quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Livros incríveis


 Este livro não se lê, devora-se. Há já algum tempo que o título e a crítica me tinham chamado a atenção. Na minha prática lectiva dos últimos anos constacto que os alunos dominam muito pouco as lides digitais, retirando evidentemente os jogos e as redes sociais. Basta passar pelos corredores em horas de intervalo para perceber que todos jogam utilizando os seus apetrechados aparelhos e são exímios a tirar fotos caricatas aos colegas em situações embaraçosas. Edição de fotografia? O que será isso?

Quando se pede uma abordagem mais investigativa,  ou algo mais elaborado, a maioria nem conhece de que se fala. Não nasci na era digital mas todos estes anos, em inúmeras acções de formação fui actualizando as minhas competências e aplicando em sala de aula, com algum êxito, o que fui aprendendo. Muitas vezes a ajuda vinha de fora quando em face de um concurso externo lançado por uma grande farmacêutica internacional nos deparámos, eu e os meus alunos, com outras necessidades e lá fomos aprendendo uns com os outros. 

A partir daquela altura, as apresentações orais passaram a incluir infográficos mas antes, estudámos em conjunto, o modo de o tornar mais atraente  incluindo toda a informação científica pedida. 

Em Florença, durante uma semana, tive a oportunidade de poder selecionar uma série de aplicações para o ensino das ciências, simplesmente incríveis. 

Não quer isto dizer que eu centre, ou alguma vez centrei, as minhas aulas no digital. A relação pedagógica é fulcral para a aprendizagem. A emoção, a dúvida, a pergunta na hora certa, a explicação simples que chega, a história paralela que ajuda na compreensão, tudo é importante. Muitas vezes, muitos anos depois, o aluno lembra-se destes episódios inerentes a uma relação pedagógica ( a professora disse isto, disse aquilo,...).

Para quem, como eu, gosta de alunos, o digital tem uma função muito bem definida mas nunca será o centro. 

E um dia, pegas num livro, começas a ler e está lá tudo muito bem escrito. Tudo aquilo que tu pensas alguém diz por ti com estudos como base e fundamento científico. 

Fiquei feliz!

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