Olhar as coisas boas e pensar que poder falar com a mãe embora muitas vezes já não entenda o que ela quer dizer, é melhor do que ela não poder falar. Aproveitar todos os bocadinhos.
Gostava de ter conseguido desconectar da parte profissional mas foi impossível. Muita coisa para pensar e projectar.
Foi bom estar com os irmãos na casa de família. Cada espaço está cheio da presença dos pais, das acções, dos risos, das festas, das anedotas e das chatices e parece que ali estão muito mais presentes nas nossas vidas. A mobília é a mesma e é fácil imaginar o pai no seu lugar de sempre, o ritual de ir para a cama cedo e os netos a ouvi-lo com as suas histórias engraçadas. O lume aceso logo pela manhã pela mãe diligente para que os netos já encontrassem a cozinha quente quando tomassem o pequeno almoço. O aquecer a água para os sacos de água quente que nos aqueciam as camas em noites mais frias.
Somos agora nós que mantemos estas tradições mas para nós próprios. Os netos andam nas suas vidas e só já nós necessitamos os sacos quentes e o lume aceso.
O tempo que tudo muda, tudo transforma e muito apaga.
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