quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

A vida segue

 


Dia muito pardacento. Vou para o ginásio como tem de ser. Continuo a sentir as pernas a falharem quando me esforço muito, sinal de que não está tudo como antes. Mesmo sentindo isso, continuo a andar confiando que os  poucos músculos me conseguirão manter em pé.  Confiança e pouco medo é o necessário. 

Agarro a minha mente  a todos os assuntos que me possam trazer alívio e esperança. Ocupo cada minuto com tarefas que gosto de realizar. Programo os dias para que não sobre o vazio do tempo. 

Faço listas de tarefas, umas mais úteis que outras. Deixo de lado os momentos que gostava de viver mas que se tornaram uma quimera. 

Talvez um dia. 

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Sair de casa


 Por muito que custe, a recompensa é sempre muito boa. 

Saí com os meus pensamentos,  ouvindo boa música e quentinha dentro o meu carro. Foi um dia bom de conversas e de mimo. 

Estar com quem nos compreende sem ser necessário falar. 

Almoçar em frente ao mar que estava enraivecido mas bonito. 

Hoje chove a cântaros. Tenho de sair para umas tantas tarefas. Decidi que vou fazer primeiro o almoço, almoçar e sair de seguida. Pode ser que esta neblina pardacenta levante um pouco. 

Aproveito e faço exercício cá em casa com os utensílios que tenho. Ontem andei muito e as costas não estão a 100%. Junto à noite, acendo a lareira e continuo nas minhas leituras. 

Se me apetecia estar todo o dia no sofá coberta com uma manta de lã? Apetecia muito mas não pode ser!


domingo, 7 de dezembro de 2025

Domingos com os meus pensamentos


 Emaranhados, machucados, que causam desconforto sem saber bem porquê. Vem depois o meu eu racional, pegar neles com cuidado e dividi-los por assuntos,  vendo os prós e os contras e tentando que o lado da balança penda para os prós. 

Vem à tona o meu lado calimero, a minha criança interior, os meus traumas escondidos de todos. 

Isto passa. Gostava de não ser assim! Gostava de ser leve,  de não sentir que sou injustiçada, de não ser mimada e aceitar as coisas como são. Fazer e dar o meu melhor e tudo bem. 

Hei-de chegar a esse paraíso mental um dia destes.💝

sábado, 6 de dezembro de 2025

Dia de mercado

 


Gosto de ir ao mercado semanal, sempre ruidoso e cheio de vida. Há muito tempo que não ia porque carregar os sacos até ao carro se torna penoso. Fui com a ideia de comprar apenas o que me faltava, nomeadamente beterrabas. Se alguém aqui há uns tempos me dissesse que eu iria amar este legume, eu daria uma gargalhada. Aqui estou eu a adorar beterraba cozida e tenrinha. 

Comprei legumes, duas grandes alfaces  roxas e um saco de coentros para lavar, secar  e ensacar para as minhas saladas misturada com coentros que eu adoro. Gosto desta reeducação alimentar. Preparar com amor e dedicação cada uma das refeições, saber o que se vai ingerir e  ter sempre em casa os ingredientes necessários desde o camarão até à dourada. 

Começo lentamente a voltar à vida depois de uma semana negra. 

Apetece-me fazer listas de compras o que já é sinal de que me começo a organizar. 

As tempestades passam mas o estrago fica. 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Há dias e dias maus

 


Hoje foi um dia mau. Muito mau mesmo. Momentos em que pomos tudo em causa e vêm ao de cima todas as nossas fragilidades. Questionamos o que fomos, o que somos e o que seremos. 

A solidão instala-se abruptamente. 

Muitas descobertas que se fazem e nos fazem questionar a vida e as escolhas feitas. 


quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Coisas que consigo

 


Consegui desbloquear a passagem da máquina de filmar para a TV de modo a poderem ser visionados os filmes antigos. A selecionar as cassetes dos momentos de festa e de criatividade com a família alargada. Vai ser muito engraçado. 

A remendar assuntos cá de casa que necessitavam imenso de intervenção. O  Oleg no seu melhor conseguiu resolver tudo numa tarde. Fiquei feliz. Recomendável a 100%. 

Fogão arranjado e forno novo comprado. 25 anos é um bom timing para um forno que foi muito usado. 

O Oleg vai voltar para o encastrar e fazer a ligação quando  for entregue. 

