E não digo mais. A Europa rima com férias de Verão e filhos pequenos.
A Europa que visito agora rima com nostalgia e ainda alguma sede de conhecimento.
A Europa que visito agora rima com nostalgia e ainda alguma sede de conhecimento.
Não me tenho dado mal com esta ideia. Não critico quem aluga quartos com casas de banho partilhadas e cozinhas para não sei quantas famílias que não se conhecem! Para mim seria um desastre. Preferiria uma tenda de campismo ou então sair todos os dias e vir dormir a casa.
Também acho alguma graça a anúncios nas redes sociais que pedem casas para 6 pessoas com piscina privada mas que não custem mais do que 400 euros por semana! Como dizem? Um proprietário que aluga uma casa com piscina, além dos impostos que paga, tem ainda de cuidar da água, da limpeza da casa e ficar com algum lucro! Já dizia a minha avó: quem não tem dinheiro, não tem vícios!
Quem coloca estes pedidos irreais sujeita-se às famosas burlas em alugueres. Todos os dias saem listas de burlões que alugam casas fabulosas por preços fora do comum, principalmente no Algarve!! Será que não é de desconfiar de tanta sorte?
A melhor coisa que podem dizer e escrever é que se sentiram como se estivessem em casa!
Foi sempre essa a minha intenção e consegui concretizá-la. É a minha casa de férias que empresto mas que é única porque está decorada com pormenores e utensílios que eu uso quando lá estou. Gosto de comer no jardim. Então tenho tudo montado para que seja fácil elaborar o pequeno almoço na cozinha e transportá-lo para o jardim em pequenos tabuleiros. Gosto de comodidade, de bom gosto nas mesas de modo que toda a porcelana e talheres têm design. Gosto de ter copos para cocktails no final do dia, copos para beber um Porto copos para um bom vinho verde, copos de champanhe, utensílios para marisco, uma boa churrasqueira com todos os apetrechos.
Fico feliz quando os meus hóspedes gostam da minha casa.
Quando se perde algo e não se encontra e já estamos a entrar em desespero, venho à net procuro o responso a Santo António para encontrar coisas perdidas, vou lendo e pedindo mesmo achando a oração sem sentido e estranha. A primeira vez que o fiz foi para procurar um envelope supostamente perdido com 75 euros que de tanto o procurar eu e outras colegas, já tinha decidido dar o dinheiro e acabar com o problema. Uma colega lembrou-se de ir à net e rezar o responso. Eu levantei-me, abri o cofre da escola, onde supostamente o tinha colocado e onde já várias pessoas tinham procurado afincadamente, puxei para fora um envelope meio saído e ali estavam os 75 euros! Ficámos pálidas!
Desde aí tenho recorrido imensas vezes ao santo António e sempre com êxito!
Não demora 2 minutos a encontrar o que se perdeu, muitas vezes mesmo ali ao nosso lado. Aconteceu agora. Foi só levantar-me e dirigir-me para o sofá. Afastá-lo e ali estava o perdido! Parece magia.
São factos que não entendo mas que funcionam mesmo.
No final do ano passado nasceu a Celeste com o seu olhar lindo, sorvendo a vida à volta mas estabelecendo laços desde cedo. Riso lindo. Embora ainda bebé é uma ternura sentir-lhe os braços a rodear-me e o sorriso rasgado quando me reconhece.
Com elas gosto de fazer coisas diferentes. Coisas de que se lembrem mais tarde. Gosto de fazer programas de as entusiasmar com as surpresas. Eu fico tão mais nova quando estou com elas!! Apetece saltar e correr, voltar à infância, fazer palhaçadas e de as ver rir.
Eu sei que é um lugar comum mas quero mesmo, além de viver com elas o presente, que elas se lembrem da vovó Lala quando eu já não puder fazer-lhes companhia. Que tenham histórias para contar, que se riam de algumas coisas engraçadas que vivemos e que consigam dizer anos mais tarde: a minha avó era assim...
O pior disto tudo? Voltar para casa!
Ninguém no seu perfeito juízo compra um relógio que não funciona, mas ficava mesmo bem onde eu o tinha imaginado! A ideia foi: quem chega pensará sempre que se avariou naquele momento! Estive imensas vezes para o deitar fora mas houve sempre algo que me impediu.
