segunda-feira, 29 de abril de 2019

Coisas que me emocionam


Quando alguém que me gosta muito me diz: tu mereces tudo!!
Depois de tanta pancada nestes últimos anos, haver alguém que acha que eu mereço tudo é tão enternecedor que me faz encher os olhos de água!
Nunca me vi merecedora de nada! Nunca senti que merecia o que quer que fosse. Dar, sim! A todos os que amo. Se não me derem (no sentido de amar, retribuir o amor, demonstrar) acho que é apenas normal.
Tu mereces tudo! E qualquer coisa cá dentro rebenta o dique que anda tão escondido ultimamente!
Se calhar, mereço!

domingo, 28 de abril de 2019

Acordar


À medida que passa o tempo, acordar torna-se, a cada dia, um acto mais doloroso. Parece que a noite foi um pesadelo contínuo que me deixa exausta e sem vontade de nada. 
Necessito de um tempo, cada vez mais longo, para me recompor e voltar a ter vontade. Parece neste entretempo que já nada vale a pena, uma tortura todo e qualquer passo para me arranjar, uma violência pensar em tudo o que tenho de fazer por mim e para mim. 
Depois, como em tudo na vida, o rio volta ao seu caudal e o cérebro começa a articular de forma mais calma e sensata.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Depois da consulta


Ida ao cardiologista porque depois de uma certa idade começam a ser revisões e ajustes na medicação e nunca mais se pára.  Alteração de medicamentos para que os valores normais da tensão arterial que já aparecem sejam o normal em todos os dias e a todas as horas.
Alguns conselhos sobre novos hábitos e novas rotinas. Até perdi a vontade de fazer coisas e a alegria de 6ª feira à noite está desbotada. Começo a sentir-me velha, dependente de consultas, de resultados  de exames, de atenção exagerada aos sinais que o corpo dá. E logo eu  que gosto tanto de me esquecer dele!
Envelhecer é tramado! 
Mais tramado ainda  porque, na minha mente, continuo a ter 30 e tal anos, a desejar comer o mundo, a planear e a sonhar como se todos os dias fossem o tal em que vou atingir o cume e ser a dona do impossível!
Sonhos! Apenas sonhos!

quinta-feira, 25 de abril de 2019

O feriado e o tempo de fazer


Ando com pouco foco. Deixo passar os dias sem grande entusiasmo. Qualquer coisa me faz ficar ansiosa. No entanto, a vida não se compadece destes estados de alma e há muito que concretizar.
A manhã foi para deambular e pensar. A tarde é para concretizar. Nada como umas horas de dedicação à casa e a tudo o que é necessário alterar.
Vamos lá então comprar tintas e pinceis, tratar um pouco de mim e comprar umas ninharias que me faltam. Grande desculpa para ter de me arranjar e sair airosa para uma ou duas horas comigo própria. A articular os próximos dias e a criar novos cenários a partir do que vejo e aprendo.

Aceitar e não stressar

Conviver com quem nos é muito próximo e já conhecemos como as palmas das nossas mãos traz-nos, por vezes, algum stress. As pessoas mudam ou foi apenas o nosso olhar que se tornou mais focado e mais límpido. De repente, percebes que já nada é como era antes e que a maturidade não só envelheceu o corpo como tolheu a alma e deixou vir ao de cima o que talvez andasse recalcado durante anos.
Tens dificuldade em aceitar, tens dificuldade em concluir que estás certa no teu julgamento, tens dificuldade em antever o que fazer com tudo o que vais descobrindo. Talvez seja mesmo isto envelhecer! Focar no certo e que nos faz feliz e deixar cair, pouco a pouco, o que sentimos que mudou e já não nos traz nada de positivo. Tenho muita pena mas é mesmo assim!
Todos estes sentimentos, trazem consigo um cansaço emocional aleado a um desencanto de que ainda não me vi livre. Talvez nunca o consiga. 

