Pessoas queridas que fazem os meus dias desde que saiba que as posso ver sempre que queira.
Falta-me o meu tio António e as suas conversas longas, agora com um oceano pelo meio e os anos dele a pesarem-lhe e a impedi-lo de vir ter connosco.
Falta-me o brilho dos olhos da minha irmã, a vontade, a alegria de poder sempre partir com ela para dias felizes.
Falta-me o meu irmão de quando éramos crianças sem filtros e sem a vida pelo meio.
Falta-me os diálogos com a minha mãe, saber que posso recorrer a ela sempre que necessite. NUNCA mais isso vai ser possível.
Falta-me o meu pai e a paz que ele me transmitia.
Falta-me a alegria antecipada das férias com o meu primo. De ser Verão e contar o dias que faltavam para o recebermos lá por casa para Verões intermináveis.
Falta-me o riso infantil de filho mais novo, por tudo e por nada, numa alegria sem fim.
Faltam-me os almoços e jantares barulhentos, o riso, a despreocupação, a alegria, a juventude, a plenitude de uma vida ainda por viver. Faltam-me as festas com todos, os dias que por tão felizes, se tornavam curtos.
Ontem, foi um dia muito difícil!
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