quarta-feira, 14 de maio de 2025

A ansiedade e eu

 


Tenho feito umas aulas em que vou substituir professores em falta e tenho tido com os alunos conversas muito interessantes.

Ressalta a grande ansiedade em que alguns alunos (cada vez em maior número) vivem. Apresentam até sintomas físicos que os atormentam. 

Quando era mais nova, pela altura em que tinha os filhos pequenos e vivia em grande stress, também tive ansiedade e grandes ataques de pânico. Normalmente aconteciam fora de casa em locais grandes e em que eu sentia que ia cair ali desamparada e morreria. Quando estava com os filhos, o medo de que me acontecesse algo e eles ficassem ali a olhar para mim piorava as coisas. Nunca tratei o assunto com psiquiatras ou psicólogos. Valeu-me o facto de a minha grade amiga de sempre ser uma grande psicóloga na  área da terapia cognitivo comportamental. 

Quando isto me acontecia telefonava-lhe! E ela do outro lado: visualiza lá o que vai acontecer! E eu relatava caídas e desmaios nos corredores dos supermercados. E ela, muito calma:

Mas se isso acontecer, alguém te vai ver lá deitada, chama a ambulância que te  leva para o hospital onde te tratarão! E só esta ideia me acalmava, vá-se lá saber porquê! Colocar-me na situação e ver uma solução ainda hoje resulta embora já não tenha ataques de pânico e a ansiedade já esteja controlada. 

Fornecer aos jovens ferramentas de controle destes picos de ansiedade é fundamental! Ficam para a vida quando lá mais para a frente, os desafios sejam maiores e os dias mais solitários. 

A reter!

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