domingo, 29 de junho de 2025

Coisas que sentes


 Percebes que estás a envelhecer quando tens uma vontade enorme de sair de casa, fazer coisas de que gostas, tomar café, comprar uma revista, ver as novidades, e olhas lá para fora, sentes o intenso calor e desistes!

Aqui há muitos anos, em Coimbra, eu ficava com os sapatos meio colados ao alcatrão a derreter!

Agora é isto! Medo do calor! Talvez só receio!

sábado, 28 de junho de 2025

Continuação

 


Um pai super zangado: Faz algum sentido emprestar os livros aos alunos e eles não poderem escrever neles?

Podem escrever no caderno diário ou usar post-its transparentes.

Não faz sentido. Eles escrevem nos livros e o estado compra outros para o ano seguinte!

Pois está claro! Pagamos todos, meu senhor, pagamos todos! 

Um livro que tinha o friso cronológico todo rasgado e que não se podia ler.

Só por isso vou ter de pagar o livro? 

Como está a ver o aluno que ficasse com este livro  não podia estudar o friso.

Acha que alguém vai estudar isso?

Chegam depois os pais e mães que mandaram os filhos e filhas apagar os livros e vem tudo escrito.

Eu mandei limpar. 

E não verificou?

Não. Não é meu costume! 

Nem livros, nem estudo, nem cadernos  nem actividades, nada desta vida. (digo eu)

Outro pai chega com os livros todos escritos..

Eu, apagar livros? Mas não estão aqui para isso? (Como disse?)

Não meu senhor. Eu sou professora. O meu trabalho é verificar. O seu trabalho é manter os livros que foram emprestados ao seu filho em boas condições!

...

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Coisas cómicas que se ouvem

 


Há uma semana a verificar o estado dos livros que se entregam depois de um ano lectivo e já tenho conteúdo para um livro!!

Um pai, depois de duas horas e uma borracha gasta a apagar os livros todos que o filho escreveu, resolve telefonar :

- Olha o teu filho que disse que apagou tudo, não apagou nada e ainda por cima sabia que não se podia escrever nos livros emprestados! Deixa-me chegar a casa...

Eu, se fosse o filho, saía a correr!

Uma menina já bem crescidinha entrega apenas três livros do 7ºano (todos escritos e em mau estado).

 E os restantes?

 Não tenho!

Não te entregaram os outos?

Não porque fui penalizada no 6º ano. ( Tradução: tinha os livros de tal forma estragados que não teve direito a nova entrega no ano seguinte, tendo de os comprar. O que não fez.)

-Estiveste todo o ano só com três livros?

Sim!!

Passaste de ano?

Sim, claro!

Continua nos próximos capítulos.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Por falar em alojamentos locais


 Cada vez mais o governo pede documentos, evidências, taxas, etc, etc. Antes de fazer cada procedimento, tenho de me mentalizar e pensar duas vezes se valerá a pena continuar. 

Finalmente, tenho a chave móvel digital e já consegui enviar para a plataforma  "Gov.pt" o recibo do seguro de responsabilidade civil.  Ufa. Depois de um dia intenso de trabalho este tipo de tarefas cansa-me.

Para além disso, ainda tenho de mensalmente entrar no site da Câmara Municipal e declarar o número de hóspedes que tive em casa com mais e menos de 13 anos. O site elabora o pagamento e, por transferência bancária, pago a taxa municipal. 

São tantas variáveis que até tenho receio de me esquecer de algo. Vistorias várias, mudanças, modernizar o espaço, criar condições para umas férias perfeitas. 

Por vezes, dá-me vontade de desistir de tudo. De fechar a casa e esperar que o sol brilhe para eu desfrutar. O problema é que, ainda a trabalhar, o tempo não sobra e estamos em tempos de aprender a valorizar o património e não baixar os braços. 

Sou filha de um grande negociante. Ele nunca desistiria. Vamos lá então aos desafios que se apresentam!!

Não há benefícios sem trabalho

 


A não ser que meta corrupção! 

Como não é o caso, uma reserva de última hora atrapalhou toda a minha rotina da manhã. Jardineiro, limpeza, coisas a fazer, quase
tudo  tratado na totalidade. O mais fácil seria dizer que não mas essa hipótese era impossível, então houve que aceitar e providenciar.

Quase tudo tratado. Neste momento este stress não era necessário mas a vida é mesmo assim!

Venham lá então os hóspedes!

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Mais um murro no peito

 


Quando se passa dos sessenta, sempre que se vai a um médico, encontra-se sempre alguma mazela com que não se estava a contar.

Mesmo sendo com pessoas queridas do meu coração o murro é igual e ontem foi noite para não dormir bem. Acordei mais descansada.  Um dia de cada vez que isto das doenças que podem evoluir ou não, nunca se sabe e até pode ser que não façam muita mossa. Foi prazeroso saber, em conversa informal, que eu também já tinha algumas alterações mas que desde 2022 até agora não tinham evoluído. Vamos lá então aos suplementos, que por sinal estavam esgotados,  e esperar que continuem inalteradas.  

Quem procura, encontra! É o que temos. P*** da  idade!

terça-feira, 24 de junho de 2025

Coisas que sinto

 


Tem sido assim desde há muitos anos! Tenho medo dos anos terminados em 0 ou 5. Em todos eles, nos últimos 20 anos, houve acontecimentos que marcaram fortemente a minha vida para pior. 

Neste início de ano, nem quis festejar. Estava com medo. Termina em 5. 

Não têm sido fáceis estes últimos tempos. Por muitos e variados motivos. 

Como eu sempre disse e penso, não são os acontecimentos bons que nos mudam ou fazem progredir. São os momentos maus que nos põem no sítio e nos dão clareza para ver tudo como é e não como pensamos ou nos iludimos que seja. 

Aqui estou em mais uma época dessas em que tudo muda e os meus olhos se abrem para a realidade do presente e do futuro. 

Escusava-se  isto, 2025!

domingo, 22 de junho de 2025

Acreditar em anjos da guarda ou ser apenas optimista

 


Em situações de difícil resolução tendo a manter a calma, a pensar várias hipóteses e a dar tempo a que o meu anjo da guarda arranje a melhor solução.

