitei mas depois, não sei bem porquê, fui. Parei no sítio certo, à hora certa, a tempo de evitar um fracasso ligado a uma casa que nos diz muito a todos. Dizia-lhe muito a ele que a comprou novinha em folha para ser o abrigo dos filhos durante os anos de estudo. Ainda me lembro da felicidade dele ao dar a notícia da compra à família. Eu tinha 10 anos e fui muito feliz naquela casa. Acolheu-o depois a ele e à mãe e aos netos que foram nascendo. Outras rotinas se criaram entre aquelas paredes.
Porque um dos netos não se sentia bem lá por casa e porque a rua era muito inclinada, mudaram-se para outra casa mas aquela ficou sempre no seu coração. Eu sei. Cuidou dela com carinho até não poder mais.
Hoje cheguei lá a casa no momento certo para evitar que algo corresse mal.
Só podia ser ele a guiar os meus passos, lá de onde está, até àquela calçada que tantas vezes subimos juntos. Só podia ser ele que juntou os três filhos, mais uma vez, naquela casa numa tarde quente para resolver o problema.
Eu senti-te lá connosco pai. Senti mesmo! Obrigada pelo teu apoio!
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