Tive há umas semanas atrás um hóspede espanhol que, pelo conteúdo das mensagens trocadas entre nós e pela classificação na plataforma será uma pessoa mesmo 5 estrelas.
Esta semana, numa visita de rotina para ver se tudo estava pronto para a próxima hospedagem, senti na sala um tique taque estranho. De onde viria? E não é que o grande relógio marcava a hora certa? O Juan conseguiu arranjar o relógio que já estava estragado há anos.
Hóspedes destes são de ouro. Muito obrigada. Até me emocionei.
Há meses, visitei um alojamento local, para os lados da Guarda, onde filho mais velho estava hospedado e eis que no quarto deles se encontrava uma réplica do arcaz da mãe mas só que muito mais pequeno! Achei graça. De onde teriam vindo? Tanto um como o outro?
O meu gosto pela história estende-se a estes pormenores das histórias dos objectos!
Há um ditado que diz que é necessário uma aldeia para educar uma criança e, embora isso já seja uma quimera, eu ainda vivi um pouco isso, passeando pelas casas dos vizinhos e tios avós, passando tempo conversando com idosos sentados nas pedras dos caminhos ouvindo as suas histórias de que ainda hoje me lembro.
Tínhamos em casa um baú cheio de roupas e sapatos antigos. Nestas tardes quentes de Verão os meus filhos e sobrinha entretinham-se a criar personagens engraçadas e a desenvolver a imaginação.
Esta foto retrata a Ana e André numa encenação de personagens de filme, muito compenetrados dos seus papéis. Olho para ela e tenho saudades desses tempo em que havia tempo e relações.
Estavam tão engraçados!
Entrar naquela casa é voltar atrás e ver os meus filhos pequenos por ali. É recordar episódios, traquinices, coisas que diziam de que já eu nem me lembrava. Apesar da idade, tem uma memória fabulosa e um amor à vida e às pessoas que enternece.
Falámos de tudo, do passado mas também do presente que ela vê positivo e promissor. É tão bom quando uma pessoa com aquela idade consegue ver o mundo pelo lado mais brilhante!
A Lena é única e das pessoas boas, mesmo boas que eu conheço. Merece todo o carinho e o amparo que tem dos filhos que até chega a comover-me.
Se teve uma infância e juventude fácil? Nada disso. Mas a Lena fez da amargura força e da tristeza amor que sempre soube dar, não por palavras vãs e ocas, mas por acções, como eu gosto!
Foi um bom final de tarde!
Aquela sensação de que tens trabalho a realizar mas não sabes muito bem como organizá-lo? Assim estou eu! Delegar na empresa de limpezas que contratei uma série de tarefas que eu quero realizadas de uma certa maneira. Ter enviado imensas mensagens mas sabes que tens de ir verificar para ficares descansada. E quando? Ainda não sei!
Um telefonema para um médico durante a tarde que vai ditar os próximos dias.
Marcar consulta para o meu dermatologista que só tem vaga a 30 de Novembro!!!Oxalá alguém desista!
Noticias boas que chegam por mensagem e me alegram o coração.
Visitar o bebé novo na família. Que alegria e ilusão tão grandes!
E antes de tudo? Ir tomar um café que bem necessito para enfrentar o que me espera.
O problema, ou não, é que eu sei muito bem quem sou! Conheço muito bem os meus interesses e tenho muito orgulho no meu percurso. Sei de onde vim e onde estou. Agradeço todos os dias aos meus pais a grande odisseia de nos terem educado de uma forma tão inteligente, tão arguta e tão eficaz. Podia não ter dado certo mas deu. Não tenho problemas de auto estima, não me considero menos que ninguém! Considero que cada um de nós tem como grande objectivo conhecer-se muito bem e desenvolver todas as suas competências. Com a minha idade dedico-me aos meus interesses maiores e a estudos que a outros compreendo que não interessem. Não critico. Aceito.
Quando me começam a tentar diminuir, a mim e aos meus interesses e a tentar fazer de mim um ser sem interesses culturais, sem hobbies com interesse, sem conversas que revelem alguma cultura e conhecimento eu passo-me mesmo!
Eu sei que não devia ligar mas há um botão cá dentro que explode. Sinceramente. Há algumas pessoas a necessitarem de espelhos!!