Pelo meio, apresentam-se soluções que sabemos que não são as certas porque não nos trazem paz, nem descanso. Continuamos a tentar, a telefonar e a apanhar desilusões. De repente, aparece a solução certa. A que nos deixa em paz, a ideal que considerávamos não ser possível. 

Uma paz imensa desceu sobre mim. Vai correr bem.

Obrigada anjo da guarda. Nunca me falhas!

Pensando na casa dos pais


 "Em espírito, pelo menos, todos os Machado Vaz se sentiram e riram à volta daquela mesa, cañas, estórias e projectos em punho. Nada me dá mais prazer, sou um Outono, rodeado por Verões e Primaveras. Melhor ou pior, fiz o meu papel- ser um apeadeiro ou gavinha para o crescimento da tribo.

Nunca uma obrigação foi cumprida com tanto gozo."

in Outonecer - Júlio  Machado Vaz

sexta-feira, 20 de junho de 2025

Comprei-o esta manhã e já vou a meio

 


Gosto de ler. De tudo um pouco. A única condição: estar bem escrito. 

Gosto desta personagem e ainda mais do seu amigo Sobrinho Simões. Ouvi-los em dueto, como já aconteceu, é um prazer para os sentidos! Tudo tem conteúdo, dito com graça, humor e uma  inteligência que me fascina imenso. 

Gosto da inteligência. Gosto de homens inteligentes, brilhantes, que riem de si próprios e das suas incapacidades sabendo, de antemão, que não existe a perfeição mas eles tentam todos os dias, de uma forma lúcida e contida tornarem-se eternos pelo que são. 

Fala-nos o livro do Outonecer! Tão certo, tão poético e tão cruel, ao mesmo tempo. 

A acabar de ler ainda este serão. 


quinta-feira, 19 de junho de 2025

A importância das listagens

 


Desde muito nova que as faço. Acalma-me a mente saber que não me vou esquecer de nada importante e  que tenho tudo sob controle. Agora com o telemóvel, costumo encher a caixa de tarefas, todas organizadas por datas, com cores diferentes e vou colocando  sinais de que já está concluída a tarefa. 

Neste momento a começar duas novas listas ou por outra, três listas: uma dos aspectos a verificar nas limpezas profissionais da casa de praia desde a gaveta dos talheres, à limpeza dos copos e das gavetas do congelador, verificar o mobiliário do jardim e a limpeza do grelhador e por aí fora.

Outra é a das refeições e compras a fazer cá  para casa  para serem consumidas quando eu não estiver. 

Outra sobre as tarefas que quem me vem substituir tem de fazer, como e em que horário. 

Fico mais descansada  e tudo correrá melhor!

A tentar adiar

 


Sabem quando têm um assunto a resolver mas que ainda não está bem resolvido em termos mentais e começam a adiar a resolução, o início da acção, inventando mil desculpas porque não sabem muito bem quais vão ser as consequências? 

Assim estou eu. Cheia de números de telefone, de possibilidades mas tentando encontrar um novo caminho que não existe e a minha mente se recusa a aceitar isso.

E o tempo escoa-se e eu penso ainda ter tempo e adio porque não sei o que fazer. Sei que não posso deixar de resolver mas não sei como o fazer. 

É isto. Já não é pouco. 

terça-feira, 17 de junho de 2025

Na reconstrução da vida


 De tempos a tempos, há que afinar, redefinir, projectar novos objectivos de acordo com a situação actual. Estou nesta fase, com grande amargura mas com a necessidade de que tudo se faça bem e com qualidade. 

A vida não pára. Tudo está sempre em grande mudança e, muitas das vezes, não é para melhor. 

Aproveitar o que nos resta, redefinir e seguir em frente. Já vi este filme, já sofri com ele e vou voltar novamente ao replay. A testar-me. A mim e à minha capacidade de superação. 

domingo, 15 de junho de 2025

Coisas ainda por realizar

 


Ando há imenso tempo para me inscrever num curso de fotografia muito completo. Adoro fotos de comida, de objectos, de perspectivas diferentes. As redes sociais incrementaram o meu gosto que já vem de longe. Muita coisa já aprendi sozinha, experimentando e testando. 

Confesso que quando mudo de telemóvel a única característica que me importa é o número de câmaras e a definição. A pensar se valerá a pena comprar uma máquina a sério mas, nos dias que correm, já não se justificará. 

Descobri por mim que quando tiramos uma foto, se nos concentrarmos  em momentos felizes da nossa vida em modo fotográfico, se pensarmos em como nos sentimos felizes nesses momentos a expressão do rosto mudará e a beleza interior de paz e felicidade virá ao de cima. Já faço isto há muitos anos!!

 O engraçado? Li esta dica ontem dada por uma fotógrafa de renome! 

Tenho mesmo de começar o curso!

sábado, 14 de junho de 2025

Coisas engraçadas


 No r/c da minha casa há um cabeleireiro que eu frequento há anos. Primeiramente noutro local e quando se deslocou para aqui foi a alegria total. Sou viciada em cabeleireiros, tintas, penteados, novos produtos e por aí adiante. 

Sabia que tinha o cabelo a meter nojo! Hoje telefonei para lá para saber se tinham vaga o que nunca acontece aos sábados! Resposta pronta:

-Venha, venha que nós arranjamos. Cada vez que passa aqui em frente, nós  lamentamos o estado do seu cabelo!

Lá fui. Super queridas. Novo corte, pintura e saí  um pouco mais nova. Estava mesmo horrível ao ponto de já ter vergonha de andar na rua mas estas últimas semanas foram de doidos, sem tempo livre, sem disposição, alguma depressão e doença à mistura. Tudo a ir ao sítio. Como quase sempre!

O nosso cérebro é um órgão extraordinário!

A Matemática

 


No tempo da pandemia, tinha uma turma do 9º ano à qual pertencia uma aluna com algumas dificuldades mas com uma grande vontade de superação. Tinha alguns pontos fortes na área do audiovisual que até me surpreenderam. A Matemática falhava ali um bocado e eu, com directora de turma dizia-lhe sempre o mesmo: a Matemática faz parte da vida. Tudo é Matemática!

Ontem, numa caixa de supermercado encontrei-a. Sorridente, atarefada e a querer fazer bem feito. E Então? como te estás a sair?

- A professora tinha razão! A Matemática está em tudo. Isto é só Matemática! Riu-se e continuou para outro cliente.