A fisioterapia acabou. Deram-me alta porque agora é mais proveitoso o ginásio para ganhar força e músculo. Gosto deste novo ginásio, com claridade e gente prestável. Vou sempre à hora do almoço para não ter de esperar por uma máquina sem gente. 

Ainda me custa a acreditar que não tenha músculo nenhum na coluna e nas pernas. A ressonância disse isso mas sempre me considerei uma mulher com força. Ainda a aceitar e a tentar melhorar. 

Menos 7 quilogramas. Uma boa resolução  para me aliviar o esforço das pernas e da coluna. Um grande caminho ainda pela frente. Com calma e sabedoria.

As árvores à volta da casa ficaram amarelo dourado. Daqui a uns dias ficam sem folhas e começa o Inverno. 

Pensar em encomendar lenha para a lareira. Tenho-a acendido todas as noite e sabe muito bem passar o serão a ler e a beber o meu chá. 

Tudo encomendado para o Natal. Listas de entradas e sobremesas alinhavadas. Falta começar a fazer a lista de ingredientes. Os que não se estragam vou comprar proximamente para evitar as multidões que me desgastam.

Os meus dias dentro das minhas limitações. Ontem encontrei uma amiga de longa data e foi bom poder filosofar com uma mulher inteligente e culta sobre isto que é envelhecer. 


sábado, 29 de novembro de 2025

Aliviar os dias

 


Ainda tenho dificuldade em transportar coisas pesadas. Divido sempre as compras por vários sacos e vou transportando escada acima com dificuldade. 

Por indicação de filho mais novo, estive a explorar o site garrafinhas.pt donde se encontra todo o tipo de bebidas. Algumas são escandalosamente caras mas pareceu-me que, das marcas que conheço do supermercado, até ficava mais barato. 

Encomendei espumante, com nome que não conhecia mas que filho mais novo diz ser muito bom. Aproveitei  para adquirir mais uns presentes irreverentes e pouco conhecidos. 

Feita a encomenda. Entrega à porta. Que maravilha!

O meu menino mais novo faz anos

 


Nasceu rapidamente, despachado como que com pressa de ver o mundo. 

Hoje festeja com a sua família em Amesterdão e eu fico muito feliz por ele. É enternecedor vê-lo como pai e sentir o amor que tão bem sabe demonstrar. 

Foi um longo caminho até aos 35! 

Lindo, amoroso, meigo, dedicado, com os sentimentos à flor da pele e que está sempre lá quando o necessito. 

Que a tua vida continue assim e saibas continuar a retirar dos dias os momentos que queres guardar para te fortalecerem  e te fazerem ainda mais feliz. 

Parabéns meu filho. Grande orgulho em ti!

A mãe

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Pouco para dizer

 


As minhas tarefas ultimamente resumem-se a exercício para recuperar a força nas pernas e começar a ser o que era antes das férias de Agosto. 

Há dias em que penso ser possível e depois há os outros dias em que penso que já nunca mais será igual.

Paralelamente, continuo aplicando a minha reeducação alimentar de modo a retirar peso tanto à coluna como às pernas. Está a correr bem. 

Existem depois todas as chatices do dia a dia, as irritações, a sensação de impotência, a falta de vontade de lutar. 

Planificar momentos que me tragam paz ou alheamento. Necessito de esta sozinha com a minha alma. Pensar sem ruido de fundo. Analisar friamente as situações.

Focar-me  em mim e nos meus problemas!

domingo, 23 de novembro de 2025

Agradecer

 


Temos tanto e valorizamos tão pouco. Ultimamente, tenho-me debruçado sobre este sentir e concluo que se começarmos o dia por agradecer o termos uma cama quente, um bom sono, termos acordado bem e à nossa espera, um sem número de projectos interessantes para concretizar e capacidade para isto tudo, temos mesmo de começar o dia por agradecer. 

Parece tudo tão gratuito mas não o é.   Basta ligar a TV e assistir a um noticiário. 

Vivemos num mundo de exageros, de consumismo extremo aproveitando a facilidade das compras online entregues à porta sem necessidade de deslocação. É necessário travar e pensar. 

Só compro se pensar muito antes: eu necessito isto? Faz alguma diferença na minha vida? Se não faz, fica onde está. 

Voltar pouco a pouco aos idos anos 70 e 80 e à casa da mãe. Retirar exemplos de vida que cada vez fazem mais sentido. Sustentabilidade necessita-se.