Traçar planos para os dias que se seguem


Embora a viver o feriado, mil e uma ideias fervilham na minha cabeça. 
Bons momentos familiares vão acontecer lá para final de Junho, momentos que ansiava há algum tempo. Como eu gosto disto! 
Logo de seguida parto para uma viagem de  trabalho em que haverá tempo à noite para  passear numa cidade linda que há muito queria visitar.
Em Maio, espera-me um curso de três dias nos meus locais do coração. Vai ser muito bom!
Entre isto tudo ainda uma pequena intervenção que me vai obrigar a parar durante algum tempo.
Foco e previsão precisam-se! 

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Comer o Mundo


Pelo meio destes dias pardacentos, de muito silêncio, de muito trabalho, de alguma preocupação, existe uma vontade imensa de partir, de viver, de descobrir, de quebrar os vidros que me enclausuram, de sorver tudo o que de novo encontrar. 
Tanta coisa ainda para ver e descobrir! Tanta gargalhada pura à minha espera. Tanto improviso que falta concretizar, com propósito e final feliz.
Tanta ideia, tanta vontade, tanto que fazer!
Vamos lá então!

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Centrar e renovar


Há dias e semanas em que deixas andar! Porque não apetece, porque é muito mais fácil só fazer o que nos distrai de nós mesmos, porque tentamos esquecer o buraco que estamos a cavar, porque estamos cheios de medo e este sentimento tolhe muitos projectos e  muitos desejos.
Depois chega o dia de dizer: Basta!! assim não vamos a lado nenhum e nem nos reconhecemos no retrato interior que vemos no espelho. Vamos lá então pôr ordem na vida e nas ideias e traçar planos. Mesmo que não os possa cumprir todos o que interessa é começar. 
Acabou o tempo do deixa andar, o tempo do tanto faz e o tempo do já nada interessa.
Começa agora  o tempo de agir, de cumprir objectivos e de desejar impossíveis para me sentir melhor comigo mesma.
Oxalá consiga concretizar tudo e nada impeça o caminho que tracei. É bom sinal!

terça-feira, 16 de abril de 2019

Vamos lá então arejar a alma


Apesar do frio, do cansaço, do "não me apetece", é necessário ver acontecer a Primavera. Fazer umas tantas coisas que têm de ser feitas, sacrificar o corpo até doerem os músculos. Estou quase como a minha mãe que considerava o trabalho físico um grande libertador do cérebro. Se calhar até é!!
Para ela, sempre foi! Vamos então experimentar a nova terapia!
Santa Páscoa!

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Invadiu a casa com o coração


O dia seguinte é sempre um dia tramado! Sento-me no sofá e vejo-a ali deitadinha a sorrir, deito-me na cama e vejo-a com o seu cabelo lindo enroladinha a tentar dormir a sesta, vou para a sala e ao olhar as plantas que ela rega meticulosamente penso que vão florir sem ela  ver o resultado da sua dedicação, apanho os bocadinhos de "queijo frio" que ela comeu e visualizo a carinha dela toda contente com o pratinho de bebé à frente, arrumo a cadeirinha dela e algo se parte cá dentro, coloco a tampa na lareira e sei que este Inverno, filho querido não vai voltar a acendê-la, arrumo os "binquêdos" à espera da nova visita mas ficam por perto.
Não me apetece fazer nada! Sei que tenho de fazer e de resolver vários assuntos  mas só me apetece estar aqui a pensar em querida neta e a reviver mentalmente tudo o que ela é, os seus abraços bons e todas as suas gracinhas.

domingo, 14 de abril de 2019

Um dia verdadeiramente fantástico


E o que fiz? Brinquei!
Com a minha neta! Xenta vovó! E eu sento e brinco e tenho sempre uma sensação de dejá vu, uma sensação boa de quem só quer estar e fazer com que os momentos se tornem eternos.
Depois, com o seu sorriso, partiu. E o escuro invadiu a casa!
E os problemas voltaram, os medos abriram novamente as asas recolhidas, a incerteza dos dias que se aproximam  voltou a entrar no meu cérebro.

