domingo, 28 de dezembro de 2025

Domingo frio


 Imensas  coisas para fazer. Comecei pela canja. Sabe sempre bem neste tempo. Eu só comerei o frango cozido com legumes salteados. Nada de abusos que o corpo ressente-se. 

Fazer uns tantos exercícios com os apetrechos que filho mais velho me ofereceu no Natal. O que é para ser, tem muita força. 

A sala  ainda cheira a Natal e as decorações e jarros de flores aí estão para me lembrar que o dia a dia é este e não será sempre Natal e casa cheia. 

Por vezes, tenho vontade de fechar este ciclo nesta cidade, vender a casa e recomeçar a vida na cidade grande perto de filhos e netas. Entretanto o medo vem e instala-se. E se tudo for igual? Ou pior?  Se não me habituo à cidade, se a velhice vem e se instala ficando eu refém de um apartamento menor, sem conhecer os recursos, como sardinha fora de água?

A vida complica-se e nunca pensei ser tão cedo. Esta era a altura certa para desfrutar da vida sem amarras ou impedimentos. Aqui estou eu!  Sem viagens, sem aventuras para recordar, sem a ilusão de vida que é tão necessária, sem o sonho que embala os dias e as noites. 

Voltarei ao antes? Talvez sim ou talvez não. 

Hoje estou amarga. Vou passar a ferro  e pode ser que passe. 

sábado, 27 de dezembro de 2025

Coisas em que começo a acreditar

 


Não totalmente mas a ter em conta. Na entrada de 2025 fiquei nervosa. Era um ano que terminava em cinco. Se terminasse em zero sentiria o mesmo. Desde há alguns anos que estes anos com terminações específicas têm sido terríveis para mim. São anos em que acontecem imensas coisas negativas, entre doenças, mortes e mal estar. 

Confirmou-se.  Duas operações em dois meses, dores horríveis, recuperação lenta, fisioterapia, muita paciência para o caos, dias muito negros, muita aceitação, muitos medos e muita vontade de sair disto tudo.

Continuo a recuperar com um novo ciclo diário de treino a ter início no próximo ano para o tal ganho de massa muscular que ainda não é muito visível.

Ansiosa pelo fim deste 2025. Começo a acreditar que será em 2026 que muitos dos meus problemas  terão uma solução. A mente também já mudou e encaixo com maior facilidade tudo o que me aborrece. 

Quero acreditar!

O que gosto

Mesa do dia 24
Mesa do dia 25

Preparar mesas, petiscos, e receber as pessoas que me são queridas. Conversas boas, risos e alegria.

Foi um Natal com todos que me encheu de alegria. Queridas netas e sobrinhos netos a brincarem juntos e a criar memórias como eu criei as minhas lá mais para trás no meio da neve e do frio. 

Pouco a pouco a casa voltou ao silêncio e uma capa de melancolia caiu sobre mim. Levantar, focar nos projectos a concretizar, pensar no novo ano e seguir em frente. 

Ontem foi o dia de marcar eventos necessários para Janeiro.

Entrei na reeducação alimentar logo que acabaram as festas e estamos com boa atitude. Falta um mês para nova consulta e tenho mesmo de ter diminuído grande parte da massa gorda para o bem da minha parte cardíaca e da minha coluna. 

Pelo meio, ainda umas visitas às amigas de quem tenho saudades.

terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Agenda cumprida

 


Fiz uma agenda para cada dia com todo as tarefas a realizar em cada dia.  Tudo feito. 

Um pouco cansada mas contente comigo mesma. Mensagens bonitas que vou recebendo e me enchem a alma. Os amigos são o açúcar que nos anima e nos ajuda a continuar. 

Tempo também para tratar de mim e me mimar. Sabe bem e faz falta. 

Casa limpa e arrumada, luzes da árvore a iluminar a noite e eu feliz com a expectativa do barulho e da animação de família querida.

FELIZ NATAL para todos os que por aqui passam!

domingo, 21 de dezembro de 2025

Em modo Natal


 Confesso a minha pouca habilidade para decorações natalícias. Como conheço o meu ponto fraco, muito tempo antes, começo a pesquisar na net ideias de que goste e guardo o modo de execução.

Agora são os dias de colocar em prática. 

Neta mais velha que me conhece muito bem pergunta sempre: foste tu que imaginaste ou foste pesquisar na net? Rimo-nos desta minha falta de imaginação artística, ponta abaixo, ponta acima, sem rigor mas feito com muito amor. 

