sexta-feira, 29 de abril de 2016

Mudar


De vez em quando é necessário surpreender os dias, dar novas  oportunidades a nós próprios, reaprender a viver.
Em Janeiro foi a minha resolução de ano novo. Envelhecer com qualidade apesar de  a vida sempre nos poder pregar partidas imprevisíveis.
Depois de não sei quantos quilos a menos sinto que valem a pena  todos os sacrifícios e todos os nãos que digo a doces e a comidas calóricas. 
Sinto-me mais leve e mais eu!


quinta-feira, 28 de abril de 2016

Visitas especiais

Que trazem presentes como este e me derretem o coração!
É tão bom tê-lo por perto!
Sei que não vou comê-lo mas fico feliz por o ter!

terça-feira, 26 de abril de 2016

Estamos neste modo!


Tentando fugir da tristeza, dou de caras com este texto!!!


S. Martinho de Anta, 21 de Abril de 1956 
Quatro da manhã. Acabei de dar a extrema-unção ao velho — a extrema-unção que um médico pode dar a um moribundo: estrofanto e panaceias afins. Está perdido. Mas prometi curá-lo e levá-lo a ver a neta dentro de dias. Menti-lhe pela primeira vez na vida, e foi justamente a primeira vez que tive a impressão de que acreditou cegamente em mim. Tanto me esforcei durante anos e anos para lhe demonstrar que era digno da sua lisura, e o destino exige-me esta trafulhice piedosa no último momento.
— O meu filho vem aí... — dizia ele, a ameaçar a morte e a infundir confiança aos desanimados.
E eu chego, e acudo-lhe com drogas inúteis e promessas falsas! Sei que me perdoará, se tiver consciência de que o enganei. Mss acompanhá-lo-á uma tristeza igual à que me fica: a de que não fui capaz de um milagre na hora decisiva.
Miguel Torga - Diário VIII

E a tristeza continua! Porque é a vida. Porque os pais passam a nossos filhos com a reverência de pais com que sempre vivemos! E tudo isto é muito difícil de assimilar!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Fui ver a mãe

 A nova cerejeira que o meu pai plantou 
A velha cerejeira que dava cerejas pretas, grandes, tardias  que encheram a minha infância e adolescência.
 
Que ora me conhece, ora me confunde! O mundo dela é muito difícil para mim! Mexe com a minha alma. Umas vezes mais profundamente do que outras. Uns dias aceito bem a degradação, outros dias olho para ela e já não vejo a minha mãe. Uns dias apetece-me a sua pele, o seu calor, sinto a leveza e a urgência dos momentos como estes, noutros dias sinto que já não é o calor dela, é só uma ténue sombra da força que ela teve e essa força faz-me muita falta. 
Uns dias aceito, outros dias revolto-me. Uns dias encontro-lhe os gestos de sempre, e rio-me com eles e outros dias em que só esses gestos já não chegam, fico triste e sinto-me orfã!
Hoje, foi almoçar a casa. Almoçou connosco, no sítio onde crescemos. Ela tão distante dos outros tempos! Tudo tão diferente!
A lenta morte dela vai sendo também um pouco  a minha morte!

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Fim de semana prolongado


Eu? A necessitar como nunca de descanso! 
Descansar mentalmente, acalmar ideias, relaxar e deixar que a vida corra e me ensine alguma coisa.
Ou então, ainda muito melhor, que me troque as voltas e me surpreenda!!!

terça-feira, 19 de abril de 2016

Menos 1 kg


Parece pouco mas fico contente. Estou a fazer retenção de líquidos, nada que não se resolva. Muitos kgs de gordura já foram. 
Valorizo as coisas boas. Estar mais ágil, mais criativa e mais activa. Tudo o resto é conversa.
Baixei 4 números no vestuário e neste momento é-me muito dificil escolher roupa. Tenho tendência para levar os números antigos para o  provador. Levo sempre alguma peça em que penso não caber. E, surpresa das surpresas, caibo nela! E fica-me bem!! Isso é bom!
Espero pacientemente por maior perda de peso para voltar às queridas costureiras mas a verdade é que tenho muito pouca roupa para usar neste momento.
Não se pode ter tudo!!!