À espera


Espera boa de querida neta! Almoço quase pronto, prendas embrulhadas porque ela gosta assim, tudo arrumado e limpo porque nada é mais importante do que apenas brincar um dia inteiro com este amor pequenino que encheu a minha alma para sempre. 
Quase, quase!

sábado, 13 de abril de 2019

Coisas que mudam, sabe-se lá porquê!


O outro dia assisti à estranheza de um grupo de profissionais pelo facto de uma neta dormir com a avó. Que horror!
Senti-me imediatamente uma extra-terrestre! Sempre dormi com a minha avó e adorava! Quando era miúda a avó não dormia no quarto do avô, talvez pela asma dele e por andar sempre a levantar-se,  e era eu que lhe fazia companhia. Cama quentinha, rezas pela noite dentro, conversas meio sonho meio realidade. Ela levantava-se cedo e quando eu acordava era ela que me aquecia a roupa na lareira para que eu não apanhasse frio ao vestir-me e me servia o pequeno-almoço. Mimos de avó querida!
Quando viemos viver para Coimbra ficámos com um quarto para as duas e continuou a ser  "normalíssimo da silva" para todos. O meu irmão tinha um quarto, a minha irmã, mais velha e mais independente, tinha outro e eu tinha um partilhado com ela. 
Depois mudámos de casa e eu fiquei a dormir no quarto da minha irmã que foi mobilado com duas camas de corpo e meio, uma para cada uma. Confesso que nunca dormi na minha cama! Dormi sempre com ela! A minha cama serviu apenas como sítio de arrumação!! Era aconchegante e terno, pese a diferença de idades, ela deixar-me dormir na sua cama. Mas eu adormecia sempre mais confiante e quentinha por tê-la por perto. 
Muita coisa passou por nós nestes anos todos. Ultimamente, muitas coisas más, mas, quando posso, ainda me meto na cama dela embora barafuste alegremente. 
O que existe de tão trágico em partilhar a cama com pessoas queridas da família? Muita televisão e muitas histórias bizarras? Talvez!
Eu sempre adorei dormir acompanhada!

Coisas que me enternecem



Sabia que conhecia aquela encarregada de educação! Só não sabia de onde. Fez-se luz na última reunião: ela era a irmã mais nova de dois irmãos que foram meus alunos há muitos anos e nunca mais esqueci. Ele, super calado, super inteligente, muito bom aluno a Matemática. Ela, vistosa, mais reguila mas muito empenhada. Era esta família quase minha vizinha na altura e sempre os admirei. Os pais eram muito dedicados aos filhos e muito intervenientes na sua educação. Não deixavam nada ao acaso. Viviam com dificuldades mas isso nunca foi motivo para descurarem o que era realmente importante: a educação dos seus filhos. 
Soube agora que todos se tinham licenciado e o mais velho é engenheiro depois da licenciatura no IST em que foi sempre bom aluno e de uma exigência com ele próprio notável. Estão todos bem, com bons empregos e fiquei feliz pelo facto de os pais terem conseguido realizar os seus sonhos.
Agora tenho a neta como aluna: deslumbrada com as novas tecnologias, desatenta, pouco motivada!
Isto vai mudar radicalmente no terceiro período. Oh lá se vai!

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Há muitos anos atrás no dia de hoje


Era o dia em que se cortavam os ramos do loureiro que existia no quintal. Não era um ramo qualquer! Tinha de ser grande, direito e com bom porte!
No sábado era o dia em que eu e o meu irmão o enfeitávamos com requinte: colocávamos no ramo desde rebuçados, até pequenos brinquedos e muitas camélias de várias cores. No sábado á noite ficava encostado à parede, enfeitado e pronto. 
No domingo de Ramos, depois de tomarmos banho, rumávamos à igreja para a celebração. Penso que todas as crianças faziam uma competição com os seus ramos para ver quem levava o maior e quem dava mais nas vistas na sua  decoração. Havia alguns decorados com laranjas e outras frutas que vergavam os ramos quase até ao tronco.
Lembro-me da sensação de ver a igreja transformada numa floresta de loureiros e oliveiras e em  que quase não se viam as pessoas!!! O que dizia o Padre Samuel? Não me lembro porque não era essa a preocupação principal!
Importante mesmo era levantar o ramo o mais alto possível para que a bênção ficasse bem feita. Na saída, a floresta dispersava e acabava a festa. Os nossos, depois de retiradas as decorações, serviam de tempero para os grandes assados em dias de festa.
Belos tempos!