Fiquei a pensar nela toda a tarde. Conselhos, ditos, abordagens, que anos mais tarde fazem todo sentido no lado mais prático e real da vida de cada aluno.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

País que não se entende

 

querido pai

Hoje, decorreu o julgamento de um ladrão que há mais de 17 anos assaltou de uma forma vil e desumana o meu pai. Naquela altura, vi-o sofrer imenso com o caso. Não eram assaltos comuns. Fazia-se passar por um parente afastado e, conversa puxa conversa, arrastava as pessoas idosas até casa onde lhes pedia algum dinheiro emprestado. Quando percebia que o tinha, depressa lho tiravam da mão e fugia. Foi o que aconteceu. O pai sofreu não só pelo roubo mas por se ter deixado ludibriar. O mesmo me aconteceria a mim. Perante a foto do individuo, reconheceu-o logo.  Viemos a saber que a polícia o conhecia e que naquela altura atacava no bairro dos Olivais em Coimbra, mas que quando começasse a ser notado se deslocaria para outro ponto do país onde continuava o esquema de roubo, muitas das vezes com a ajuda do filho, para aprender o ofício e sempre conduzindo grandes carros. 

Passados17 anos (!!!) foi julgado hoje. Daqui a uns dias saber-se-á o resultado.  Como testemunhas apenas os filhos dos lesados porque os que sofreram já partiram. Triste, muito triste. 

Num tempo de internet, comunicações ao segundo, todos os meios ao alcance  como se deixa um individuo roubar pessoas idosas durante tantos anos, com variadíssimas queixas na policia, em diferentes locais do país, com um esquema parecidíssimo em todos eles, com desenhos e fotografias do ladrão,  sem lhe montar um cerco, sem ser vigiado, sem nenhuma pena?

Revolta pelo país que deixa andar  e pena pelo sofrimento sem remédio do pai. 

terça-feira, 10 de junho de 2025

Conseguir fazer de conta que se é burra

 




Pensava eu que com a minha idade já conseguiria escolher muito bem o que me afecta e o que não me diz respeito e, por tal facto, não me aborrece.  Ainda não capaz de tal feito!

Quando tentam fazer de mim um ser que não percebe, não entende as intenções, se deixa levar por argumentos contrários ao meu modo de ser e de viver, evidenciando até um certo mau fundo,  fico possessa. Não digo nada porque não vale a pena! Nada muda!! Uma fina irritação  toma conta de mim!

Se há alguém que topa a grande  distância, intenções, desculpas, egoísmos, tudo embrulhado em papel de seda, sou eu mesma! Não tentem comigo, por favor!! Sejam directos e sinceros!

Obrigada!

Ontem a minha mãe fazia anos! Ainda faz?


 Era um dia à volta da mesa, com os filhos e netos juntos e ela feliz! É desses aniversários que me quero lembrar e não dos últimos onde a mente já vagueava por outras paragens. 

Era um dia importante no calendário, o aniversário da mãe. Um dia, ela deu a entender que gostaria de ter um globo terrestre para se entreter a observar o mundo e eu ofereci-lhe um, que iluminado deixava ver com clareza todos os lugares onde nunca foi mas gostaria de saber onde se situavam. Era curiosa a minha mãe!

Tenho-o aqui comigo para também eu poder observar os sítios onde nunca irei! 

Parabéns querida mãe!! Os dias sem ti são terríveis. O dias contigo fazem-me muita falta.!

domingo, 8 de junho de 2025

Os olhos enchem-se de água

 


Quando olho para esta foto, durante algum tempo, o meu coração enche-se de saudade destes tempos de Verão, Europa fora, filhos pequenos, trabalhos vários mas a sensação de família em construção superava tudo. Aqui estão os meus tesouros, nos Alpes, sérios, olhando em frente como se olhassem o futuro! 

O mais velho fez destas montanhas a sua segunda casa. 

 Nunca mais lá voltei. Qualquer coisa nesta foto me lembra um futuro e um passado que se cruzam, um emaranhado de sentimentos bons quando a vida era mais fácil e mais previsível. 

Tudo se tornou mais difícil, tenho menos paciência, menos ingenuidade, aprendi muita coisa que naquela altura não sabia e voltar atrás, faz-me lembrar como eu era e como foi criar dois homens maravilhosos aqui sentadinhos, sérios, olhando sempre em frente.

A rasar a desistência

 


Hoje acordei assim. Tanto dá que vá para um lado como que vá para o outro, que aconteça isto, aquilo ou outra coisa qualquer. Dominar a mania que tenho  de dar a minha opinião. Centrar-me no que me apetece. Não me querem ouvir, inventam,  fazem o que lhes apetece. Que é que posso fazer além de me irritar até ao limite?

 Quase, quase a desistir de mudar o que quer que seja. O rio corre para o mar. Sempre!

Por vezes, tenho a sensação que conseguiria mudar o rumo das águas mas a sua força, por vezes negativa, leva tudo na frente. 

Não contrariar, não dizer não, limitar a minha acção áquilo que deseja. 

A vida já me ensinou que todas as minhas mortificações foram em vão!! Os dias no seu melhor. As ensinadelas da vida  no auge!!

sábado, 7 de junho de 2025

A minha irmã faz anos

 


Muito poucos anos não estive com ela neste dia! 

Minha alma gémea, minha companheira de risos e de piadas,  minha confidente para tudo o que não conto a mais ninguém, minha ternura em gestos e carinho, meu amparo nos bons e maus momentos, minha motivadora quando os dias se tornam cinzentos, minha conselheira sábia nas situações delicadas  que te conto e em que tens sempre o conselho certo, as palavras que encaixam e tudo se torna mais leve. Minha presença amiga em todos os momentos. Que seria de mim sem ti!

Amo-te tanto querida irmã!

Parabéns!

Mereces tudo o que há de bom no mundo! Pudesse eu dar-to!

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Notas soltas sobre educação.

 


Há já algum tempo que não tenho turmas inteiras para lecionar. Faço acompanhamento de alunos com dificuldades, em tutoria ou em apoio directo na disciplina de Matemática. Tenho umas horas em que posso substituir professores em falta e, algumas vezes, vou à sala de aula para estar com estas turmas. Normalmente são do 3º ciclo!

