Por muitos anos passei estes dias a fazer filhoses (como se diz na Beira Alta) para oferecer aos amigos.
Com o tempo fui apagando esta tradição principalmente desde que a minha mãe faleceu. Era a receita dela e o ritual dela e parecia que estava, não a continuar a tradição, mas a trair a sua memória.
Todos os Natais me apetece meter a mão na massa, literalmente. Hoje vou comprar os ingredientes e fazer uns quantos pratos de filhoses com que quero presentear quem me ajudou durante estes últimos tempos. Podem ter sido gestos muito simples mas que me tocaram pela incapacidade e carência que sentia.
Sobremesa rústica mas que me fala tanto de mim lá atrás, das minhas raízes, de intimidade, de festa e de alegria.

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