Portugal continua a ser, para mim, o país com melhor qualidade ao nível dos alojamentos e das condições que oferecem. Não admira que sejamos tão visitados.
Em património histórico e cultural ninguém nos bate ou não sejamos nós o país mais antigo da Europa. O que eu adoro pesquisar, conhecer e estudar antes de partir para depois me deliciar com o estar, o ver e o apreciar!
Lá mais para a frente que Julho ainda está muito cheio de trabalho profissional e pessoal.
Almocei e parece que agora estou a melhorar. Vamos lá então concretizar uns quantos projectos que temos em mãos. Só assim é possível viver e estar bem.
Preparar a semana que há-de vir que se avizinha tipo montanha. Mas em todas as montanhas há a parte da descida e não vale a pena dramatizar. Há pior. Muito pior.
Ver sempre o lado leve da vida. Lema a seguir.
Bem basta quando
for pesado a sério.
Depois há um dia em que recebes uma notícia, qualquer coisa que te entorna a rotina e te vira os dias e tudo fica diferente.
Sério que eu tenho cada vez mais medo desses dias!
Vai crescer numa família feliz e vai ser muito mimado e um grande Homem.
Benvindo ao mundo Eduardo! Vais torná-lo, com toda a certeza, um mundo um pouco melhor!
Guardei o meu e outro que ficou por lá abandonado, pensando que seria um modo muito bonito de receber os alunos a cada novo Setembro. Chamar a nós pensamentos de positividade, de controle interior e de empoderamento. Não iniciar o ano por regras práticas. Essas virão depois. Iniciar com a ideia de que poderemos ser melhores a cada dia que passa e que somos o que quisermos e não o que os outros querem.
Mesmo que o efeito não seja a 100%, ficará sempre a semente.
Outra ideia dessa formação que adorei. Foi-nos pedido que escrevêssemos uma carta com os pensamentos actuais e como nos sentíamos em relação a nós e à vida nesse momento. Colocámos a carta num envelope fechado com a nossa morada. Depois de 6 meses, recebi a carta que tinha escrito! Fiquei até emocionada! Nada do que eu tinha escrito, sentia no momento em que recebi a carta. Muitas coisas se tinham modificado e outras tinham deixado de ter importância e outras ainda estavam apenas na minha cabeça e nem eram reais.
Estratégias engraçadas para, pela prática, levar os alunos a pensar por eles próprios, a tomarem as rédeas das suas vidas e das suas acções e a assumirem as suas culpas em tudo o que fazem menos bem. Paralelamente, ensinar-lhes a volatilidade de vida e o modo mais eficaz para nos adaptarmos a isso.
Há pouco tempo descobri uma marca que não conhecia -Kaleos - que tem a publicidade toda feita com modelos de uma vetusta idade mas que são e ficam cheias de estilo com estes modelos.
Não necessitava mas foi irresistível!
Depois houve ali uns contratempos porque sem graduação não via ao longe e não podia conduzir. Voltei, mudei as lentes e já está.
Não se imagina o quanto eu gosto deles e o empoderamento que sinto quando os ponho. Não será isto importante?
Futilidades mas que fazem a diferença. Outros terão outras.
A vida também é feita destes pequenos nadas!
Junto leguminosas para acrescentarem proteína vegetal e de vez em quando comemos proteína animal que também faz falta.
Fã de grão de bico, feijão frade e afins misturados com pimentos, tomate, alface de diferentes espécies, coentros aos molhos e sempre o meu vinagre de vinho tinto favorito: Cabernet sauvignon. Um pouco de mostarda, azeite et voilà.
Nunca estarás sozinha se contares contigo. Tu consegues. Sempre!
Esta resposta matutou na minha cabeça durante muito tempo mas traduz a mais pura verdade. Estamos sempre sozinhos e contamos connosco. Se for bem é bem, se for menos bem, é menos bem. Estamos lá, levantamos a cabeça, damos o melhor de nós naquele momento e seguimos em frente. Se tivermos que seguir. Algum dia não seguiremos. Partiremos sozinhos também.