Eu e as espirais


Ontem caí! No final de um lanço de escadas em caracol que já me estava a fazer ficar tonta! No meio de tanto professor foi embaraçante. O pior não foi isso! 
A escada não tinha guardas. Nisso, reparei logo quando entrei. Apenas uns cabos de aço faziam de guias e nestas coisas penso sempre nas crianças a descerem e a caírem por entre os cabos. 
Afinal ia sendo eu a descambar por ali abaixo e a estatelar-me num chão de pedra lá no fundo. 
Não aconteceu mas a simples hipótese de me poder ter desequilibrado para aquele lado e ter galgado uns 30 metros até ao chão e ter por ali ficado, fez com que o meu serão não fosse tranquilo!!!
A morte espera-nos sempre ao virar da esquina! Não tenho dúvida nenhuma! 
É preciso é estar preparada! Correu bem! 
Valeu-me a grande densidade óssea que possuo. Nem uma dor, nem qualquer sinal de queda!


domingo, 17 de abril de 2016

Fim de semana a encher os olhos


Ver coisas diferentes, procurar o que quero para a casa de praia e imaginar como vai ficar. Passar pelos meus sítios de eleição e ver os complementos que comprarei nso saldos porque ainda há tempo até ao Verão. 
Comprei um iluminador de rosto muito bom e aprendi a colocá-lo e isso fez toda a diferença! 
Andei a ver óculos mas acabei por encomendar mais lentes! Não gostei de nenhuns!
Fazer umas pequenas remodelações lá em casa. Visitar a nova família e viver momentos muito marcantes.
Estar com a família é sempre um bom fim de semana! E este estado de alma vê-se nas fotos!
Amanhã volto para Lisboa. Desta vez em trabalho.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Poemas especiais


Do meu poeta de eleição!

Este foi o poema que escolhi para ilustrar os cartões de comemoração dos 50 anos de casamento dos meus pais. Vejo nele uma beleza imensa que ainda hoje, já a caminhar para a velhice, me continua a emocionar!

PEDIDO

Ama-me sempre, como à flor do lírio


Bravo e sozinho, a quem a gente quer


Mesmo já seco na recordação.


Ama-me sempre, cheia de certeza


De que, lírio que sou da natureza,


Na minha altura eu brotarei do chão.
Miguel Torga - Diário II

Sobre a felicidade


Depois de assistir, durante toda a manhã, a um grande debate cujo tem foi "Fora de série" mas onde a humildade de quem falou foi o mote para uma mensagem sobre a vida, as metas, o esforço necessário, o domínio mental, o estarmos bem connosco próprios para poder dar o nosso melhor, muitas coisas me passaram pela cabeça! Adorei ter participado!
 Foram duas horas e meia muito ricas e fiquei muito feliz por ver tantos jovens a ouvir aqueles atletas e músicos a darem o seu testemunho. E o que é que  este vídeo tem a ver com isso?
Foi lá projectado como ilustrador de parcerias menos prováveis darem este resultado soberbo que faz arrepiar quem os ouve!

Depois, lembrei-me de uma teoria sobre mim que diz que tendo a lembrar-me muito melhor dos momentos maus da vida do que dos bons!  O que não é verdade!!!
Os meus momentos felizes ficam bem guardados, mesmo muito fundo no meu coração. Esta música transportou-me a Barcelona a um fim de tarde de Agosto em que aguardámos que o sol se pusesse para que a fonte luminosa desse o seu melhor e se pudesse ouvir este trecho.
Mesmo com chuva de hoje, o meu coração lembrou-se do calor desse final de tarde há já alguns anos. Arrepiei-me novamente com o espectáculo das luzes, a multidão, a companhia e esta música!!
Foi um momento muito feliz da minha vida!! Vieram-me as lágrimas aos olhos pelo que entretanto tinha passado pela minha vida e pelos meus dias e que eu, nesse dia, não fazia a mínima  ideia! Somos sempre surpreendidos para o bem e para o mal!
Freddie, fazes mesmo muita falta!!