terça-feira, 9 de abril de 2019

Memórias queridas


Tenho esta foto guardada há muitos anos! Tem um significado gigante apesar de ser simplesmente a foto de uma casa de banho! Pertencia à casa da avó querida que tinha um gosto pelas coisas da casa que só agora lhe admiro. Na altura, considerava natural toda aquela dedicação e vontade em rodear-se de coisas bonitas. 
Esta divisão já existia quando eu nasci há mais de 50 anos e ainda se pode dizer que não está muito desatualizada. Tudo era harmonia naquele espaço grande mergulhado no rosa dos tapetes que combinava com o chão e se prolongava às toalhas e às cortinas. Tinha incrustado na parede um grande armário branco, fechado, onde se guardava tudo e uma despensa para onde se entrava por uma portinha branca e onde a avó guardava os seus preciosos tesouros. 
Foi de avó querida que eu herdei o gosto pelas coisas bonitas, o gostar de ter guardados os meus tesouros, sabe-se lá para quê!
Esta casa de banho já não existe fisicamente. Existe apenas na minha memória e no que conservo sensorialmente dos momentos que passei por lá a explorar os armários ou simplesmente a admirar o bem fazer e sentir da avó. Era um tempo de ter tempo.
Saudades!

Do que me incomoda


O desperdiçar o meu precioso tempo! Talvez seja mesmo isso o envelhecer. Fico irritada quando vai passando o tempo sem que eu faça nada de significativo para mim, que me acrescente algo, me deixe memórias boas e me faça crescer como pessoa. 
Ultimamente este pensamento persegue-me. Sonho com novas vidas, novas abordagens, um  je ne sais quoi que me transforme e me mantenha viva e feliz. 
Cheguei aqui não sabendo como. Instalou-se devagarinho este desânimo, esta vontade da diferença, esta necessidade de partir e viver coisas novas que me desafiem e me façam vencer medos e tempestades.
Viver morna e mansamente não é para mim! Uma tristeza fria e lenta alastra e faz estragos quando os risos e a alegria que vivem dentro de mim não  encontram eco na minha vida!

segunda-feira, 8 de abril de 2019

A começar a semana


Se ao cabo de quarenta anos de vida cada um de nós olhar para a sua intra-história, que vê ele? que são os fastos e as misérias da sua actuação pessoal que a memória assinala e retém. Que foi a abertura de um túnel na escuridão do mundo, para passar desacompanhado, que ocupou todas as suas horas significativas. Que não foram as guerras dos outros mas as suas, que lhe deixaram cicatrizes no corpo.
Como um cego, que embora levado pela mão de alguém, tacteia sempre o seu caminho, e o sente, e o vive, e o descobre, assim cada indivíduo terá de pisar a terra, solitário bandeirante das suas aventuras. Ninguém o pode ajudar, nem o pode tolher. A mãe que o pare e o coveiro que o sepulta é que limitam e condicionam a sua empresa. Mas entre as duas barreiras ele é uma semente que tem de se abrir e  de se cumprir até ao último alento, desamparada entre as outras sementes que se vão abrindo a seu lado, na grande seara humana.

in DIÁRIO IV - Miguel Torga

domingo, 7 de abril de 2019

Bom domingo!

E é isto! Dias cinzentos que se necessita que sejam de sol!

sábado, 6 de abril de 2019

Visitas especiais


Veio visitar-me antevendo que eu precisava imenso dela. E precisava. A presença dela acalma-me, faz-me bem, falamos a mesma linguagem, conversamos com os olhos. 
Trouxe o almoço pronto e foi só desfrutar. 
Foi-se embora e o meu mundo ficou mais pobre.
Querida irmã! Que seria eu sem ti?