Estas conversas acalmam o espírito e habituamo-nos a não ter medo e a dar o nosso melhor. Empoderamo-nos. Seja qual for a circunstância e mesmo que apenas se possa sussurrar um "eu consigo", sussurra e segue. Na vida de toda a gente há momentos bons e maus. Saber viver com todos eles é uma ciência crucial para viver de bem connosco.
O medo trama tudo. O pior que pode acontecer é esperar que alguém nos venha tirar o medo. Não existe! Vai em frente!
Ouvir podcasts. Adoro! Começar o dia por aqui. Um dos meus preferidos? A velha bonitona! Muito engraçado!
Pequeno almoço tomado. Um copo grande quase cheio de água com um bocadinho de leite, café e uma torrada com uma fatia de queijo magro por cima. Eu tento! Juro que tento mas os resultados teimam em não aparecer.
Um resto de semana super atarefado com horas marcadas e exames médicos pelo meio.
Resistência necessita-se. Boa disposição também. Esta parte falha por vezes. Mais do que eu desejava.
E é isto. Bom dia!
Isto da idade é uma treta das grandes!
Há pouco tempo, o seu filho veio trazer as suas cinzas para depositar nas campas dos meus avós, seus pais. Ali estávamos os três irmãos e ele a honrar um homem cinco estrelas, um homem que foi tão amigo quanto o podia ser para todos nós que éramos a sua família. Viveu sempre longe e sempre tão perto dos nossos corações! Quando a mãe dele ficou doente, ele veio a Portugal passar 15 dias para estar com ela. O amor deles era enternecedor! Um amor feito de distância mas de uma solidez quase irreal. Ficou 15 dias à sua cabeceira, dia e noite e no dia em que se foi embora vi-o chorar e voltar para trás uma ou duas vezes para junto dela porque sabia ser a última vez que a veria, como aconteceu! Foi tão marcante este gesto e esta situação que ainda hoje me arrepia esta demonstração de amor tão cruel e bela ao mesmo tempo.
No dia em que estivemos os quatro olhando o monte de um lado, e a casa dos avós onde crescemos todos do outro lado, senti que finalmente tinha regressado a casa e se fechava um ciclo.
Deixo o texto que li na altura porque a vida é feita destes momentos de amar e de recordar, tanto na vida como na morte.
Querido tio António Maria
Repousas hoje de onde nunca
saíste. Acredito que lá longe, te lembrarias muitas vezes desta paisagem de
serra, deste pinheiro centenário, da vista do monte S. Domingos e dos teus.
Repousa agora na terra que te viu nascer, nos braços da tua mãe e à sombra do seu amor que era imenso e puro.
Foste para todos um Homem
exemplar! Daqueles que todos queremos ser mas nem sempre o conseguimos.
Amaste-nos com acções, com atenções e com a tua presença sempre que
podias. Mesmo longe, a tua voz e o
quereres saber sempre de nós e das nossas vidas, eram enternecedores. Eras tão nós, tão parecido, tão contido nas
palavras, tão dado nas acções que todos os dias nos diziam o quanto gostavas de
nós todos.
E impossível não ficares na
memória dos que te seguem e seguirão.
Repousa em paz!
Eras um homem bom! Muito bom!
Tenho muita dificuldade em esquecer e ainda mais em perdoar!! Tento, mas quando alguém faz mal a quem eu amo, é-me muito difícil fazer de conta que não aconteceu nada.
Com a idade já deveria ser diferente mas ainda me custa horrores. Sou eu e os meus mas ainda me custa mais quando se trata dos meus que de mim própria. Hei-de chegar um dia à santidade de passarem por mim "carros e carretas" e nada me molestar. Actualmentte ainda não consigo!
Uma mágoa grande desce sobre mim. Penso que não deveria haver pessoas capazes de más acções. Andamos cá tão pouco tempo que temos obrigação de ser gentis e prestáveis para os que nos rodeiam.
É tramada esta minha educação mas é a única que considero acertada. Tudo o resto está errado! Ponto!
Foi muito bom ter os que amo comigo.
Querida neta a entrar no mundo cristão rodeada de tanta família que a ama.
Adorei o dia, a cerimónia, o local, a amizade, o amor, os risos, as conversas, a alegria das netas crescidas e essencialmente ver filho mais novo como um pai lindo, meigo e carinhoso. Cheguei quase às lágrimas!