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Sobre ser pai


E o que traz para a vida dos filhos.
Tem sido difícil pai continuar o trabalho científico a que me propus. Têm sido anos difíceis estes com uma vida com momentos de desânimo, algumas alegrias e os anos a passar e eu a sentir que já não sou quem era. 
Tu irias perceber estas diferenças em mim, pai. Como viste tantas outras. Como acompanhaste de longe (mas tão de perto) os meus momentos menos bons.
Sabes por que razão continuo tantas e tantas as noites a escrever e a dar o meu melhor? Por que razão não consigo desistir?
Porque te sinto comigo e imagino o dia em que, se fosse possível eu dizer-te - acabei e está bem feito - tu irias mostrar-me aquela expressão tão tua de orgulho contido por todos os meus sucessos, os teus olhos ririam só para mim e ficarias feliz!
É só por isso meu querido pai. Só por te poderes sentir, lá onde estás, orgulhoso de mim e dos meus feitos.  Bem lá no fundo, eu sempre trabalhei para isso!

terça-feira, 12 de abril de 2016

E pronto! Cá estou eu!



Entre livros, papeis, post its de várias cores e uma paciência infinita.
Olho o sofá com inveja. Apetece esticar-me por ali e ver televisão, daqueles programas de casas de luxo, em que não é necessário pensar. 
Faltam ainda três horas para eu ir para a cama e  tenho muito trabalho pela frente. Menso mal que as ideias se começam a alinhar na mente.
Vamos lá!

Amanhã haverá mais um serão de intenso trabalho


Já estou a ficar farta disto e ainda não se vê o meio à vista!!!
Quero férias e coisas giras e que me divirtam para fazer. quero descanso e facebook e blog e conversa sem ter que olhar sempre para o relógio.
Estou farta!!!

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Coisas ainda a fazer em Abril!


1 - Alugar uma carrinha da europcar e comprar no ikea umas quantas coisas para a casa de praia a saber: cadeiras de jardim, uma carpete nova para a sala, umas cortinas coloridas e uma cama com  respectivo colchão.
2- Procurar na Area uns apontamentos diferentes para fazer a diferença na decoração praieira.  Colocar na cozinha uns desenhos gigantes de talheres. deitar fora uns quantos apetrechos e comprar novos e bonitos.

3- Modificar a iluminação da jardim.
4 - Encontrar alguém que me coloque um chão no jardim que evite a relva seca e me permita colocar uma mesa bonita com toalha até ao chão, velas com fartura e pratos a condizer para jantares pelo final da tarde.
5- Colocar chão flutuante quase branco no 1º andar. Alterar as roupas de cama e de banho para ficar mais confortável.

Tudo isto me vai permitir passar uns bons fins de semana na Primavera e Verão que tardam em chegar. 

Até aqui é o agradável!!! Agora o desagradável e trabalhoso:

1- Acabar a parte do trabalho que me comprometi a entregar até final do mês! Está a ser difícil! Serões e serões de trabalho árduo!
2- Continuar a controlar a dieta e emagrecer mais uns quilos.

Entre as lentes e os óculos


Decisões difíceis! Tive 6 meses para experimentar lentes de contacto. Correu mal! Perdi umas quantas, andei com uma dois ou três dias que tinha um furo e me fez ficar cheia de dores nos olhos (não vi o furo!!!), uma noite pensei que tinha a lente e não conseguia arrancá-la do olho (!) e quase entrei em pânico e afinal não tinha!  Fiquei com o olho todo vermelho e tive que andar a tratar a inflamação!! Uma experiência com momentos maus. Quando retiro as lentes fico sem ver quase nada o que me leva a deixar cair lentes  ou a colocá-las no mesmo compartimento.
No entanto, nos dias em que correu bem, gostei de me ver sem óculos e gostei de ver com maior nitidez o verde dos meus olhos!!
Já não tenho lentes para o olho esquerdo. Ainda tenho duas lentes do olho direito! Que fazer entretanto?
Estou inclinada para uns óculos novos e algo que não me dê chatices! 
Vamos ver qual vai ser a última decisão!

