quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Conforto mental

 




Os mais novos não percebem a razão de eu ter tantos pratos, copos, talheres, enfim, de tudo um pouco.

Não sabem é que quando faço mesas iguais a estas estão sentados comigo os meus ente queridos. Vêm à memória os cheiros da cozinha e do fogão de lenha, vejo a galinha dourada com manteiga, os empadões dourados pelas gemas, sinto o cheiro dos armários de onde cerimoniosamente se retiravam os pratos verdes das grandes ocasiões. Eram todos iguais naqueles tempos e eu fiquei com uns quantos. Gosto de os misturar e relembrar esses tempos de meninice. Ocupam espaço nos armários, não têm grande valor, mas para mim têm o valor da família, do amor e de uma vida inteira e isso basta-me!

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