Nunca me recuso a ir, e vou-me encostando à secretária para não estar tanto tempo em cima do pé o que me provoca dor. 

Que conclusões tiro destas aulas? Aterradoras!

Os alunos (não todos) têm comportamentos que há uns anos, não muitos, eram apenas das turmas de currículos alternativos, daqueles alunos, tão, tão desmotivados que necessitavam uma abordagem diferente para concluírem o 9º ano de escolaridade. Nestas turmas, são alunos normalíssimos de 12, 13 anos que consideram que dizer asneiras na aulas é banal, que conversarem uns com os outros de uma ponta da sala para a outra também, que rir do que a professora diz também é admissível, que jogar ao jogo da forca é o passatempo ideal para passar 50 minutos. São arrogantes, mal educados, não sabem estar em sala de aula e admitiram que não dão valor à aprendizagem, não estão ali para aprender e não se importam absolutamente nada com isso. Raia até a imbecilidade!! Considerando que não estou perante uma turma de alunos com problemas diagnosticados, concluo que este será o ambiente das aulas ditas normais. Não sabem quem são os professores, não os conhecem pelo nome e, perante a minha estranheza, um deles respondeu que não é obrigado a saber o nome dos "profs".

Andam por ali umas alunas que me pareceu quererem aprender e progredir o que considero ser difícil neste ambiente perturbado de aula. 

Concluo que algo está a falhar na educação destes jovens mas não da responsabilidade da Escola. Com tantos anos de ensino sei diferenciar o que é "garotice" do que é ser intrinsecamente mal educado, sem valores, sem regras e sem atenção por parte da família. Crescem como ervas daninhas, de actividade em actividade, preenchendo tempos que deveriam ser de calma e de sossego em família para que a alma e os valores familiares também crescessem ao mesmo tempo que os músculos e a má educação. Tal, não está a acontecer!

Muita apreensão! 


Como eu gostaria de ser recordada pelas minhas netas!

 


Minha avó era tão engraçada  e sempre trazia algo com ela para nós, fosse feito por ela ou comprado. Não tinha muito jeito para as artes mas procurava e tentava imitar para nós. Fazia atividades connosco que tinha guardadas no seu telemóvel, como desenhar animais a partir de algarismos ou pintar com lápis especiais. 

Gostava de oferecer coisas educativas como fósseis ou minerais. Gostava  de ter tempo connosco e programava os dias para nos fazer surpresas boas como viajar no comboio de Natal, visitar museus, ou participar em actividades para crianças. 

Ela era interessada por tudo o que nos fizesse rir, divertir e aprender. Gostava de contar histórias de outros tempos especialmente de quando o meu pai era pequeno. Também gostava de nos oferecer livros que tivessem uma boa história e uma boa ilustração. Ela sabia o que nós gostávamos. 

Gostava de tirar fotos connosco no seu telemóvel e todas dizíamos "patanisca" enquanto a avó disparava. 

A avó estava sempre alegre quando estava connosco e tentava sempre dar um pedacinho de si a cada uma de nós.

Quando éramos pequeninas, ela cantava sempre a mesma canção para adormecermos e dormirmos a sesta no seu colo. 

domingo, 1 de junho de 2025

Começar a semana com um dia importante

 


A Clarinha faz 5 anos!! E como ela está linda, doce e querida!! Á medida que o tempo passa mais a personalidade da Clarinha, atenta ao pormenor, preocupada com os outros, meiguinha sem dar nas vistas, vem ao de cima. 

Um amor imenso por esta forma de ser que se deixa amar sem reservas e tem a alegria das almas boas!

Amanhã vou estar com ela e só isso já é suficiente para enfrentar todos os obstáculos até chegar.

Parabéns querida neta!!

sábado, 31 de maio de 2025

Ainda sobre as urgências do SNS


 Há algum tempo recorri às urgências com cara metade. Verificou-se que o valor da glicose estava muito alto. Chegou a enfermeira para atalhar o problema e a primeira pergunta saiu:

- Sabe ler?

-Como assim? Ler o quê? Outra língua? Algo difícil?

Afinal era mesmo ler, juntar sílabas e soletrar palavras!

Pensem comigo: estamos no século XXI e não temos aspecto de super velhos. Considero que também não temos aspecto de alguém que não andou na escola e não tem a escolaridade obrigatória. A minha avó, nascida em 1894 sabia ler e escrever correctamente! Todas as primas delas foram à mestra porque ainda não havia escola formalizada. Uma das primas da avó foi a minha professora do 1º ciclo!

O que teria levado a enfermeira a fazer esta pergunta? Sarcasmo? Falta de inteligência emocional? Vontade de aborrecer o doente e a família? Na altura deu-me para rir, mas pensando bem, penso que é grave!

Cara metade foi professor de Português e de Latim durante 37 anos numa das escolas da cidade e eu professora de CN e Matemática noutra escola do mesmo local. Tantos e tantos alunos que passaram por nós, nos lembram por algo que dissemos, ensinámos, estivemos com eles quando a fragilidade vinha à tona. Anos e anos de bem fazer que acabam numa sala de urgências?

- Sabe ler? 

- Não. Sei ensinar! A si e a muitas como a senhora. 


Está sol, não me dói nada e há imensas tarefas para realizar.

 


É assim que começo o fim de semana. Ontem, foi um dia comprido e com muito calor a dificultar tudo. Fui levar o carro à lavagem porque, sendo preto, já parecia branco! Pedi para me aspirarem os bancos da frente. Cheguei a tempo! A empregada informou que aquela aspiradela ficaria por 13 euros, o mesmo que aspirar o carro todo. Não tive dúvidas. Não aspirou, coloquei uma moeda de 50 cêntimos na máquina e fiz eu a limpeza. Perfeito. Embolsei 12,50 euros. É necessário olho fino para esta sociedade oportunista!

Dormi um pouco ao final da tarde e fiquei pronta para nova ronda de tarefas.  Marcação de exames médicos, recolha de sangue e por aí adiante. Tudo programado para a próxima semana. 

Pelo meio, ainda tempo de fazer umas compras de objectos que me faziam imensa falta. Mentira! Foi só porque a minha mente necessitava!  Andamos cá tão pouco tempo que não há necessidade de nos andarmos sempre a contrariar. Fazer o que nos dá na "real gana" como dizia avó querida.