domingo, 10 de abril de 2016

Fotos com História


Fui muito feliz neste dia! Fizemos a escritura da nossa casa de praia, novinha em folha,  um sonho antigo! A casa não tinha nada lá dentro mas fizemos um piquenique nas escadas que conduzem ao primeiro andar! A camisola que tens vestida foi feita e imaginada por mim. O André não foi porque era ainda muito pequeno.
Tirámos várias fotos no jardim coberto de areia que viria mais tarde a dar um trabalhão a pôr decente. Agora penso que nunca ficou como o imaginámos na altura! O mar estraga muita coisa! Mas é tão bonito!
Passaram-se muitos anos. Vamos lá pouco! A porta está fechada e imagino a erva com meio metro de altura. A casa sem vocês não faz sentido. Há muito frio e muito silêncio lá dentro! Vou fazer melhorias nela nos próximos tempos! Mudar a decoração, acrescentar pormenores, retirar objectos de outros tempos. As ideias fervilham!
Espero ainda por outros tempos em que as melhorias que sonho  permitam que passemos mais tempo em lautos almoços de grelhados no quintal agora fechado aos olhos dos vizinhos. 
Apesar de tudo, gosto de olhar esta foto e de voltar a sentir toda a vida pela frente como senti nesse dia! 

A alegria de ter uma irmã como a minha


Todas as noites temos o nosso momento telefónico para desanuviar. Sei que passa tempos difíceis e sei da força que tem para os ultrapassar. Sei também os truques que utiliza para os minimizar mas tudo não chega para evitar o zumzum do silêncio a mais. 
Durante o serão tentamos rir de nós próprias, dos nossos defeitos, das nossas asneiras e de tudo aquilo que conhecemos de nós e mais ninguém conhece. Será a pessoa que me conhece melhor! Ali não há filtros nem esconderijos. Sou só mesmo eu! E como eu gosto disso! De alguém que me diz no momento certo aquilo que necessito de ouvir! Alguém que está lá sempre mesmo quando eu ainda não sinto que necessito de ajuda.
Obrigada por seres minha irmã mais velha e tão sábia.
Tenho todos os dias saudades tuas!
Fazes falta aos meus  dias!

sábado, 9 de abril de 2016

Estou que nem posso!


Todo o dia a estudar e a tentar colocar as ideias que tenho sobre o assunto em ordem e com alguma lógica. 
Amanhã há mais! Estou velha para isto! Quero trato e descanso como dizia a minha avó!
Um dia inteirinho e dez páginas! Pode?
Vou dormir!

Tanto NINI que eu encontro e tento modificar!!!


El neologismo nini,  procedente de la expresión “ni estudia ni trabaja” se escribe así, sin espacio ni guión y no necesita escribirse en cursiva o entre comillas. Equivale al acrónimo inglés NEET (not in employment,  education or training, que podría traducirse por ”ni trabaja, ni estudia ni recibe formación”). Se introdujo formalmente por primera vez en 1999 con la publicación del Informe “Bridging the gap: new opportunities for 16-18 years old not in education, amployment or training” elaborado por la Unidad de Exclusión de ese país.