Estive entretida com as minhas decorações quase durante toda a tarde. Estas manualidades acalmam a mente e, pelo menos,  reflectem o esforço de fazer e não comprar feito em qualquer loja chinesa. 

Coisas de avó!

Tradições


 Por muitos anos passei estes dias a fazer filhoses (como se diz na Beira Alta) para oferecer aos amigos.

Com o tempo fui apagando esta tradição principalmente desde que a minha mãe  faleceu. Era a receita dela e o ritual dela e parecia que estava, não a continuar a tradição, mas a trair a sua memória.

Todos os Natais me apetece meter a mão na massa, literalmente. Hoje vou comprar os ingredientes e fazer uns quantos pratos  de filhoses  com  que quero presentear quem me ajudou durante estes últimos tempos. Podem ter sido  gestos muito simples mas que me tocaram pela incapacidade e carência que sentia. 

Sobremesa rústica mas que me fala tanto  de mim lá atrás, das minhas raízes, de intimidade, de festa e de alegria. 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Mais uma consulta

 


Desta vez com o cirurgião que me operou. Vamos ver como vai correr. Continuo com o ginásio e com o PT e, pouco a pouco, volto ao que era antes e não continuar   ser  este robot sem vontade de nada. 

Passei a tarde na cozinha, coisa que já não acontecia há meses. 

Antes era um modo extraordinário de eu relaxar a mente. Depois, com dores por todo o lado, começou a ser penoso. Hoje consegui cozinhar tudo aquilo a que me propus. No ginásio, dizem que é assim: devagarinho  mas  constante esta melhoria que tanto desejo. Já não é só melhoria. É ficar como era antes!

Será pedir muito?

domingo, 14 de dezembro de 2025

Minimizar listas de compras


 Fui à hora do almoço ao supermercado. Já tinha as listas elaboradas com as compras a longo prazo e as compras da véspera de Natal. Quase acabei com a lista de longo prazo mas faltam ainda alguns itens. 

A pensar ainda na decoração floral da mesa. Muitas dúvidas. 

Ementa elaborada. A testar o forno novo para que saia tudo bem na véspera de Natal.  Sou daquelas que põe a mesa de véspera mas apetece-me começar já e retirar da imaginação algumas hipóteses. Duas regras básicas: não fazer arranjos florais altos para não tapar os comensais e poderem conversar e não exagerar no espaço que ocupam para poder colocar as entradas na mesa. Poderia fazer uma mesa de entradas mas penso não ser muito prático termos de nos levantar.

A mesa à parte fica só para as sobremesas porque vão ficar por ali antes e depois da ceia e do almoço de 25. Normalmente, o pequeno almoço de 25 baseia-se no conteúdo daquela mesa!

Se me custou trazer as compras? Muito. Fez as vezes do ginásio por hoje! Dividi por imensos sacos, andei mais, mas menos carregada. Adaptação e resiliência.

Arrumar faz bem ao cérebro

 


Passei toda a manhã a arrumar armários de loiça, fotografias, talheres, enfim, colocar tudo no sítio porque o Natal se aproxima e necessito saber onde encontrar tudo o que necessito. 

Ontem as costas lembravam-me que tinha de descansar e foi o que fiz. Hoje acordei sem dor e com a ajuda do sol que entra pelas sacadas, a  vida torna-se mais cor de rosa. 

Falta-me uma vela! Amanhã  tenho de ir à loja para ver se a encontro ainda na cor que quero. 

Fixar, com pormenor, as decorações das mesas de 24 e as de 25 que serão diferentes.

Continuar a actualizar as minhas listas. Modificar a disposição dos móveis para que fiquem confortáveis  e as crianças (seis) possam brincar em segurança. 

A importância disto tudo? Que as minhas netas e sobrinhos netos se recordem, mais tarde, dos meus Natais.



sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

As netas, o sol da minha vida

 




Hoje foi a festa de Natal de neta mais velha. Tão, mas tão linda, em cima do palco com a sua voz doce e tão compenetrada do seu papel que, em muitos momentos, me vieram as lágrimas aos olhos. 

Um amor do mais profundo e ao mesmo tempo tão suave! Aqueles risos, as piadas, o modo como dizem as coisas enternecem-me! Para a semana há mais.

Vê-las crescer rodeadas pelo amor que todos lhes temos é tão pleno e tão gratificante! 

Parabéns querida neta Maria. A primeira. A que me ensinou a ternura de ser avó.