Com a necessidade urgente de aventura, ir por aí fora, sem destino nem tempo! Necessidade grande que isto de se sentir a envelhecer nos dá a clareza suficiente para perceber  que o tempo escasseia!

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Dias de hospitais, consultas e afins

 


Descobrir o que já estava descoberto. O SNS já não dá resposta. Durante anos, fui uma das grandes defensora do sistema. Sempre defendi o atendimento, o bem fazer e o bem resolver.  Depois, muitos e muitos médicos e enfermeiros foram para a reforma. Vieram uns novos que não conheço mas de que oiço ecos nada favoráveis. Decidi mudar o meu atendimento rotineiro para uma médica, antiga aluna, que é de uma eficiência e bem fazer invejável. De salientar que pago o mesmo que no Centro de Saúde porque a clinica tem acordo com o meu sistema de saúde. 

Nas urgências do hospital,  atendimento deficiente que, não dando resposta, nos obrigou a rumar a um hospital privado, em Lisboa. Esta estadia de um dia e uma noite fizeram-me pensar em várias questões:

- Quem não se tem capacidade para pagar 250 euros aos bombeiros, como ficamos? Morremos? Fazemos o que a médica do SNS disse: vá para casa e volte daqui a 2 dias se não estiver melhor. O pagamento do privado também tem em conta o seguro de saúde ou outro convénio qualquer. Quem não tem? Morre?

- O acesso à saúde (a sério e não a fazer de conta) não seria uma prioridade numa democracia consolidada?

Tenho medo de ficar doente com uma doença grave! Daquelas doenças em que és atendido logo, ou  se esperares muito tempo, tens grande possibilidade de não te salvares. 

Tenho medo que o meu país fique como o país do Trump onde se morre por não ter dinheiro e não é sinónimo de  ser pobre. É só necessário ser de classe média e ter uma doença muito prolongada. 

Coisas que me angustiam!

Bom fim de semana!

terça-feira, 20 de maio de 2025

Há dias em que é melhor estar calada

 


Sempre fui assim. Grande escritora em tempos bons e ruidosos e muda e calada em tempos em que havia necessidade de recolhimento e de estar comigo própria sem que nada nem ninguém interferissem com o meu sentir menos positivo. 

Estamos assim neste dia em que há sol. Equacionando e pensando sem vontade de partilha e com uma vontade enorme de me deitar numa cama e adormecer sem pensar em mais nada. 

Vai passar mas a carga é grande e pesada!

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Tempos egoístas


Há tempos comentava com uma amiga que já ninguém ajuda ninguém a propósito de alguém da família dela que não tinha tido ajuda de ninguém no meio de uma rua movimentada. Instalou-se uma desconfiança, um egoísmo, um deixa andar  em que cada um vive para si e, muitas das vezes, nem para os seus. 
Aquando da queda de cara metade foi visível o invisível que se torna uma pessoa caída num passeio! Teve dificuldade em se levantar, sentou-se num muro e muitos passaram e ninguém disse nada mesmo com o sofrimento visível. Valeu-lhe a Tina, funcionária da Escola há longos anos que o socorreu, chamou a ambulância, telefonou-me e só arrancou dali quando tudo estava encaminhado. A Tina que viu crescer os meus filhos, os amparou enquanto por ali andavam nas lides desportivas e de quem tantos alunos têm saudades pelo ser precioso que é. 
Precisamos mais humanismo e mais Tinas nas ruas desta vida!

Pensar o melhor. Sempre!

 


5ª feira à tarde, cara metade caiu na rua. Eu não estava em casa. Ambulância e hospital de Abrantes. Acabei o dia com ele no hospital. Nada partido e voltar para casa, dorido e quase sem poder andar. Foram três dias em que todos os cenários me passaram pela cabeça, tentando alinhar soluções para cada um deles mas tentando sempre focar no mais positivo. 

Hoje, está melhor. As muletas ainda são necessárias mas uma certa autonomia já é visível. Dar tempo ao tempo, não stressar, fazer o que tem de ser feito e esperar  o melhor.

Se não for o caso, ter soluções alternativas para cada problema que vai surgindo. 

A vida no seu melhor!

domingo, 18 de maio de 2025

Com o cérebro sempre a mil


Aqui, na minha sala grande e ensolarada com que tanto sonhei, olhando as tílias que abanam lá fora e o Verão que se anuncia.  Múltiplas imagens do tempo que vivi assomam à memória. 

Tenho, por vezes, a ideia de que sou muitas almas no mesmo corpo, com experiências tão díspares que me fazem ter um olhar diferente perante as coisas e a vida. Penso que é uma boa perspectiva!

Este tempo, lembra-me as alvoradas no campo, nos dias de malha. Comecei por assistir ao malhar do centeio nas eiras de granito à força de braços e dos manguais até virem  os tratores que colocavam palha para um lado e grão para o outro facilitando o trabalho. Pelo calor, o trabalho era mais difícil e procurava-se a penumbra da madrugada. Por aquele tempo, ajudavam-se uns aos outros, amigos, tios e primos. Era uma comunidade de trabalho mas também de muita amizade e compreensão.

Naquele tempo, não sabia nem imaginava que iria estar aqui, no conforto da minha sala, tantos anos depois a pensar no modo como todas essas vivências contribuíram para o meu optimismo, a minha realização enquanto ser humano e para o meu modo de ver o mundo, que é tão ridículo, por vezes!

Poucas coisas me abalam. Sei que consigo seguir em frente, porque aprendi, lá atrás que sou capaz de quase tudo. Apesar do calor, dos braços a doer, do corpo moído, da fraca vontade, da força que vinha da família, do arregaçar as mangas e seguir. Sei fazer quase tudo na área da agricultura. Não me diminui em nada. Ajudou-me  muito na minha profissão. 

 Não gostaria nada de ser um ser amorfo, criado em nuvens de algodão e que não percebe nada da vida e das coisas que vão acontecendo.  São os coitadinhos!! Os que nunca estão contentes e querem sempre aquilo que não têm. Nutro até um certo desprezo por estes seres!! 

Feliz com o que sou!! Conquistado com a ajuda preciosa da família, muito trabalho, algum sacrifício, muita resiliência, muita aprendizagem, muito foco e também alguma sorte  como dizia querido pai.

sábado, 17 de maio de 2025

Coisas terríveis acontecem

 


Ontem estive a assistir à descrição da tortura de uma mulher, durante 25 anos(!!) pelo alegado marido com quem teve uma filha! Mulher bonita, simpática, com um sorriso lindo! 