No hay un solo tipo de ninis. Algunos (y algunas) bien podrían incorporar media docena más de conjunciones  copulativas: ni buscan, ni se agobian, ni se esfuerzan, ni se casan, ni sueñan, ni viajan, ni  tienen horizonte, ni delinquen … Serían los ninininininis. Una cosa es ser un nini que quiere serlo, que se acomoda a esa situaci nterpela sobre todo a la familia. Las familias de  la exxtenuación de nihilismo, que deja pasar los días bajo el cobijo familiar, que no espera más que las horas del desayuno, la comida, la merienda y la cena… Y otra muy distinta es ser un nini a la fuerza. Que no o trabaja porque no encuentra trabajo y no estudia porque no tiene dinero. Se desespera cada día que pasa en ese vacío vital, busca hasta el cansancio y se esfuerza por salir de su situación.
Los primeros son víctimas de la sociedad y víctimas de sí mismos, de su pereza, de su inacción, de su fatalismo… Los segundos son víctimas muy a su pesar. Porque han estudiado hasta  la extenuación para encontrarse con esa cruel inoperancia. Varias carreras, varios másteres varios idiomas… para esto.
Y, dentro de cada uno de los dos grupos, cada individuo vive de una manera particular la situación que atraviesa. Me gustaría saber cómo va evolucionando cada uno de ellos y de ellas, cómo va saliendo (si sale) de ese túnel oscuro de inactividad y de pesimismo. Me gustaría saber cómo van modificándose no solo sus situaciones personales (por ejemplo, cuando fallecen los padres) sino cambia su estado emocional (su autoconcepto, su relación con los demás, su concepción de la vida…).
He visto para Andalucía Televisión la película de Jesús Ponce “Déjate caer”. Una película honrada, sencilla y, a la vez profunda. Una película, estrenada en 2007, que pasó inadvertida para el público (no tanto para la crítica) y que he visto con verdadera delectación. Digo que la vi para Andalucía Televisión porque me invitaron a participar en una tertulia con el Director de la cinta y la estupenda actriz leonesa Isabel Ampudia, una de las actrices de la película. Fue una suerte para mí encontrarme con alguien de mi tierra después de ver la interpretación sobresaliente que hace del desgarrado personaje de Isabel.
Sin pretender encasillar a su director, creo que se le podría situar (en este y en otras de sus obras, por ejemplo en “15 días contigo”) dentro del realismo social. Jesús Ponce pone la cámara en la llaga. Construye en “Déjate caer” un drama de los que invitan a pensar.
El origen de la película está, según el Director, en que “en todas las plazas de barrio siempre hay un grupo de gente a la que se la ha pasado el arroz (…) sigue ahí a su edad dejando que la vida pase por delante (…). Son una generación indefinida, no son parados, no son trabajadores, no son estudiantes, no son delincuentes, no son gente honrada… simplemente no son”.
Me gusta ese tipo de cine. Cine para pensar. Cine que describe, analiza e interpela. Los ninis de su película pertenecen a los del primer grupo que he descrito más arriba. Tres jóvenes se sientan cada día en el respaldo de un banco situado en una calle de un barrio obrero. Y allí filosofan y ven pasar la vida mientras consumen litros de cerveza y palmeras de chocolate.
- ¿Qué haces?, le pregunta su chica a uno de esos ninis de más de  treinta años.
- Yo, nada. ¿Y tú?
- Yo nada también.
“Déjate caer” es una película con profusión de primeros planos que nos meten dentro de la situación social y, sobre todo, dentro del alma de los protagonistas, dentro de sus estados anodinos de ánimo. Es una película que no se puede construir desde los despachos o los estudios sino desde la calle. Por eso los diálogos nacen fluidamente de la vida. Están cargados, de chispa, de realismo, de  humor.
Las mujeres de la película (más listas, más consistentes, más fuertes que los varones, como suele suceder en la vida) son el eje sobre el que giran las historias y los hombres de la película.
El fenómeno de los ninis interpela de forma contundente a la sociedad. Un país cuyos jóvenes no tienen futuro, no tiene futuro. ¿Qué sociedad se puede permitir dejar sin horizonte a quienes tienen que abrir el horizonte? Los jóvenes necesitan valer para si mismos y para la sociedad. Necesitan sentirse útiles. No se les puede dejar sin futuro.
Interpela también al sistema educativo. ¿Qué respuesta da a las necesidades de estos jóvenes? ¿Cómo los ha preparado para la vida? ¿Qué herramientas les ha dado para interpretar el mundo? ¿Qué es lo que han aprendido a hacer? ¿Cómo los ha orientado para que puedan desenvolverse en el mercado laboral?
Interpela sobre todo a la familia. Las familias de los personajes de la película resultan paradigmáticas como pésimos nichos donde se cuecen estos desastres. Una madre sobreprotectora   que sigue llamando niño a  un  hijo que tiene mas de treinta años y que pasa la vida sentado en un banco y viviendo de la sopa boba que ella le prepara. Un matrimonio desentendido por completo de los problemas del hijo y cuyo padre se pasa el día viendo la televisión sin prestar la menor atención al drama de su hijo. Otro matrimonio que vive completamente ajeno al porvenir. Una madre que deja su pequeño hijo en las escaleras del edificio mientras se prostituye con su amante….
Me pregunto por el futuro de estos jóvenes que han superado la treintena sin el menor proyecto de vida, esperando atravesar cada jornada  sin la menor ambición, sin la menor pregunta, sin la menor inquietud. Me pregunto también por los hijos que podrán  tener estos jóvenes si algún día llegan a tenerlos.
Quiero hacer algunas consideraciones finales sobre la importancia del cine como instrumento de análisis, de comprensión, de denuncia, de cambio, de mejora de la sociedad. El cine nació como un espectáculo de barraca y los intelectuales mantuvieron una actitud recelosa, cuando no abiertamente despectiva hacia él. Hoy nadie discute que se trata de una herramienta poderosa para reflexionar sobre la vida, sobre la historia y sobre el ser humano. Hoy se hace imprescindible, como expliqué en mi libro “Imagen y educación”, aprender a ver cine. Para no ser manipulados, para disfrutar de sus historias y del modo de contarlas e, incluso, para poder expresarnos en sus códigos. Muy poquita gente hace cine para todos. Pero muchos siguen siendo analfabetos en este lenguaje que hoy puede considerarse el lenguaje materno. Y, como analfabetos, víctimas fáciles de la manipulación.

