Dois aniversários e uma viagem à serra. Passeios pela aldeia ao cair da noite recordando tantas e tantas idas e vindas, as visitas aos avós, e os olhos de menina pequena novamente ativos revendo sítios que sei de cor.
De repente, ali estava o telhado à mão de semear. Para uma criança atenta como eu, um telhado era alto, inacessível a uma criança, qualquer coisa onde os pais iam munidos de escadas.
Mas este, que ainda existe, estava ali pertinho do chão, porque a rua era inclinada e da parte de cima era acessível. Nunca por ali passei que não me sentasse nas telhas sentindo-me importante por, de uma maneira tão fácil, aceder ao telhado.
Ontem não resisti! Passados muitos muitos anos cá estou eu sentadita no telhado. Se ainda me senti importante? Não! Cumpri a tradição. A ilusão, essa, foi-se!
Nenhum comentário:
Postar um comentário