Fiquei muito  angustiada com tanto abuso, tanto sofrimento, tanta maldade daquele ser perturbado (ou não) que acabou numa amputação de um dos dedos desta mulher, a sangue frio.  Aqui perto, em Tomar!

Ela disse que disfarçou durante anos perante todos. A tal história que nos ensinam do disfarce e do bem parecer e que nos pode matar. Ficou sem dinheiro, fez terapia, cresceu-lhe o cabelo, mas nem sequer consigo imaginar como recuperou a alma ou se algum dia  recuperará. 

Grande coragem ter contado. É sinal de que o bem parecer deixou de ser o mais importante. Se ajudar mais alguma mulher a sair deste estado insalubre já foi justificado. 

Ficou aliviada quando ele foi preso durante 17 anos mas diz que ainda o vê ao volante dos camiões de longo curso e que deveria estar preso mais tempo! Este vai ser o seu tempo de liberdade. E depois? Voltará o medo e a insegurança de que algo possa acontecer? Voltará o terror de passar novamente por tudo? 

E a nossa justiça? Como se lembrará do caso daqui a 17 anos? Será que esqueceu entretanto e ela ficará à mercê deste homem que quererá vingança e destilar o ódio que entretanto cresceu dentro das grades?

Há teorias que falam na força do mal. Se ela existe está patente através deste monstro.

A importância do cuidado

 


Há dias em que não me apetece arranjar, maquilhar, sair de casa. Péssimo sinal para mim! 

Há que contrariar imediatamente. Devagarinho, começar a sair desta terra sem nome chamada tristeza, que suga toda a energia. 

Já me foquei mais do que agora. Já investi mais na minha aparência e tenho consciência disso. Para quem tinha uma parte do armário cheia de sapatos lindos e agora só poder usar uns ténis de boca larga que são os únicos que não me fazem dor no pé, é algo desanimador. Coisas que temos de ir aceitando. Há bem pior!

Começa por estes dias a nova ronda de exames médicos que, como se prevê, vai ser agradável ! Bahh!

A desmotivação é tramada. Tanta coisa que me apetecia fazer neste dia de sol! Tanta coisa! E aqui estou, frente ao computador, a realizar tarefas de escola e a desabafar online, só porque sim.

Tenho a minha vida às costas mas sinto que, na maioria das vezes, já custa manter-me em dia com tanta coisa. Para a frente, sempre para a frente! É a única maneira de continuar. Não há outra hipótese. 

Vou ali arranjar-me, maquilhar-me e começar o dia em grande. Mesmo que seja para ficar em casa!

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Dia da família

 


Um dia importante mas haverá algum que não  seja dia da família?

Dias de falar dos que já não estão mas que deixaram tudo o que foram connosco. Os ditos, as acções, as tradições, o melhor e o pior que se entranhou em cada um de nós e nos faz ser como somos. 

Dias de falar dos filhos, do amor grande por cada um deles, de rir e contar e tornar a contar e  rir com os ditos das netas. Dias de me emocionar com o amor delas e com a personalidade que cada uma delas revela.

Dias de agradecer a família que fui construindo e que cresceu à sombra de "árvores gigantes" que me ensinaram a importância dos gestos e a importância do ser.

Tudo ligado por laços de amor, de dedicação, alguma coragem, bondade, resiliência e alguma sorte.

Dias de percepção de tudo o que muda em mim com eles e por eles.

Muito grata à vida.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

A ansiedade e eu

 


Tenho feito umas aulas em que vou substituir professores em falta e tenho tido com os alunos conversas muito interessantes.

Ressalta a grande ansiedade em que alguns alunos (cada vez em maior número) vivem. Apresentam até sintomas físicos que os atormentam. 

Quando era mais nova, pela altura em que tinha os filhos pequenos e vivia em grande stress, também tive ansiedade e grandes ataques de pânico. Normalmente aconteciam fora de casa em locais grandes e em que eu sentia que ia cair ali desamparada e morreria. Quando estava com os filhos, o medo de que me acontecesse algo e eles ficassem ali a olhar para mim piorava as coisas. Nunca tratei o assunto com psiquiatras ou psicólogos. Valeu-me o facto de a minha grade amiga de sempre ser uma grande psicóloga na  área da terapia cognitivo comportamental. 

Quando isto me acontecia telefonava-lhe! E ela do outro lado: visualiza lá o que vai acontecer! E eu relatava caídas e desmaios nos corredores dos supermercados. E ela, muito calma:

Mas se isso acontecer, alguém te vai ver lá deitada, chama a ambulância que te  leva para o hospital onde te tratarão! E só esta ideia me acalmava, vá-se lá saber porquê! Colocar-me na situação e ver uma solução ainda hoje resulta embora já não tenha ataques de pânico e a ansiedade já esteja controlada. 

Fornecer aos jovens ferramentas de controle destes picos de ansiedade é fundamental! Ficam para a vida quando lá mais para a frente, os desafios sejam maiores e os dias mais solitários. 

A reter!

terça-feira, 13 de maio de 2025

A vida a andar

 


Ontem, consulta agendada e realizada. Uma passagem, que espero seja breve, pelo bloco operatório mas que me vai trazer mais paz. Médica cinco estrelas. Cada vez mais, a classe médica no seu melhor, tanto em atendimento como em conhecimento. 

Hoje, tempo para rever uma reserva de férias. Concluir que nunca se deve reservar nada sem antes telefonar para o empreendimento e tirar dúvidas. Consegui uma suite (antes era um quarto normal) com pequeno almoço num sítio lindo por menos 30 euros. Poderá ser que 30 euros não seja muito mas quando a senhora me disse que o que eu tinha reservado eram os aposentos mais básicos, fiquei feliz em ter telefonado e em ter marcado directamente, anulando a outra reserva. Fico feliz com pouco!

Nesta sociedade cada vez mais complicada e ardilosa é necessário estar atenta. Eu tento todos os dias!

Marcar férias porque não são luxo, são necessidade. Desconectar, fazer novas coisas e sair da zona de conforto. Voltar como nova. 

domingo, 11 de maio de 2025

Festa linda!