Não posso deixar de partilhar

À procura de bibliografia e de ideias para o meu trabalho encontro este texto maravilhoso de um grande pedagogo - Miguel Angel Santos Guerra.
Os sublinhados e os negritos são meus!!



Sei que, para os jovens de hoje, as coisas estão mais difíceis do que para as gerações anteriores. Como, talvez, não se possam com­parar fenómenos que não são comparáveis, direi simplesmente que as coisas estão difíceis. Muitos pensam que os jovens dispõem de tudo: estudos, dinheiro, diversões, viagens, oportunidades ... Eu penso que lhes falta o mais essencial: o sentido das coisas numa so­ciedade que se desumaniza. Não é fácil resistir à corrente que nos arrasta, violentamente, para a competitividade, o individualismo, o relativismo moral e o conformismo. Na sociedade em que vivemos, não é fácil conseguir um lugar, sem afastarmos os outros às cotove­ladas. Não é fácil opor-se a quem tem algo para dar. Na altura em que têm de mostrar que valem para alguém ou para alguma coisa, vêem-se condenados a uma corrida interminável que acaba por con­duzi-los ao desemprego.
Não sei quantos jovens de hoje subscreveriam as palavras de Camus: "Não podemos pôr-nos ao lado dos que fazem a história, mas ao serviço dos que a suportam". É mais fácil estar ao lado de quem pode distribuir prebendas, apoios, emprego ou, simples­mente, sorrisos.
É preocupante ver como alguns jovens viram costas à esperança, mergulhados em si mesmos, nada preocupados com os problemas das pessoas e da sociedade. É preocupante ver que os que começam a caminhar já estão cansados da viagem, fartos de si mesmos, sem vontade de melhorar o percurso da vida dos que caminham a seu lado.
Nem toda a juventude assim é. Bem o sei. Há jovens entusiastas, comprometidos, empenhados. Há jovens sensatamente optimistas e, ao mesmo tempo, com um realismo empreendedor para melhorar as coisas.
Quero repetir, aqui, a mensagem que um ancião de 88 anos es­creveu para os jovens. Uma pessoa que, apesar de já ter percorrido um longo caminho semeado de obstáculos, de tragédias e de dor, ainda mantém a esperança. Não de forma ingénua, evidentemente.
Ernesto Sabato escreveu o seu testamento destinado à juven­tude. Foi Seix Barral quem o publicou, com o título de Antes do Fim. Aos 88 anos, este doutorado em Física que abandonou os seus tra­balhos sobre radiações atómicas para se dedicar, a partir de 1945, à literatura dirige-se aos que estão a iniciar um projecto de vida. E fá­-lo sem dogmatismos, com humildade. As primeiras palavras da sua obra são significativas: "Tenho vindo a acumular muitas dúvidas ... ".
Sabato constitui como destinatários do seu testamento moral os adolescentes e os jovens. Delicada etapa da vida em que se busca, ansiosamente, o sentido das coisas. Também se dirige aos idosos que, olhando para trás, se interrogam se terá valido a pena tanta dor, tanto caminho .. "Sim, escrevo isto "- diz Sabato -" sobretudo para os adolescentes e jovens, mas também para os que, como eu, nos apro­ximamos da morte, e nos perguntamos com que finalidade e por que razão vivemos, aguentámos, sonhámos, escrevemos, pintámos ou, muito simplesmente, empalhámos cadeiras".
Disse Camus: "Existe apenas um único problema filosófico ver­dadeiramente sério: o suicídio. Decidir se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia". Todas as perguntas acabam por nos conduzir a esta pergunta central que tem as suas raízes no coração humano.
