Eu e o André,nesse ano, num parque em Londres
Neste tempo de abundância é difícil, por vezes, responder a esta pergunta.
Para mim não é nada difícil!
Corria o ano de 1994 ou 1995 e rumámos a Londres para passarmos 3 semanas de férias. Tudo possível porque trocávamos a nossa casa de praia com quem quisesse passar férias em Portugal o que permitia ter dinheiro para tão grande aventura. Cara metade sempre esteve à frente do seu tempo e sempre descobriu estas soluções para podermos conhecer o mundo e dar mundo a quem estava a crescer. Ficámos numa casa muito típica, muito de filme inglês e que adorámos.
Aproveitámos para visitar um primo de cara metade que vivia nos arredores da cidade desde sempre, embora tivesse raízes goesas. Fomos almoçar com eles. Viviam confortavelmente numa vivenda típica inglesa, rodeada por um jardim inglês mas, lá dentro, a sala enchia-se com uns canapés púrpura que faziam lembrar outros mundos muito mais exóticos. Como eram muito simpáticos convidaram para o almoço uma família goesa que vivia em Londres há 40 anos embora o pai tivesse nascido em Goa. Chamava-se Joaquim e era de uma delicadeza e de uma postura irrepreensível. Falava português correcto e empregava termos de há muitos anos atrás quando ainda vivia em Goa. Era hilariante mas tão emocionante. O primo e a mulher que nascera no Quénia, atarefaram-se na cozinha toda a manhã para colocarem na mesa o melhor manjar que alguma vez vi e saboreei! Quiseram mostrar um pouco da comida goesa e confeccionaram vários pratos, qual deles o mais saboroso. Uma festa para os sentidos. Faltam aqui os cheiros e beleza da apresentação de cada prato!
Ainda hoje me lembro daquela refeição, do modo de se expressar do Sr. Joaquim, tão cavalheiro que parecia ter saído da história naquela casa típica inglesa onde se juntaram, por um acaso, vários tempos e várias culturas.
Ofereceram-me os restos do almoço que eu carreguei religiosamente.
A melhor refeição de sempre? Foi mesmo essa!
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