 Ontem, a minha querida neta Maria fez a primeira comunhão! Confesso que me emocionei quando a vi entrar na igreja tão bonita e tão feliz. 

A cerimónia foi linda e solene com cânticos maravilhosos. A Maria esteve  com os seus pais e irmãs, os avós e padrinhos. Uma reunião bonita e intima de quem já se conhece bem. 

Momentos bons para a vida com os meus filhos, noras e netas. A família a crescer, as netas a brincarem juntas e eu projectando um futuro em que sejam o amparo umas das outras em que os laços sejam fortes e verdadeiros e tenham memórias comuns destes tempos de infância que tudo molda e constrói.

A primeira de outras comunhões. A doce Clarinha a seguir!


segunda-feira, 5 de maio de 2025

Coisas de que gosto mesmo muito

 



Um almoço ou jantar não passa só pela comida. Para mim, o ambiente é muito mais de metade da experiência! Gosto de sítios requintados,  com decorações fora da caixa, com um serviço impecável e, se for possível, com uma música de fundo de que eu goste além de muito boa companhia. 

Por isso tenho listas e listas de lugares favoritos que um dia hei-de visitar e degustar. Depois há aqueles dias em que usufruis de um lugar da lista  e ficas mesmo muito feliz!

Foi o dia da mãe

 




Dou imensa importância e até me emociono apesar de saber que serão mesmo todos os dias até ao final da vida. 

Se há algo que me emociona é ser mãe! Não se explica. É ouvi-los e tudo perder a cor em redor. É dar a vida por eles. É ser necessário saber que estão bem para eu poder estar. É ter um orgulho imenso em quem são e como são e em quem se tornaram. É vê-los como pais e enternecer-me até às lágrimas com o cuidado, as pequeninas coisas, a atenção ao detalhe e ao importante. É ter dois homens que entendem como sou e porque sou e se riem (ainda) com as minhas piadas. É ser feliz no silêncio, só porque estão ali.

Ser mãe é transformador!! 

sábado, 3 de maio de 2025

Detesto gente intriguista e mentirosa

 


Das coisas que mais me tira do sério é dizerem que eu disse, que eu fiz, que eu assim e assado sem eu ter feito absolutamente nada. Muitas das vezes, a tentar fazer exactamente o contrário -  encontrar a paz, a concórdia e o bem estar. 

Lentes desfocadas, vontade de deitar abaixo, maldade ou apenas não ser? Penso que nunca saberei responder a esta questão. 

A sensação de injustiça adensa-se. Vale-me o que conheço de mim e a minha auto estima. 

Deixar andar. A verdade vem sempre ao de cima!

Sei o que valho! O que faço! O que digo! Tenho a minha vida bem arrumada. Não tenho traumas, nem ressentimentos. 

Para além de tudo isto tenho as minhas pessoas. Aquelas que sempre lá estão. Basta-me!

Sou feliz com pouco


 Talvez o que me faça mais feliz é verem o meu lado bom, cómico, alegre, optimista, bondoso e aconchegante. Se virem isso e me apreciarem,  terão todas as outras facetas. 

Não é com vinagre que se apanham moscas, dizia a minha avó. Penso o mesmo. A imagem que mais se assemelha a mim ultimamente é a daqueles bivalves que logo que se lhes toca fecham a concha e assim permanecem. São toques leves na concha mas tão desagradáveis que tudo deixa de fazer sentido! 

Neste modo com tudo e todos. 

O problema real? Este estado retira de mim a vontade de viver e de me aproximar de coisas novas e interessantes, de programar o dia de amanhã. Fica sempre a ideia: não vale a pena! Não vai dar certo. O escaldão é tal que a pele ficou em carne viva!!

No entanto, eu sei que não sou como me veem e dizem que sou! Tudo tão distante da minha realidade!!

Incapacidade ou apenas preguiça? Nunca saberei!

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Conquistas boas

 


Tenho um aluno que apesar de ser dócil, até aqui, foi muito difícil ensinar-lhe algo. Desviava a conversa, fazia com que o tempo passasse e a Matemática a ver navios! Não ajudava o facto de serem dois tempos seguidos o que para uma cabeça de 10 anos e com alguma confusão não era favorável.

Hoje, chegou sorridente e com as páginas do livro abertas e sabia os exercícios que era para serem realizados. Trabalhámos durante 100 minutos, resolvemos todos os problemas e penso que  ficou a saber fazer. 

Saí feliz!

É necessário não perder a esperança! A Escola da esperança é o que nos salva.

quinta-feira, 1 de maio de 2025

O silêncio dos dias

 


Há dias assim! Pensar, criar e alinhar tornam-se prioridades.

Futilidades que me preocupam mas ainda a tempo de as pensar e as resolver. 

ultimamente tenho pensado muito. Sobre a minha vida e a dos outros. Sobre o meu futuro e a grande mudança que se aproxima na minha vida profissional - a reforma. 

Sei que não vou ficar por casa. Vou tratar mais de mim mas tenho de encontrar uma ocupação que me traga motivação e alegria. Dois caminhos se apresentam: ou começar algo inovador e diferente dentro das áreas de que gosto como design, decoração e afins, ou começar um serviço personalizado de ensino individualizado aplicando tudo o que aprendi ao longo destes anos e em que acredito plenamente. 

Tenho ainda algum tempo para decidir. Necessito também de tempo para viagens e para frequentar os sítios lindos que tenho na minha lista de favoritos.

Tempo também para as minhas netas. Tempo para as conhecer ainda mais a fundo e elas me conhecerem também de tal modo que algo possa ficar para contarem. O meu lado cómico, brincalhão e ameninado elas ainda não conhecem! Vai ser muito bom!

Dificuldades minhas

 


À medida que o tempo passa tenho cada vez menos interesse e até maior dificuldade em perceber pessoas que pensam de forma muito diferente da minha. É arrasador e stressante!! Não falo de criativos. Refiro-me àquelas pessoas que têm sempre uma palavra de discórdia  pronta a sair mas quando se trata deles próprios tudo é válido e tudo está certo! Chamo a isto um tremendo egoísmo e, embora não tenha muita cultura religiosa, sei que é necessário, por vezes, perdoar os comportamentos negativos dos outros e não ser como eles e perceber que não há perfeição, muito menos em cada um de nós. 