Sabato não é um ingénuo. Não é um cínico. Construiu, com dor, um pequeno monte do qual se vislumbra a esperança. Muitas vezes se debruçou sobe o profundo poço do suicídio. E encontrou em si mesmo e nos outros uma réstia de esperança que o ajudou  a continuar o caminho. As últimas palavras do seu testamento para os jovens são esclarecedoras: "Só os que forem capazes de encarnar a utopia estarão aptos para o decisivo combate, o de recuperar quanto de humanidade já perdemos".
Interroga-se Sabato, como já fizera antes em algumas das suas obras, sobre o sentido da pessoa na crise do nosso tempo. Estreme­cemos ao ler algumas das suas páginas (sobretudo o capítulo intitu­lado "A Dor Faz Parar o Tempo"). Como é possível manter a espe­rança no meio de tantos desastres, tanta miséria, tanta crueldade, tantos maus presságios?
O mais aberrante, talvez, é a desproporção da violência a que estão expostas as crianças. As torturas, a exploração, a venda, o abandono de crianças parece dar razão a Nietzsche, quando dizia:
"Os valores já não valem" .
O filósofo Fernando Savater encerra a sua interessante obra As Perguntas da Vida com este poema de Heinrich Heine: "E não dei­xamos de interrogar-nos uma e outra vez;! até que um punhado de terra/ nos cala a boca.! Mas, será isto uma resposta?".
Num mundo que se desumaniza, há que pensar, com Goethe, que "a humanidade acabará por triunfar". E uma boa parte desse triunfo está nas mãos da juventude.
A comunidade caminha para a Utopia. Está em Utopia. É como a personagem da seguinte história. Era uma vez, há centenas de anos, um homem que, uma noite, caminhava pelas escuras ruas duma ci­dade do Oriente, com uma lâmpada acesa. Encontra-se com um amigo que, surpreendido, lhe pergunta:
- Que fazes tu, que és cego, com uma lâmpada acesa nas
- ?
maos ....
Responde o cego:
- Não levo a lâmpada para poder ver o meu caminho. Conheço as ruas de cor em plena escuridão. Levo esta luz para que os outros, quando derem comigo, possam descobrir o seu caminho.A esperança radica na ajuda mútua, na justa convivência, na s( lídariedade. Li numa parede da cidade de São Salvador de Jujuy es1 grafito: "Somos anjos com uma asa. Precisamos de nos abraçar para poder voar".

Miguel Santos Guerra. No coração da Escola.

Coisas que aprecio


Ontem passei a tarde numa acção de formação sobre Educação Inclusiva. Aprender e alterar para melhor será sempre o meu lema. 
Final de tarde com um lanche organizado por uma  escola profissional- um must. Pelo aspecto dos petiscos (não provei),  pela decoração e pelo sorriso e delicadeza dos alunos. Pode parecer exagero mas quem trabalha nas andanças da educação em Portugal não pode deixar de sorrir muito quando  vê o sucesso, anos mais tarde, do que se constrói, com esforço, todos os dias.
Logo a seguir, já o sol se escondia, um encontro com uma amiga que vive há muitos anos no meu coração. Uma guerreira, uma das melhores pessoas que conheço, a passar uma fase menos boa. Deus não devia permitir que isto acontecesse!! Fica só para mim este encontro que ainda trago hoje no coração!
Obrigada por me ensinares, com a tua postura de vida e o teu sorriso, a ser uma melhor pessoa todos os dias.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