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Dizem que vamos ter férias!!!!



Só podem ser as más línguas!!! Ainda estou a trabalhar a lançar notas, aulas dadas e previstas, fazer relatórios de tudo e mais alguma coisa, reunir com as colegas com quem partilho aulas para explicar em texto corrido o que andámos a fazer! A dormir não foi, com toda a certeza. Até já me tinha esquecido de metade das tarefas já cumpridas!! 
Este fim de semana avizinha-se monstruoso. Tenho de iniciar uma acta de cerca de 12 páginas onde contarei tudo e mais alguma coisa. Espero ainda os contributos de todos os profissionais que lidaram com os meus alunos mesmo que  tenha sido apenas dizer-lhes olá (ou quase)!
Pensem comigo: se uma escola é um organismo vivo, com projectos que oferece aos alunos para que eles participem alegremente e se vão habituando a serem autónomos, organizados, capazes de terem ideias inovadoras, ensaiarem o mundo lá fora, porque carga de água terá isto tudo que ficar registado se faz parte integrante do que é uma escola!? Quem irá ler e para quem terá interesse, a não ser para os pais que já sabem, qual a modalidade do desporto escolar que cada aluno frequenta e o lugar que ocupa? Não será muito  mais importante  saber que temos um desporto escolar super ativo, que traz para a escola a possibilidade dos jovens praticarem exercício físico, descobrirem modalidades e conviverem? 
As reuniões tornaram-se num surfar de ondas acelerado onde já não há tempo para falar seriamente dos problemas dos alunos, embora se continue a insistir em que é necessário que o diretor de turma conheça e valorize o ambiente em que vive cada  aluno, e das estratégias possíveis para recuperar os que apresentam maiores dificuldades. 
Já não existe calma e ponderação. Tudo é feito a correr porque o tempo urge e ainda é necessário ler as 12  páginas da acta para que nada lá falte, não vão chamar-me para começar tudo de novo.
Dia 11 temos uma reunião geral e no final do dia reuniões com os encarregados de educação para entregar as avaliações. 
Na semana seguinte, arrumamos os papéis e tentamos planificar o 3º período com tudo o que implica. Falta ainda acabar uns documentos oficiais que fazem falta. Sexta feira santa é feriado. Boa!
Temos a segunda feira a seguir à Páscoa e voltamos para mais um ciclo. 
Feliz Páscoa cheia de burocracia que não nos leva a lado nenhum. Antes pelo contrário: nos desmotiva, nos faz deixar de acreditar e nos faz entrar na sala de aula com menos energia do que a que necessitamos para os alunos de hoje. 
Reformas precisam-se mas não esta.


quinta-feira, 4 de abril de 2019

Na sequência do post anterior


Sei mesmo muito bem daquilo que sou capaz!!!

Como eu me lembro tão bem dos meus 30!


Fico sempre chocada quando me chamam velha!! Meio a rir, mas sei que, lá bem no fundo, me sentem a passar para o lado de lá!
E no entanto, como eu me lembro tão bem do que é ter 30! Da sensação de empoderamento, de ser capaz de tudo, de ter a vida  pela frente, de sorver todas as ideias que me assolavam, de sonhar acordada todos os dias e a todas as horas, de pensar que tudo valia a pena!
Ainda sou assim? Não! Perdi pelo caminho a ilusão e metade do sonho. O meu olhar sobre as coisas e as pessoa ficou mais cru, mais ácido, menos crente. No entanto, sinto-me capaz de uma nova vida, de adaptar, de reinventar, de voltar a baralhar e jogar novamente na roleta do mundo. 
Velha? Não! Apenas um pouco mais cansada e menos ingénua! Mais selectiva naquilo que me incomoda e nas pessoas que quero que me rodeiem. Já não faço fretes, pela simples razão de que já não tenho tempo. Cada vez mais, quero concentrar-me só naquilo que me dá prazer e felicidade, sem opiniões que não pedi e sem comentários que não terei em conta.
Até é gira esta nova fase!

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Apetece-me


Não necessita mais palavras!!