É cansativo e desolador conviver com este tipo de pessoas que cada vez são em maior número. Língua afiada para dizer mal, pouca vontade de fazer o bem e fazer o outro feliz. 

Vivemos assim e é necessário muita adaptação. Eu tento todos os dias. Há dias em que consigo ainda ficar chocada com tanto egoísmo! Quem não dá não tem direito a ter mas cada vez mais concluo que é precisamente o contrário: quem menos dá e se centra mais em si próprio mais tem e melhor vida leva!

Não percebo à luz da minha maneira de ser católica mas tenho de encaixar para bem do meu viver.  

Coisas engraçadas

 


Tenho no meu horário de trabalho duas horas para poder substituir professores que não puderam comparecer. Ontem foi um dia desses. Quando cheguei à entrada do laboratório percebi que iriam ter a disciplina de Ciências e quando me viram começaram todos a gritar: queremos dar a respiração, queremos a respiração! Considerei estranho, mas, já sentados, perguntei-lhes se andavam a dar a respiração mas que eu não iria avançar nos conteúdos porque não era a minha função. Explicaram que estavam a dar a puberdade mas era outra a  respiração de que eles falavam. Eu já tinha estado com eles no anterior semestre e tinha ensinado técnicas de respiração de relaxamento, a chamada respiração abdominal. Fizemos, nessa altura, um exercício de relaxamento o, que para meu espanto, eles cumpriram e no final disseram ter-se sentido mais descontraídos. 

Expliquei ainda que poderiam sempre ter esta ferramenta para utilizar sempre que se sentissem mais stressados ou ansiosos, nomeadamente antes de testes ou  outras tarefas avaliativas. Ontem, alguns deles explicaram que continuaram a realizar esta técnica, uns antes de  testes e uma das meninas disse que era muito benéfico antes das provas de patinagem que praticava. Falava com as colegas mas uns minutos antes, recolhia-se sozinha e respirava profundamente tendo consciência do corpo e que as provas, a partir daí, lhe começaram a correr melhor. 

Fiz como eles pediram o exercício de relaxamento, respirando profundamente e tendo consciência do corpo e das partes que estão  contraídas e, pouco a pouco descontraindo o corpo até o sentir colado e pesado em cima da cadeira. Alguns fecharam os olhos, outros mantiveram-nos abertos. No final, sentiram vontade de se espreguiçar o que fizeram longamente e com muita satisfação. 

Disseram que saíram novos e que este exercício lhes era muito útil. Incentivei a que o fizessem todos os dias, mesmo em casa, durante 10 minutos. 

Sozinha na sala fiquei a pensar: um processo tão útil para os alunos desde novos e que deveria ser ensinado a todos. Num tempo em que se fala tanto de ansiedade, não seria de pensar munir os alunos destas ferramentas para que não chegassem a adultos sem conseguir gerir os picos de stress e entrando, por vezes, em estados já mais perigosos do ponto de vista da saúde mental e física?

Já tive implementada esta estratégias há já alguns anos nas turmas que lecionava  que começavam sempre por 5 minutos de relaxamento. A aula corria muito melhor, os alunos ficavam mais concentrados e depois de 15 dias já eram eles que, em silêncio, entravam na sala e começavam imediatamente o exercício.  A avaliação deles foi muito positiva. 

Coisas simples e pequenas mas que fazem toda a diferença. 

segunda-feira, 28 de abril de 2025

O sol continua a brilhar

 


Muitas coisas para fazer e para resolver. Assuntos que me tiram da zona de conforto mas só assim poderão ser resolvidos.  Muitas questões em mente arrastando-se nos dias e estragando as noites.

Ontem, foi dia de colocar a casa em ordem. Soube bem. A mudança traz sempre alguma paz. Sou entusiasta da mudança,  da melhoria e do bem fazer. 

Voltar aos meus alunos. Aos seus problemas e impedimentos que não os deixam progredir. Desfazer nós mentais  que se avolumam quando estão por casa. Gosto mesmo de ensinar! Penso até que é uma forma de não envelhecer tão depressa. 

Boa segunda-feira. 

domingo, 27 de abril de 2025

É Domingo! Que bom!

 


Apesar de se seguir uma segunda feira negra, acordei com a ideia feliz de que tenho 24 horas para estar bem, feliz  e a fazer o que gosto! Com calma, rever as roupas que comprei, fazer novas combinações com o que já tenho, descobrir peças que já não uso há anos e que até são giras, apanhar sol na minha querida varanda onde um casal de aves faz ninho. 

Uma ideia fixa de que necessito de qualquer coisa doce. Arroz doce por exemplo!! Enquanto vou ali passar a ferro vou fazê-lo na bimby. 

Deixar passar o tempo lentamente e apreciá-lo. 

Hoje é hoje. Amanhã, logo se vê!

sexta-feira, 25 de abril de 2025

A razão do optimismo

 


Sou uma optimista  a100%. Vejo sempre o lado bom das coisas e se não vir é porque provavelmente não vai acontecer.

Ultimamente, desenvolvi a teoria sobre umas quantas peculiaridades  dos optimistas que ajudam muito. Ter sempre projectos em mente, grandes, médios ou pequenos o que interessa é ter algo que nos dê muito gosto concretizar. Sonhos para realizar. Podem ser sonhos de ir ali ao Algarve passar um fim de semana, fazer uma viagem, permanecer em sítios que me agradam, estudar e aprender algo que ainda não sei e me interessa ou, simplesmente,  confecionar uma refeição muito boa para as visitas ou mesmo só para dois. Gosto de imaginar e de criar algo novo todos os dias.

Ontem estava stressada com uma consulta de cara metade que podia ter consequências desagradáveis se algo não estivesse bem. Acordei ansiosa, limpei a casa, arrumei as malas e lá fomos. Na sala de espera resolvi pesquisar alojamentos para férias. Apareceu um dos  que é há muitos anos um dos meus favoritos.  Pensei-o inatingível mas, naquele momento, ter marcado ali uma semana de férias, fez o meu dia. É lindo!

Na consulta estava tudo bem! 

Não se imagina o meu contentamento no regresso a casa. Vivo destas pequenas coisas, deste viver os dias com o melhor que se tem e tentando afugentar os medos para bem longe. 

Hoje faz sol e estou contente.