A praia da oura

Clube da praia da Oura - 1979 

Quando tinha 18 anos passei alguns anos férias por lá. Tinha uma amiga que passava férias em Albufeira e o pai dela todas as noites ia para o Clube da praia e levava-nos com ele. Já era um local agitado e a praia estava sempre cheia mas era agradável.
Há dois anos, filho mais novo passou uma semana em Albufeira com uns amigos e depois fomos para uma casinha no meio de um figueiral que continua a ser um dos meus segredos para passar umas férias de sonho em Agosto no Algarve. Disse horrores da Oura e do ambiente da rua dos bares. Eu lá defendi a praia que eu conhecia de há muitos anos atrás (nunca mais lá tinha voltado) e as esplanadas e restaurantes que então por ali havia onde se comiam uns óptimos gelados. Lembrava-me ainda que, por esses tempos, os meus tios passavam férias no hotel Montechoro e que por vezes nos convidavam para lautos jantares por aquelas bandas.
Como não o convenci, calei-me. Achei até que ficou chocado com a ideia da mãe a passar férias naquelas paragens!!!
Este fim de semana fui parar à oura a um hotel novo que na altura ainda não existia e percebi as diferenças operadas entretanto!! A rua dos bares é indescritível: bebedeira, gente com mau aspecto, quase todos estrangeiros, ambientes duvidosos sobre todos os aspectos. Até observei um individuo a rastejar na rua semi nu!
Bares com uma decoração horrível a imitar qualquer rua numa cidade americana ou sei lá o quê!! 
Um barulho infernal! Nem cheguei a ver o velho montechoro!! Em Agosto o ambiente deve agudizar-se bastante!! Percebi, então, o choque de filho mais novo a imaginar-me por aquelas bandas!!!
Mudanças desnecessárias é o que é!

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Encontrar o peso ideal


Não é tarefa fácil. Ontem foi dia de consulta e de troca de ideias. Ainda falta perder algum peso para chegar aonde quero e aonde poderei envelhecer com saúde que é o que mais me preocupa. A tensão arterial baixou, os pés estão óptimos sem inchaços e isso deixa-me feliz. Tudo o resto não me é muito importante. A saúde e o risco, sim!
Há no entanto, nestas coisas do peso e dos IMC, qualquer coisa que me ultrapassa. Para ficar com peso normal sem riscos para a saúde tenho ainda de perder uma quantidade enorme de quilos!!!! Não sei se conseguirei chegar lá e se haverá ainda tanta gordura no meu corpo mas dia a dia se vai construindo algo. Quem me segue diz que sim!! Vamos vendo.
Hoje, começam dias sem  sair do caminho com todas as refeições  direitinhas e sem excessos. Daqui a 15 dias voltamos a falar!!

terça-feira, 5 de abril de 2016

Pensamento do dia


Alt text here

Life is a choice. It is YOUR life. Choose consciously, choose wisely, choose honestly. Choose happiness.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Voltar para o frio e para a chuva


Este ano a Primavera não chega. Depois de estar ao sol no Sul, de correr na praia com uma brisa tão boa, de andar de manga curta, chegar a casa e adormecer com a chuva a bater nos vidros.
Começar o 3º período cheia  de projectos e de coisas inadiáveis para concretizar. O tempo urge. 
Aumentar a concentração porque a sinto a fugir a cada dia que passa. Travar o envelhecimento do cérebro e ouvir quem sabe com toda a atenção. Tentar todos os dias pôr em prática tudo o que me aconselham. 
Obrigada gente nova!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Ir!


Conjugar este verbo é talvez a melhor forma de me sentir feliz. Fazer-me à estrada! A vontade de chegar. Descansar, ver o mar e estar com a família.
Vamos lá então!