sexta-feira, 21 de junho de 2019

Coisas que me intrigam


Somos um país de poetas e de escritores. Temos  sublimes almas cujas palavras constituem verdadeiros bailados mentais que me inebriam. Com eles e através dos seus textos aprendi, desde cedo, a amar o meus país, os seus costumes, as suas gentes, a viver lugares onde nunca tinha ido. "Os esteiros" de Soeiro Pereira Gomes contaram-me histórias de lugares que só muitos anos depois viria a conhecer; a "Selva" de Ferreira de Castro levou-me a outras paragens; com o Torga atingi o sublime deleite da leitura por puro prazer; com o Aquilino, vou ao âmago do meu ser, volto atrás, percorro as veredas  amarelecidas da infância e identifico-me com a rudeza e nobreza do ser e sentir das minhas gentes.
E podia ficar a escrever os nomes dos escritores que me formaram: Alexandre Herculano, José Régio, o Camilo que ando a ver de outro modo, o Eça, a Agustina que descobri já um pouco tarde e que foi uma grande revelação e por aí adiante.
Perante isto tudo, por que razão, nos dois exames de 12º ano e 9º ano aparece o eterno José Saramago?? Não há mais nada? A mensagem que transmite será assim tão importante? Vulto incontornável das artes e da cultura portuguesa? Até foi viver para Espanha!!! 
Não gosto de dizer mal mas  penso que vai chegando!!! Recuperem a alma nacional! Recuperem a boa escrita que a temos a rodos e tanta falta anda a fazer aos nossos jovens.
Já não há paciência!

Nenhum comentário: