Nunca consegui comprá-lo! Queria lê-lo mas tinha medo dos sentimentos de perda e de finitude ainda à flor da pele. Sabia que me iria fazer sofrer. Pegava nele, passava algumas página e lá ficava.
Hoje, apeteceu-me a ternura e os sentimentos que me está a trazer. Apeteceu-me estar mais perto do que sentiu quem realmente me amou. Mesmo que não tenha sido igual, posso sempre fazer pontes entre ela, a minha mãe, e eu daqui a alguns (poucos) anos.
Está a ser intenso mas já não fujo. Toda a vida o fiz. Toda a vida fui um pouco avessa ao sofrimento, desviando a atenção, desculpando os outros, pondo as culpas em mim. Acabou essa fase!
Mesmo que me consumam com culpa que não é minha, mesmo que me torturem a mente, mesmo que me odeiem sem se saber porquê, mesmo que me ignorem, continuarei sempre a saber o que valho! Não é assim, mãe? Tu sabias o meu valor! Mais ninguém sabe!
Nenhum comentário:
Postar um comentário